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John Deere prepara pacote de demissões em meio à queda nas vendas

Em carta, CEO da John Deere admitiu que demissões estão a caminho, o que parece ter se tornado inevitável em meio à queda da demanda

Bloomberg

05/06/2024 15h36 | Atualizada em 05/06/2024 15h45

A John Deere, maior fabricante de máquinas agrícolas do mundo, vai realizar demissões, após registrar queda nas vendas e nos lucros no segundo trimestre fiscal deste ano, segundo uma carta da direção da companhia enviada a funcionários divulgada pela agência Bloomberg.

Em um comunicado enviado aos funcionários na semana passada, a John Deere admitiu que demissões estão a caminho, o que parece ter se tornado inevitável em meio à queda da demanda — particularmente na América do Sul, onde o Brasil é um destaque negativo.

Na carta, John May, CEO da John Deere, não abriu mais detalhes sobre as demissõ

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A John Deere, maior fabricante de máquinas agrícolas do mundo, vai realizar demissões, após registrar queda nas vendas e nos lucros no segundo trimestre fiscal deste ano, segundo uma carta da direção da companhia enviada a funcionários divulgada pela agência Bloomberg.

Em um comunicado enviado aos funcionários na semana passada, a John Deere admitiu que demissões estão a caminho, o que parece ter se tornado inevitável em meio à queda da demanda — particularmente na América do Sul, onde o Brasil é um destaque negativo.

Na carta, John May, CEO da John Deere, não abriu mais detalhes sobre as demissões. A extensão dos cortes deve ser conhecida por volta de julho, quando se encerra o terceiro trimestre fiscal.

Globalmente, a Deere possui em torno de 83 mil funcionários. Desse total, 33,8 mil trabalham nos Estados Unidos e Canadá. Regionalmente, a América do Sul é a segunda mais importante para os resultados da fabricante americana.

No último ano fiscal, os Estados Unidos foram responsáveis por 55,6% (US$ 34,1 bilhões) do faturamento e a América do Sul, por 13,3% (US$ 8,2 bilhões).

A decisão de demitir sinaliza que a redução dos estoques de máquinas pode estar mais difícil do que se esperava. Há um mês e meio, a John Deere já havia cortado as projeções para os resultados do atual ano fiscal, pela segunda vez.

Na América do Sul, as vendas de máquinas agrícolas da companhia devem cair de 15% a 20% no exercício fiscal que termina em outubro. Nos Estados Unidos e Canadá, a expectativa era de uma queda também intensa, mas menor (de 10% a 15%), segundo as projeções da Deere. No primeiro semestre do ano fiscal, que já teve os resultados divulgados, a queda das vendas foi significativa. No período (novembro a abril), as vendas da John Deere somaram US$ 24 bilhões, queda de 12%. Na América do Sul, a queda foi ainda maior, de 33%.

A situação mais apertada se refletiu nas ações da John Deere. Desde janeiro, os papéis da fabricante de máquinas caíram 6,3%.

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