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Manserv investe R$ 400 milhões em companhia de locação de máquinas

A nova companhia, Simak Rent, já tem frota de 1.300 equipamentos e planeja faturar R$ 250 milhões neste ano

Valor Econômico

13/03/2023 11h51

A Manserv, grupo de manutenção industrial e logística, planeja investir R$ 400 milhões neste ano para criar uma nova empresa de locação de equipamentos, a Simak Rent. Até 2026, a ideia é que o valor do aporte chegue a R$ 1,4 bilhão, segundo o presidente da companhia recém-criada, Anderson Abreu.

A Simak já inicia as operações com 1.300 máquinas – cerca de 300 delas foram compradas com uma parcela do investimento previsto para 2023, e o restante veio da própria Manserv. A frota inclui caminhões adaptados a operações logísticas, itens de linhas amarela (para movimentação de mater

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A Manserv, grupo de manutenção industrial e logística, planeja investir R$ 400 milhões neste ano para criar uma nova empresa de locação de equipamentos, a Simak Rent. Até 2026, a ideia é que o valor do aporte chegue a R$ 1,4 bilhão, segundo o presidente da companhia recém-criada, Anderson Abreu.

A Simak já inicia as operações com 1.300 máquinas – cerca de 300 delas foram compradas com uma parcela do investimento previsto para 2023, e o restante veio da própria Manserv. A frota inclui caminhões adaptados a operações logísticas, itens de linhas amarela (para movimentação de materiais e construção) e de linha verde (equipamentos dedicados ao agronegócio).

A ideia do negócio surgiu a partir de uma revisão do planejamento estratégico do grupo, feito em 2020. “O mercado de locação ainda é pouco explorado no Brasil. Hoje, pouco mais de 25% das máquinas de construção são direcionadas ao mercado de aluguel. Se compararmos com os mercados consolidados, essa participação sobe para 50%. Há um potencial de crescimento. Nosso mapeamento indicou que o mercado que queremos acessar tem potencial de receita de R$ 27 bilhões”, diz o executivo.

“Além disso, o grupo já tem uma grande experiência na operação de equipamentos pesados e haveria sinergia com os negócios da Manserv”, afirma. Outro atrativo do segmento são os contratos com maior previsibilidade com prazo médio de 50 meses, segundo Abreu.

Embora o lançamento oficial da companhia foi realizado na semana passada, o negócio está rodando desde o início deste ano e já tem 140 contratos vigentes, com 65 clientes.

A própria Manserv hoje responde por 65% do faturamento, porém, a ideia é tornar a Simak uma empresa independente do grupo original.
“Temos uma operação separada. Podemos ser tanto fornecedores da Manserv quanto de concorrentes ou outros clientes. A Manserv não será cliente cativo. Ideia é, futuramente, que o grupo responda por no máximo 50% do nosso negócio”, afirma Abreu.

Hoje, a empresa ainda é uma subsidiária da companhia porém, o objetivo é que seja feita uma cisão. Inclusive, a ideia é que os investimentos daqui para frente sejam feitos pela própria Simak, e não pela Manserv.

A companhia tem uma perspectiva de faturar, neste ano, cerca de R$ 250 milhões. A projeção é de um crescimento de 30% ao ano, ao longo dos próximos quatro anos, para chegar a uma receita entre R$ 600 milhões e R$ 650 milhões até 2026, segundo o executivo. Em 2022, o grupo Manserv teve receita de cerca de R$ 3,5 bilhões.

Hoje, os segmentos atendidos pela empresa são as indústrias de mineração, fertilizantes, siderurgia, metalurgia, florestal, infraestrutura, química e petroquímica.

Para Abreu, o cenário atual de juros altos traz entraves, mas também acelera a expansão do mercado. “É um vento tanto a favor quanto contra. O capital caro afeta todos nós, mas em um cenário desse, as empresas buscam direcionar seus recursos para sua atividade central, o que abre oportunidades para a locação. Além disso, a idade média da frota brasileira está envelhecida, muitos projetos foram adiados, há uma necessidade iminente de renovação de frota”, diz ele.

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