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Metso participa de conferência sobre risco associado a materiais radioativos

Companhia apresenta sua linha de sistemas para a detecção de radioatividade na indústria de reciclagem

Assessoria de Imprensa

04/10/2017 08h26 | Atualizada em 04/10/2017 12h46

As usinas siderúrgicas, fundições, pátios de sucata e aterros sanitários são exemplos de onde o risco associado a materiais radioativos nocivos podem ser encontrados, além de ser de extrema importância a proteção em portos, aeroportos, usinas nucleares, hospitais, laboratórios químicos, entre outros locais.

Com o objetivo de contribuir com as discussões sobre este tema, a Metso, empresa dos setores de mineração, agregados, reciclagem, petróleo, gás, celulose, papel e indústrias de processos, participou do International Joint Conference Radio 2017.

O encontro aconteceu de 25 a 29 de setembro no Centro de Convenções de Goiânia e reuniu três importantes c

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As usinas siderúrgicas, fundições, pátios de sucata e aterros sanitários são exemplos de onde o risco associado a materiais radioativos nocivos podem ser encontrados, além de ser de extrema importância a proteção em portos, aeroportos, usinas nucleares, hospitais, laboratórios químicos, entre outros locais.

Com o objetivo de contribuir com as discussões sobre este tema, a Metso, empresa dos setores de mineração, agregados, reciclagem, petróleo, gás, celulose, papel e indústrias de processos, participou do International Joint Conference Radio 2017.

O encontro aconteceu de 25 a 29 de setembro no Centro de Convenções de Goiânia e reuniu três importantes congressos: V Congresso Brasileiro de Proteção Radiológica, VI Congresso de Proteção Contra Radiações de Países de Língua Portuguesa e VII Congresso Internacional de Radioproteção Industrial.

Karl Abude Scheidl, gerente de equipamentos e serviços para reciclagem da Metso, explica que o recebimento de cargas com material radioativo por usinas siderúrgicas, que têm na sucata metálica uma das suas principais fontes de matéria prima para produção de aço novo, não são raros.

“Mesmo com grande parte das usinas siderúrgicas brasileiras contando com sistemas para a detecção de radioatividade, ainda há muito o que ser feito, pois a redundância de barreiras de proteção pode aumentar a chance de se detectar uma fonte radioativa antes do processo de fusão. E é extremamente importante o monitoramento de atividade radioativa, principalmente os níveis de radioatividade em caso de fusão de uma fonte”, ressalta.

Karl esclarece que os sistemas para a detecção de radioatividade podem ser montados na área de fusão da sucata, no sistema de despoeiramento ou com o uso de equipamentos de bancada para análises de amostras em laboratório.

O monitoramento de sucatas contaminadas com material radioativo também pode ser feito nas fontes de geração ou nos depósitos de sucatas, antes do seu envio à indústria siderúrgica.

“Contudo, isto ainda não é uma realidade mesmo para os grandes recicladores de metálicos no país”, reforça o executivo.

Outro ponto de atenção são os aterros sanitários que recebem diariamente milhões de toneladas de resíduos.

“Sem as devidas selações de manta ou camadas de cobertura, possíveis materiais contaminados podem atingir aquíferos e serem consumidos por todos os seres vivos que tenham acesso a esta água. Atualmente, nenhum aterro sanitário no país possui sistemas para este tipo de controle”, destaca.

Visando auxiliar as indústrias, a Metso, que é representante no Brasil da RadComm – empresa canadense com o maior número de sistemas para a detecção de radioatividade na indústria de reciclagem –, apresentou durante o congresso a sua linha de detectores de radiação portáteis: o RC2 Plus e o RHandy.

O RHandy mensura instantaneamente a presença de radioatividade em quaisquer materiais, sejam eles itens de vestuário, alimentos, água ou até mesmo ar.

Também pode ser utilizado para medir a dose acumulada, tanto para a dose pessoalmente absorvida ou próximo à entrada de ar de uma casa para rastreamento de dose acumulada de filtros de ar. Desta maneira, o sistema fornecerá informações vitais a respeito de quando desligar o ar e quando trocar o filtro.

Já o RC2Plus define automaticamente em cada inicialização um limite de alarme baseado em uma média da contagem total do ambiente, possibilitando a detecção de níveis muito baixos de radiação mesmo quando enclausurado por sucatas metálicas, resíduos ou outro material de alta densidade.

O equipamento utiliza um cintilador interno de PVT (Polivinil Tolueno) de alta sensibilidade e a versão Advanced também conta com um tubo Geiger-Mueller para varrer a “Região de Interesse” (ROI - Region of Interest). Esta tecnologia aumenta consideravelmente a sensibilidade ao diminuir os efeitos adversos causados pela radiação ambiente.

Evento

O acidente radiológico que ocorreu em Goiânia, em 1987, trouxe à luz alguns problemas na condução dos processos de radioproteção, instalações industriais e na manipulação de radioisótopos, bem como no controle de fontes radioativas no Brasil.

O objetivo da International Joint Conference Radio 2017 é fazer uma revisão das lições aprendidas com esse episódio, afinal, hoje a utilização de equipamentos de radioterapia, aparelhos de raio-x, fontes radioativas das mais diferentes aplicações para a vida humana, é muito mais intensa, de forma que se faz necessário o pensamento em conjunto para proporcionar uma melhor segurança para a sociedade e uma proteção eficaz das pessoas que trabalham com esse tipo de fonte, reduzindo assim a incidência de acidentes radiológicos.

Hoje, somente em relação aos serviços de radioterapia, o Brasil possui 233 instalações em atividade.

O evento é organizado pela Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica em cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica, Sociedade Portuguesa de Proteção contra Radiação e Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Abendi).

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