A Máquinas Furlan, referência no mercado de equipamentos de britagem, destaca a atuação feminina em áreas técnicas e de produção, reforçando a importância da diversidade e da inclusão no setor de mineração.

“Acreditamos que a participação das mulheres em todos os níveis da companhia é fundamental para o nosso sucesso. Elas trazem novas perspectivas e experiências que impulsionam a inovação em nossa indústria”, afirma Juliana Pires, gerente de Recursos Humanos da Furlan.

Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Furlan evidencia a trajetória de cinco profissionais que, em setores historicamente pouco ocupados por mulheres, conquistam novos espaços e ampliam horizontes em suas carreiras. Essa iniciativa reforça o valor da diversidade e o potencial transformador da presença feminina na indústria.

Desenhista Pleno, Amanda Silva - Há quase cinco anos na empresa, Amanda Silva iniciou como estagiária na engenharia, durante a pandemia, e trilhou uma evolução constante até chegar ao cargo atual. Aluna de Engenharia Mecânica na Escola de Engenharia de Piracicaba (EEP), ela destaca o desafio de conquistar seu primeiro estágio em um ambiente majoritariamente masculino.

“Foi difícil conseguir a primeira oportunidade, porque via meus colegas - homens, sem experiência como eu - entrando rápido em outras empresas, enquanto eu demorava para ser chamada. Foi difícil no início, mas aqui na Furlan me sinto à vontade. Fui a primeira mulher na engenharia, e os colegas são muito parceiros. Gosto de desenvolvimento e modelagem, e me motiva ver as melhorias que eu desenvolvo serem implantadas na fábrica”, conta.

Técnica de Segurança do Trabalho, Renata Fires - Com quase 20 anos de experiência em RH, Renata chegou à Furlan buscando um novo desafio: exercer na prática a Segurança do Trabalho. Aos 50 anos, ela mudou o rumo da carreira, trocando o sapato de salto alto pelo calçado de segurança. Desde então, atua diretamente na cultura de prevenção de acidentes, junto a mais de 400 colaboradores.

“Certa vez, encontrei o nosso CEO subindo em um banquinho para trocar a pilha de um relógio. Orientei que aquilo não seria seguro e solicitei ajuda da manutenção. Ele entendeu a mensagem e hoje não entra mais na fábrica sem EPIs”, relata. A profissional reforça que o envolvimento de todos - da liderança ao chão de fábrica - é fundamental para a cultura da segurança.

Renata explica que sua preocupação com a saúde do trabalhador vem de uma experiência pessoal. Segundo ela, o pai trabalhou em uma pedreira numa época em que os EPIs quase não existiam. Ele desenvolveu problemas de saúde e isso foi muito marcante.

“Vejo aqui a oportunidade de proteger nossos colaboradores para que não passem pelo que meu pai passou. Meu objetivo diário é garantir que nossos colaboradores voltem para casa tão bem quanto chegaram no início do expediente”, enfatiza Renata.

Analista de Projetos Pleno, Talita Oliveira - Engenheira de manufatura formada pela Unicamp, Talita iniciou sua trajetória na Furlan por meio de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), focado em otimização de processos e simulações por elementos finitos.

Desde a infância, lidava com atividades técnicas ao ajudar o pai em uma bicicletaria, algo pouco comum para uma menina. “Sempre vi poucos exemplos femininos nessas áreas, e ainda há uma escassez de mulheres na engenharia”, ressalta.

Após o estágio e a efetivação, atualmente ela cursa mestrado em Engenharia de Manufatura e Produção, também em parceria com a empresa.

“O mais difícil costuma ser entrar em um ambiente majoritariamente masculino. Mas, depois que você mostra competência, as oportunidades aparecem”, afirma. A engenheira menciona ainda uma frase que a inspira: “Se for para perder, que seja vendendo caro. É uma questão de resiliência e força. Não sei se vou ganhar ou perder, mas luto até o fim e valorizo o meu trabalho.”

Coordenadora de Administração de Contratos e Planejamento de Materiais, Márcia Jacomassi - Engenheira mecânica, com especialização em Segurança do Trabalho e MBA em Gestão de Produção e Operações, Marcia iniciou sua trajetória na Furlan como prestadora de serviços, sendo promovida a coordenadora de administração de contratos em 2021 e, posteriormente, assumindo também a coordenação da área de planejamento de materiais das divisões de equipamentos e serviços.

“Por ter muito mais homens nas áreas de engenharia e produção, parece mais natural que eles ocupem esses espaços. Então para uma mulher fazer parte desse ambiente é sempre um desafio, quase como ter que mudar um paradigma e provar constantemente sua capacidade”, reflete. Ela ressalta que a Furlan oferece treinamentos e incentiva o desenvolvimento profissional, garantindo o constante aprimoramento das equipes.

“Fico muito feliz por ver o potencial da Furlan e a abertura que ela tem dado à diversidade. É gratificante ver cada vez mais mulheres nos setores técnicos e de produção, pois essa presença feminina fortalece não apenas a inovação e a capacidade de adaptação da empresa, mas também cria um ambiente de trabalho colaborativo e inclusivo”, conclui Márcia.

Operadora de Robô, Vitória Perboni (foto) - Recém-chegada à Furlan, Vitória atua na operação e programação de robôs de solda — tecnologia de ponta na fabricação de equipamentos. Com formação técnica em Mecânica de Usinagem e Fabricação Mecânica, ela já tinha experiência anterior na área. “Espero abrir portas para outras mulheres na produção. Hoje, equipamentos e pontes rolantes reduzem a necessidade de força física, tornando o trabalho seguro e acessível para as mulheres”, explica. Vitória planeja aprofundar seus conhecimentos em programação de robôs.

Embora esteja há pouco tempo na empresa, ela se diz motivada pela acolhida que recebeu e pela perspectiva de crescimento. “Encontrei um ambiente que valoriza a inovação e que me incentiva a buscar mais conhecimento. Poder unir a prática de operação de robôs com o aprofundamento em programação é algo que me faz acreditar em um futuro promissor, tanto para mim quanto para outras profissionais que desejam ingressar na área”, conclui.