Um dos grandes desafios da indústria tem sido encontrar profissionais preparados para as oportunidades no setor. Uma dimensão da necessidade de formação de pessoas para o setor está em recente levantamento do Observatório Nacional da Indústria.

O Mapa do Trabalho Industrial aponta que no Rio Grande do Sul será preciso qualificar quase 958 mil profissionais a partir do próximo ano até 2027, incluindo 147 mil novos, para vagas a serem abertas, e dos demais, já no mercado.

Em Caxias do Sul, a Palfinger, que integra grupo mundial referência em soluções de elevação de cargas e pessoas, vem buscando alternativas para contribuir com a formação de novos e atuais talentos.

Uma das iniciativas, neste ano, é o apoio ao programa Escola do Amanhã, que prepara jovens entre 14 e 16 anos para um começo de carreira no setor e que deve formar cerca de 700 estudantes até o final deste ano.

Como parte do programa, estudantes da Escola Estadual de Ensino Médio Melvin Jones, de Caxias, visitaram a Palfinger, puderam conhecer suas operações e conversar com os profissionais da empresa, além de outros estudantes do SENAI, participantes deste programa.

No Escola do Amanhã, os adolescentes recebem o conhecimento técnico necessário ao trabalho na indústria e são incentivados a ver as vagas existentes no setor como uma importante opção de carreira.

“Apoiar a formação, tanto externamente, como é o caso da Escola do Amanhã, como internamente, é parte do nosso propósito. Queremos que os novos profissionais nos vejam como uma empresa atrativa para começar uma trajetória e onde possam inovar”, diz Mônica Pereira, gerente de RH da Palfinger em Caxias do Sul.

Em sua unidade de Caxias do Sul, a Palfinger também recebe alunos do Senai, por meio do Jovem Aprendiz, programa que proporciona formação e uma primeira experiência profissional.

No Escola do Amanhã, liderado pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material de Caxias do Sul e Região (Simecs) em parceria com Senai Nilo Peçanha e Mecatrônica e apoiadores, os adolescentes aprendem os primeiros passos de robótica de forma prática, criando robôs em impressora 3D e os fazendo vencer desafios. E recebem, também, conhecimentos em gestão financeira e prevenção à violência.

As visitas às empresas são parte dessa formação.

Também no contexto de suas unidades, a Palfinger desenvolve ações para formação e treinamento. “Buscamos o desenvolvimento de quem já faz parte do time, seja por meio de intercâmbios de profissionais com empresas do grupo fora do Brasil, o que proporciona novas perspectivas de aprendizado e de carreira, e de iniciativas para a formação de lideranças”, afirma a gerente.

Ela cita o exemplo de um colaborador que saiu da fábrica em Caxias do Sul para assumir a função de líder de engenharia em uma unidade nos Estados Unidos. Outros dois profissionais estão atualmente vivendo na Argentina e na Áustria.