A fabricante japonesa Kubota anunciou planos de construir novas fábricas de equipamentos de construção e agrícolas nos Estados Unidos e na Índia, respectivamente, investindo cerca de 300 bilhões de ienes (ou US$ 2,2 bilhões) até 2030.

A empresa já trabalha para deslocar metade de sua produção – atualmente concentrada principalmente em Osaka, no Japão – para o exterior.

Com a pandemia ainda perturbando as cadeias globais de abastecimento, a fabricante tem o objetivo de reforçar as bases de produção em seus principais mercados, criando cadeias locais de abastecimento.

No ano fiscal encerrado em dezembro, o mercado internacional foi responsável por 83% das vendas de máquinas agrícolas e de construção da Kubota, bem acima dos 67% que representava há 10 anos.

As plantas devem incluir uma nova linha nos Estados Unidos para a produção de escavadeiras, que atualmente são fabricadas em Hirakata.

Na Índia, a construção está prevista para começar após 2026, possibilitando reduzir o preço de tratores agrícolas – atualmente produzidos na Tailândia – entre 10% e 20% na comparação com seus principais produtos.

Com o rearranjo, a empresa pretende aumentar sua participação no mercado indiano em 25%, o dobro do nível atual, incluindo a participação de mercado da subsidiária local Escorts Kubota, adquirida em abril deste ano.

A mudança ocorre quando a empresa também enfrenta aumento dos custos de frete marítimo, que podem ter um impacto de 28 bilhões de ienes em seu lucro operacional no atual ano fiscal.

Nesse quadro, a expansão da produção no exterior é vista como uma forma de melhorar a competitividade de custos, adquirindo insumos de fornecedores locais.

A empresa espera que a expansão da produção no exterior também alivie o impacto das taxas de câmbio voláteis em seus lucros.

"Queremos reduzir os riscos de transporte e do câmbio", disse o presidente da Kubota, Yuichi Kitao.