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Julho tem recorde de vendas e produção estável de autoveículos

Balanço divulgado pela Anfavea mostra que foi o melhor mês em volume e média diária de emplacamentos desde dezembro de 2020

Anfavea

07/08/2023 12h05 | Atualizada em 08/08/2023 09h41

Se, em junho, o aquecimento de vendas só veio no final do mês por conta dos descontos da MP 1.175, o mês de julho colheu ainda mais efeitos benéficos da medida do governo federal.

A primeira quinzena teve um desempenho muito acima da média por conta dos emplacamentos de automóveis e comerciais leves favorecidos com o bônus oficial, somado aos descontos oferecidos pelas montadoras.

Na segunda quinzena esse efeito foi diluído, mas as vendas se mantiveram elevadas pela estratégia de várias marcas que bancaram a manutenção de descontos.

O balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veícu

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Se, em junho, o aquecimento de vendas só veio no final do mês por conta dos descontos da MP 1.175, o mês de julho colheu ainda mais efeitos benéficos da medida do governo federal.

A primeira quinzena teve um desempenho muito acima da média por conta dos emplacamentos de automóveis e comerciais leves favorecidos com o bônus oficial, somado aos descontos oferecidos pelas montadoras.

Na segunda quinzena esse efeito foi diluído, mas as vendas se mantiveram elevadas pela estratégia de várias marcas que bancaram a manutenção de descontos.

O balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) mostra que julho não foi somente o melhor mês do ano em vendas, mas também o melhor em volume e média diária de emplacamentos desde dezembro de 2020.

Com 225,6 mil autoveículos licenciados, este foi o melhor julho desde 2019, ou seja, recuperou patamares de antes da pandemia.

Na comparação com o mês anterior, o crescimento foi de 19%. E foi ainda melhor em relação a julho de 2022, com 24% de alta.

O excelente ritmo de vendas, com média diária de 10.743 unidades, ajudou a reduzir os elevados estoques das fábricas e das concessionárias.

Eles estavam acima de 250 mil unidades no final de maio, e agora estão num patamar abaixo de 200 mil.

Pelo nível de estoque que havia disponível, a produção de julho não teve o mesmo ritmo acelerado das vendas.

O quadro foi de estabilidade nos números, a despeito de várias paradas de fábricas por férias coletivas, lay-offs e outros ajustes da oferta à demanda.

Os 183 mil autoveículos que deixaram as linhas de montagem representaram ligeira redução de 3,3% na comparação com o mês anterior.

No acumulado do ano, a produção de 1,315 milhão de unidades está praticamente igual à dos sete primeiros meses de 2022, com alta de 0,3%.

Crescimento maior está tendo o mercado interno, que acumula 1,224 milhão de unidades vendidas, 11,3% a mais que no ano passado.

O indicador mais prejudicado deste ano é o das exportações, sobretudo pelas complicações internas de destinos importantes como Colômbia e Chile, entre outros países sul-americanos.

A Argentina mantém os patamares de 2022 no comércio com o Brasil, que já estavam aquém do potencial do mercado vizinho.

A única surpresa positiva é o México, que lidera pela primeira vez na história o ranking de embarques de modelos brasileiros, com mais de 83 mil unidades, 90% acima do volume do ano passado.

No total, as exportações do Brasil no ano chegaram a 257,7 mil unidades, baixa de 10,6% sobre janeiro-julho de 2022.

O setor de máquinas continua em patamares elevados, mas um pouco aquém dos bons números do ano passado.

No fechamento do primeiro semestre, máquinas agrícolas tiveram queda de 6,8% nas vendas e de 5,2% nas exportações, em função da baixa nos preços das commodities.

Já as máquinas rodoviárias caíram 14,8% no mercado interno, mas cresceram 9,4% nos mercados fora do país.

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