A 18.ª Agrishow deve evidenciar uma tendência já existente em outros países, mas ainda incipiente no Brasil: a do investimento, por parte dos fabricantes de tratores e colhedoras, no setor de implementos agrícolas - máquinas que são puxadas por tratores. "Nós temos investido fortemente nesse sentido para oferecer um sistema mecanizado completo ao produtor", diz o diretor de Vendas da John Deere, Werner Santos. Ele conta que a empresa já produz implementos para grãos, cana e arroz. Na Agrishow o destaque da empresa será uma plantadora de cana capaz de trabalhar com mudas de apenas 4 centímetros. As máquinas tradicionais trabalham com toletes dez vezes maiores.

Pulverizadores. O mesmo estão fazendo New Holland, Massey Ferguson e Valtra, tradicionais em tratores e colhedoras. As três companhias já anunciaram a entrada no mercado de pulverizadores. Não são propriamente implementos, pois todos são autopropelidos. Mas até pouco tempo a tarefa de pulverizar lavouras com defensivos cabia a implementos puxados por tratores.

"A intenção é oferecer ao produtor o ciclo completo, desde o preparo do solo até a colheita. Estamos preparando uma série de novos projetos a serem lançados nos próximos anos", conta o diretor-comercial da New Holland, Luiz Feijó. "Quanto mais o produtor se profissionaliza, mais ele cobra uma solução completa. Além disso, o mercado de tratores é sazonal. Então, com uma linha ampla nós oferecemos uma condição melhor para os concessionários", afirma o diretor-comercial da Valtra, Paulo Beraldi. "Nossos tratores comportam qualquer modelo de plantadora. Mas o objetivo é que o produtor consiga comprar tudo no mesmo concessionário", diz o diretor-comercial da Massey Ferguson, Carlito Eckert. Há três anos a empresa comprou uma fábrica de implementos, já duplicada desde então.