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Lockdowns na China para conter covid obrigam fábricas a pararem produção

Empresas de transporte marítimo e de transporte rodoviário estão sofrendo longos atrasos, e o volume de produtos movimentado pelo porto de Xangai caiu cerca de 40% em comparação com os níveis pré-lockdown

Valor Econômico

12/04/2022 11h00

As fabricantes de bens enfrentam dificuldades para manter suas operações chinesas em funcionamento, com lockdowns cada vez mais prolongados e abrangentes para conter a covid-19. As restrições impedem a chegada de insumos e congestionam as estradas e os portos, aumentando a pressão sobre as já sobrecarregadas cadeias de suprimentos globais.

Dezenas de milhões de pessoas, principalmente no interior e na periferia do polo industrial de Xangai encontram-se em lockdown, conforme manda a rígida cartilha do governo chinês para contr o surto de covid-19 — o pior em mais de dois anos. Os controles estão mantendo muitos trabalhadores em casa, o que limita a produ&

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As fabricantes de bens enfrentam dificuldades para manter suas operações chinesas em funcionamento, com lockdowns cada vez mais prolongados e abrangentes para conter a covid-19. As restrições impedem a chegada de insumos e congestionam as estradas e os portos, aumentando a pressão sobre as já sobrecarregadas cadeias de suprimentos globais.

Dezenas de milhões de pessoas, principalmente no interior e na periferia do polo industrial de Xangai encontram-se em lockdown, conforme manda a rígida cartilha do governo chinês para contr o surto de covid-19 — o pior em mais de dois anos. Os controles estão mantendo muitos trabalhadores em casa, o que limita a produção em algumas fábricas e desativa totalmente outras, entre as quais as que fabricam componentes para a Apple e a Tesla.

A Tesla, que suspendeu o trabalho em sua fábrica em Xangai em 28 de março, ainda não fixou data para retomar a produção. A gigante dos veículos elétricos disse que está implementando requisitos de controle da covid-19 e instaurando esquemas de trabalho de acordo com as políticas do governo.

A Volkswagen disse que duas de suas fábricas na China, em Xangai e na província de Jilin, no nordeste do país, continuariam fechadas e que está monitorando a situação diariamente. Inicialmente, o conglomerado alemão Thyssenkrupp esperava reiniciar a produção de componentes para automóveis, inclusive trens de força e baterias, em sua unidade de produção de Xangai nesta semana, mas agora tem como meta o dia 15 de abril.

Mesmo as empresas que trouxeram trabalhadores para morar no local de trabalho, a fim de manter as operações, enfrentam dificuldades em produzir porque os fornecedores pararam ou pela impossibilidade de as entregas de componentes chegarem ao destino final, disse Harald Kumpfert, membro da Câmara de Comércio da União Europeia na China.

Empresas de transporte marítimo e de transporte rodoviário estão sofrendo longos atrasos, e o volume de produtos movimentado pelo porto de Xangai caiu cerca de 40% em comparação com os níveis pré-lockdown, segundo estimativas da Câmara. As cargas estão sendo desviadas para o porto de Ningbo, nas proximidades, o que abranda o impacto geral, dizem executivos do setor.

Os problemas crescentes da China ocorrem num momento em que a economia e os mercados globais enfrentam os problemas causados pela invasão da Ucrânia pela Rússia, pela alta da inflação e pela perspectiva de o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) tomar medidas mais assertivas para conter a inflação.

As ações chinesas tiveram seu pior trimestre de vários anos no período até março, refletindo em parte preocupações de que as medidas antipandemia da China reduzam o ritmo de expansão da economia e a demanda do consumidor. Alguns economistas baixaram suas projeções para o crescimento da China neste ano.

O que era para ser um pequeno contratempo agora ameaça se tornar uma prolongada paralisação de atividades, que abalará tanto empresas de serviços quanto as fabricantes de bens. O nível de atividade no setor de serviços da China registrou a maior queda em março desde o início da pandemia.

Mais de metade das empresas multinacionais da China reduziram suas projeções de receita anual após o mais recente surto em Xangai, segundo revela uma pesquisa da Câmara de Comércio Americana em Pequim e Xangai junto a seus membros. Mais de 80% dos fabricantes relataram desaceleração ou redução da produção.

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