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Infraestrutura traz mais confiança do que construção

Com o BNDES estudando modelos de concessão de trechos de rodovias e portos, ações de empresas da área de infraestrutura apresentam retornos mais atraentes para os investidores

O Estado de S.Paulo

26/05/2020 11h00 | Atualizada em 26/05/2020 11h12

A semana passada foi marcada por uma recuperação importante nos preços das ações nos setores de infraestrutura e construção civil.

Como exemplos, CCR e EcoRodovias fecharam a semana com avanços próximos de 25%, enquanto as construtoras mais voltadas para alta e média renda, como Cyrela, Even e EzTec, tiveram altas na casa dos 18%.

De modo geral, os analistas ainda demonstram certa cautela com este movimento, mas enxergam um horizonte de retomada mais rápida para as concessionárias, em relação ao setor imobiliário.

O estrategista de pessoa física da Santander Corretora, Renato Chanes, expõe e

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A semana passada foi marcada por uma recuperação importante nos preços das ações nos setores de infraestrutura e construção civil.

Como exemplos, CCR e EcoRodovias fecharam a semana com avanços próximos de 25%, enquanto as construtoras mais voltadas para alta e média renda, como Cyrela, Even e EzTec, tiveram altas na casa dos 18%.

De modo geral, os analistas ainda demonstram certa cautela com este movimento, mas enxergam um horizonte de retomada mais rápida para as concessionárias, em relação ao setor imobiliário.

O estrategista de pessoa física da Santander Corretora, Renato Chanes, expõe essas diferenças entre os dois setores.

No que diz respeito à infraestrutura, ele lembra que o ministério e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estudam modelos de concessão de trechos de rodovias e portos, com retornos mais atraentes para os investidores.

"Vemos isso como positivo também, já que ajuda o investidor a acreditar mais em cenário de crescimento à frente", afirma.

Ele lembra ainda que a queda dos juros tem efeito positivo duplo, já que diminui o custo das dívidas, e aumenta a previsibilidade das receitas, em um cenário mais normalizado.

Para a construção, Chanes ainda não vê sinais claros de recuperação. Ele afirma que o movimento visto na semana passada pode ter sido motivado pelos preços das ações, que já teriam precificado um recuo de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) para este ano.
"Nós continuamos cautelosos com o setor, dado que a confiança do consumidor, um dos pilares mestres para a tese de investimentos, deve levar mais tempo a ser retomada".

Luis Sales, analista da Guide Investimentos, não projeta recuperação no curto prazo para os dois setores. Mas entre eles, espera uma retomada mais rápida na infraestrutura, especialmente em rodovias.

Já para as construtoras, a previsão é de que o setor tenha sinais de retomada só em 2021.

"Dentre as empresas do segmento, preferimos maior exposição à EcoRodovias em função do portfólio concentrado em rodovias, e recomendamos maior cautela com construção civil, com a EzTec sendo nossa preferida em função da solidez do balanço da companhia e histórico de execução positivo", explica.

Já Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, tem uma postura mais cautelosa sobre os dois segmentos.

Segundo ele, ainda não há sinais concretos de retomada. "O que vimos foi um movimento de risk-in, com os agentes de mercado mais predispostos ao risco devido ao avanço dos tratamentos referentes à atual pandemia e a flexibilização da quarentena, o que levou a um reposicionamento em relação aos fluxos de caixa das companhias".

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