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Istoé
08/06/2011 14h05 | Atualizada em 08/06/2011 17h14
Carros de marcas como JAC, Chery e Lifan são cada vez mais reconhecidos nas ruas das grandes cidades brasileiras. As três têm em comum o fato de pertencerem a fabricantes de origem chinesa. Além delas, outras cinco montadoras já vendem seus veículos por aqui. Agora, é a vez de os caminhões do país asiático chegarem ao Brasil. Até o final do ano, pelos menos seis modelos das marcas Foton Aumark e Effa Motors vão circular pelas estradas locais. Três deles serão trazidos pelo ex-ministro das Comunicações e ex-presidente do BNDES Luiz Carlos Mendonça de Barros.
Mendonça de Barros: meta da Foton Aumark do Brasil é comercializar seis mil caminhões em 12 meses
“Foi
...Carros de marcas como JAC, Chery e Lifan são cada vez mais reconhecidos nas ruas das grandes cidades brasileiras. As três têm em comum o fato de pertencerem a fabricantes de origem chinesa. Além delas, outras cinco montadoras já vendem seus veículos por aqui. Agora, é a vez de os caminhões do país asiático chegarem ao Brasil. Até o final do ano, pelos menos seis modelos das marcas Foton Aumark e Effa Motors vão circular pelas estradas locais. Três deles serão trazidos pelo ex-ministro das Comunicações e ex-presidente do BNDES Luiz Carlos Mendonça de Barros.
Mendonça de Barros: meta da Foton Aumark do Brasil é comercializar seis mil caminhões em 12 meses
“Foi uma grande oportunidade de me inserir na cadeia de produção chinesa”, afirmou o economista à DINHEIRO. Mendonção, como é mais conhecido nos meios empresarial e político, estuda o mercado chinês desde 2004 e resolveu se unir ao seu filho Ricardo e ao empresário Márcio Vita, para trazer ao Brasil a Foton Aumark, maior fabricante de veículos comerciais da Ásia e da China, com 11 fábricas em seu país de origem e mais de três milhões de unidades vendidas globalmente.
A Fotton Aumark comercializará modelos de caminhões com capacidades de três a nove toneladas, da categoria conhecida como semileves, a partir de outubro. A rede será formada por dez concessionárias montadas com recursos próprios da empresa. No total, serão investidos US$ 10 milhões na fase inicial. No primeiro ano de venda, os sócios brasileiros estimam vender seis mil unidades.
Trata-se de uma expectativa bastante otimista, na visão de Ana Carolina Boyadjian, analista do setor de veículos da Lafis Consultoria. O modelo líder no segmento, o Ford F350, teve 3 mil unidades emplacadas em 2010, segundo dados da Fenabrave, entidade que representa o setor de distribuição de veículos no Brasil.
Os planos da Foton Aumark no Brasil, no entanto, são mais audaciosos. “Nosso plano é construir uma linha de produção para a montagem dos caminhões em CKD até 2014”, afirma Ricardo Mendonça de Barros. “Em 2015, esperamos que os chineses se instalem oficialmente no País.” Até lá, os clientes que comparem os caminhões importados vendidos por Mendonção não poderão receber financiamento do BNDES pelo Finame, linha de crédito destinada a máquinas e equipamentos do governo federal.
Só aqueles que têm 60% das peças nacionalizadas é que contam com esse benefício. Daqui a quatro anos, a estimativa é de que a rede de distribuição da Foton Aumark tenha 80 concessionárias. Essa estrutura deverá custar US$ 120 milhões. O objetivo é conquistar uma fatia de 10% no mercado geral de caminhões. Atualmente, Mercedes-Benz, Volkswagen e Ford são as líderes do mercado brasileiro.
Antes do desembarque da Foton Aumark, a Effa Motors, uma das primeiras empresas a trazer automóveis chineses para o Brasil, promete vender os primeiros caminhões até o final de junho. Mais contida, a estimativa da companhia é comercializar três mil unidades em 12 meses. “Temos até possibilidade de vender mais, porém será difícil ajustar a rede para prestar um atendimento à altura”, afirma Clovis K. Rodrigues, gerente de marketing da Effa Motors. O segmento de caminhões menores é a fatia do mercado que mais cresceu nos últimos anos no Brasil.
De acordo com Ana Carolina, da Lafis as vendas do segmento de semileves, de janeiro a abril de 2011, aumentaram 20%, quando comparadas com o mesmo período do ano passado. Os caminhões pesados, aqueles que transportam mais de 15 toneladas, tiveram expansão de apenas 4,9%. Grande parte desse aumento se deve às recentes restrições dos caminhões pesados nas regiões centrais de diversas metrópoles brasileiras.
11 de junho 2013
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