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09/05/2011 15h07 | Atualizada em 09/05/2011 18h13
Após a Delphi lançar, há seis anos, a tecnologia bicombustível para caminhões utilizando a soma diesel-gás natural, a Iveco anuncia ao mercado automotivo nacional o desenvolvimento de um protótipo de caminhão versão flex, mas com a junção diesel-etanol.
De acordo com a fabricante, trata-se de uma tecnologia – fruto do CDP (Centro de desenvolvimento Iveco) semelhante à adotada nos automóveis. A novidade foi apresentada na última edição da Agrishow. O projeto contou com a participação da FPT Industrial, Bosch e Raízen.
O caminhão utilizado para a criação do protótipo é o Iveco Trakker Bi-Fuel Ethanol-Diesel, cavalo mecânico com tração 6x4 para até 63 toneladas de
...Após a Delphi lançar, há seis anos, a tecnologia bicombustível para caminhões utilizando a soma diesel-gás natural, a Iveco anuncia ao mercado automotivo nacional o desenvolvimento de um protótipo de caminhão versão flex, mas com a junção diesel-etanol.
De acordo com a fabricante, trata-se de uma tecnologia – fruto do CDP (Centro de desenvolvimento Iveco) semelhante à adotada nos automóveis. A novidade foi apresentada na última edição da Agrishow. O projeto contou com a participação da FPT Industrial, Bosch e Raízen.
O caminhão utilizado para a criação do protótipo é o Iveco Trakker Bi-Fuel Ethanol-Diesel, cavalo mecânico com tração 6x4 para até 63 toneladas de PBT (Peso Bruto Total) combinado, que pode ser utilizado em várias aplicações do setor canavieiro, como transporte de vinhaça, por exemplo.
Segundo a Iveco, o sistema permite redução no consumo do óleo diesel por meio de adoção do etanol, ao mesmo tempo em que eleva o ganho econômico dos operadores do setor canavieiro, reduzindo o custo de combustível por quilômetro rodado, uma novidade entre todas as tecnologias de combustíveis alternativos para caminhões.
Desenvolvido a partir de uma demanda da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), a nova tecnologia permite a substituição do diesel pelo etanol em taxas variáveis de acordo com a utilização do caminhão.
Funcionando com dois tanques, esse protótipo está apto para teste com taxa média de 40% de substituição do diesel para etanol, podendo chegar a 85% em certos regimes operacionais. De acordo com a empresa, esse aumento da taxa deve ser definido após o período de testes, pois envolve questões de topografia como tipo de terreno e em que operação o modelo será utilizado. Chegar a 100% do uso do etanol seria inviável pela simples razão de que isso elevaria o custo por quilômetro rodado, segundo a companhia.
O etanol é injetado no ciclo de admissão do motor e, após a compressão, é detonado com a injeção do próprio óleo diesel. O sistema não exige aditivo ou antidetonante. As quantidades de cada combustível são dosadas pela central eletrônica do motor e variam de acordo com as condições de pressão, temperatura e carga.
A Iveco salienta que o sistema permite o funcionamento do motor apenas com diesel ou a injeção de diesel e etanol, não sendo possível o funcionamento apenas com o combustível proveniente da cana. Os combustíveis não se misturam pois são injetados separadamente.
Teste
O teste será realizado neste mês na Usina da Barra, localizada em Barra Bonita (SP), no transporte de vinhaça durante a safra deste ano e contará com um grupo de engenheiros da Raízen e Iveco.
De acordo com a marca, os tanques serão abastecidos durante todo o período de testes com os mesmos combustíveis encontrados nos postos da rede Shell, o V-Power Etanol e o Fórmula Diesel.
Sobre investimentos, a empresa se absteve de anunciar o valor sob a justificativa de que se trata de uma área muito estratégica e por contar com diversos parceiros. De acordo com a Iveco, tudo está no começo e uma estimativa somente poderá ser passada após os testes do primeiro protótipo.
11 de junho 2013
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