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Mineradoras apontam futuro da mineração com foco em transição energética, circularidade e pessoas

Seminário Internacional Metso (SIM 2025) reuniu 13 mineradoras e 24 especialistas para discutir temas essenciais ao setor, do uso de minerais críticos aos novos modelos de negócios

Assessoria de Imprensa

24/11/2025 15h26

O setor mineral brasileiro vai investir pouco mais de US$ 68 bilhões no período de 2025 a 2029, segundo o Instituto Brasileiro da Mineração (Ibram).

Como fornecedor estratégico de minerais críticos para a economia de baixo carbono, a mineração tem prioridades, como apontam os especialistas que participaram do Seminário Internacional Metso (SIM 2025), evento que acontece a cada dois anos em Belo Horizonte.

Na edição desse ano, um dos temas mais destacados foram os minerais críticos, essenciais para a transição energética.

O assunto foi tema do painel de abertura do SIM 2025, sendo explicado por trê

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O setor mineral brasileiro vai investir pouco mais de US$ 68 bilhões no período de 2025 a 2029, segundo o Instituto Brasileiro da Mineração (Ibram).

Como fornecedor estratégico de minerais críticos para a economia de baixo carbono, a mineração tem prioridades, como apontam os especialistas que participaram do Seminário Internacional Metso (SIM 2025), evento que acontece a cada dois anos em Belo Horizonte.

Na edição desse ano, um dos temas mais destacados foram os minerais críticos, essenciais para a transição energética.

O assunto foi tema do painel de abertura do SIM 2025, sendo explicado por três executivos de mineradoras: Renato Possancini (Ero Copper), José Augusto Palma (Aclara Resources) e Fabiano Costa (AMG Mineração).

Além deles, Eduardo Nilo, presidente da Metso para a América do Sul, participou do debate, falando sobre os projetos em andamento no Cone Sul e sobre a importância do cobre, do qual o Chile é um dos players mundiais.

Nilo também contextualizou a importância na região na produção de lítio, principalmente em projetos nos territórios chileno e argentino.

Os quatro palestrantes abordaram o volume significativo de investimentos planejados e as práticas inovadoras de sustentabilidade, como a colheita mineral circular e a recuperação de rejeitos para a produção de novos materiais.

Além da inovação em processamento mineral, o SIM 2025 trouxe três exemplos de aplicação de mineração inteligente, no painel que tratou, entre outros casos, da importância da coleta e análise de dados. Thiago Vale (CSN), Lennon Bento (Vale) e Wemerson Santos (Aura Minerals) apresentaram o que as empresas têm implantado desde a mina até as plantas de processamento.

O trio debateu assuntos como o papel da infraestrutura 5G para viabilizar equipamentos autônomos e sensores em tempo real, destacando que a adoção dessa tecnologia é impulsionada pela necessidade de alta capacidade e baixo tempo de resposta para aplicações críticas.

Os especialistas também destacaram a mudança cultural necessária para transformar operações reativas em culturas orientadas por dados e manutenção preditiva, mostrando que ganhos financeiros rápidos e palpáveis são cruciais para essa transformação.

O painel avaliou ainda os contratos de serviço de ciclo de vida, onde a parceria,
transparência e técnica são vistas como fundamentais para alcançar recordes de implementação e aumentar a eficiência e produção por meio de tecnologias como machine learning e inteligência artificial (IA).

Novos modelos de negócio - Esse novo modelo de negócio foi amplificado no painel específico que contou com a participação de Pablo Mendes (Lhg Mining), Geovan Oliveira (Vale), além de Tiago Batalha e Samuel Chrysóstomo, ambos especialistas da Metso.

Os representantes das duas mineradoras detalharam os contratos que têm permitido a ativação de novas plantas e processamento mineral em prazos significativamente menores, sem a necessidade de investimento direto em equipamentos ou mão de obra especializada.

De acordo com eles, essa abordagem depende de parcerias estratégicas para compartilhar responsabilidades operacionais, mas ao mesmo tempo tem permitindo maior flexibilidade na estruturação dos projetos.

O monitoramento de dados e os recursos de automação foram destacados por eles como recursos importantes para a adoção dos novos modelos, com destaque para centros de monitoramento remotos, como é o caso da operação que a Metso mantém em Sorocaba (SP).

Assim como a mineração está experimentando novos modelos de negócios, ela também está reforçando a importância da circularidade, um tema recorrente do SIM 2025.

No painel específico que tratou do assunto, Bruno Pelli (Vale), Marcelo Anan (Mosaic) e Marcos Gomes (Samarco) descreveram as estratégias e pilares de suas empresas para reduzir a geração de rejeitos e reaproveitá-los em outras áreas.

Entre os destaques estão iniciativas como a disposição a seco e o aumento da recuperação em usinas.

Um ponto central do debate foi a mudança de percepção dos rejeitos, que passam a ser vistos também como subprodutos ou especialidades.

É o caso da utilização de material arenoso em insumos para construção, e o aproveitamento do subproduto gesso na agricultura.

O painel também abordou os desafios da circularidade, como a logística complexa para o transporte desses novos produtos e a necessidade de superar barreiras regulatórias para escalar as soluções.

Outro ponto importante, segundo eles, é a importância da parceria e da inovação colaborativa entre mineradoras, fornecedores, universidades e a comunidade para viabilizar e ampliar as iniciativas.

Mineração do futuro - O papel das pessoas na mineração – dentro do segmento e nas comunidades circundantes – foi o tópico principal do painel sobre capital humano, com a participação de Rosane Santos (Samarco), Ana Cunha, (Anglo American) e Pedro Macedo (Metso).

Na discussão conduzida por Claudia Diniz (Accenture), os três executivos ressaltaram a importância da gestão participativa e do relacionamento com a comunidade para construir uma imagem positiva da mineração.

Uma das conclusões dos especialistas é que o setor, apesar de criticado, tem apresentado progresso em comparação a outros segmentos e que o propósito e o engajamento são cruciais para atrair talentos e desmistificar a indústria perante a sociedade.

Um dos consensos do debate foi a necessidade de esforços conjuntos entre mineradoras e fornecedores para enfrentar esses desafios e acelerar a transformação do setor.

No painel sobre a mineração do futuro, a importância das pessoas foi retomada no grupo de especialistas convidados formado por Luís Lima (AngloGold Ashanti), Ediney Drummond (Hochschild Brasil), Sérgio Mileipe (Samarco), Tiago Souza (VBM) e Alex Sousa (EroCopper).

Para os cinco especialistas, as pessoas são elementos centrais do setor mineral, ao lado da sustentabilidade e da inovação.

A discussão, de acordo com eles, não se restringe à mineração em si, mas deve envolver as comunidades.

O painel também reforçou a necessidade de focar em dois temas estruturais básicos e urgentes: a melhoria da segurança para eliminar fatalidades e lesões, e o avanço da integridade e ética, combatendo o assédio no setor.

Os convidados igualmente discutiram os desafios da cadeia de valor, assunto importante para o mercado global de mineração, inclusive com a aplicação de novas tecnologias para otimizar essa área operacional.

Além de Eduardo Nilo, presidente da Metso para a América do Sul, o SIM 2025 teve a presença do CEO Global da Metso Sami Takaluoma, que destacou a demanda mais diversificada por minerais e metais, uma tendência também visível no Brasil. Ele ressaltou a riqueza mineral do país e a perspectiva de que a mineração brasileira continue crescendo.

Já Marcelo Motti, vice-presidente de Vendas e Serviços da Metso, encerrou o evento destacando os bons resultados de novos modelos de negócios, como os exemplos apontados em painel específico do SIM 2025, e a necessidade de trabalhar para uma mineração mais sustentável e com responsabilidade social.

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