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Novo marco regulatório do setor deve ficar para 2015

Com a votação do texto adiada, a expectativa é de uma redução dos volumes de negócios no país

DCI

28/05/2014 13h39 | Atualizada em 04/06/2014 16h04

A gestação do novo marco regulatório da mineração já dura quase seis anos e, após o Ministério de Minas e Energia (MME) apresentar o projeto no ano passado, a votação do texto vem sendo adiada.

Com isso, os aportes em novos empreendimentos continuam represados e a expectativa de especialistas é de que o projeto não siga para apreciação ainda neste ano, nem por medida provisória (MP).

"Não acredito que o texto seja aprovado ainda neste ano e nem temos uma previsão de quando isso deve ocorrer", afirma Elmer Prata Salomão, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM).

Para Luciana Pires, diretora de Impostos do Centro de Ener

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A gestação do novo marco regulatório da mineração já dura quase seis anos e, após o Ministério de Minas e Energia (MME) apresentar o projeto no ano passado, a votação do texto vem sendo adiada.

Com isso, os aportes em novos empreendimentos continuam represados e a expectativa de especialistas é de que o projeto não siga para apreciação ainda neste ano, nem por medida provisória (MP).

"Não acredito que o texto seja aprovado ainda neste ano e nem temos uma previsão de quando isso deve ocorrer", afirma Elmer Prata Salomão, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM).

Para Luciana Pires, diretora de Impostos do Centro de Energia e Recursos Naturais da EY, enquanto o novo marco regulatório do setor não sair, vai haver uma redução dos volumes de negócios no país.

"Investidor gosta de regras claras e a ausência de clareza certamente afasta os investimentos", pondera a executiva.

No primeiro trimestre deste ano, as fusões e aquisições no mercado global de mineração caíram 31%, segundo o estudo Capital Confidence Barometer - Mining & Metals, da EY, principalmente em razão do cenário econômico difícil no mundo e à queda dos preços das commodities. Trazendo este quadro para a realidade brasileira, o futuro se desenha ainda mais complicado por aqui.

"A tendência é que não haja uma procura por ativos de grande risco, mas sim aqueles com certeza de retorno. Neste cenário, o Brasil representa uma insegurança muito elevada", destaca a diretora da EY.

Ainda de acordo com o estudo da consultoria, 60% dos empresários do setor, no mundo, esperam aumento dos volumes de negócios nos próximos 12 meses. Porém, grandes operações como a recente fusão da Glencore com a Xstrata serão mais difíceis de acontecer. "Os aportes devem continuar, mas em volumes menores", destaca Luciana.

E no Brasil, a perspectiva é ainda mais nebulosa. "A gente já consegue enxergar um movimento de redução do interesse de investidores na mineração do país", ressalta a executiva. Ela explica que as empresas têm apresentado dificuldades para dar continuidade aos novos projetos.

 

 

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