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Indústria de máquinas espera recuperação no Rio Grande do Sul

Expectativa está vinculada à promessa de recursos para o Estado pelo governo federal

Globo Rural

17/06/2024 10h15 | Atualizada em 17/06/2024 13h24

Passado pouco mais de um mês das piores enchentes da história no Rio Grande do Sul, empresas de máquinas e implementos agrícolas gaúchas que paralisaram operações já voltaram à ativa. E, embora assustadas com a tragédia, esperam uma recuperação das vendas após promessa do governo federal de garantir recursos extras e mais baratos aos produtores do Estado.

“Os pequenos produtores foram os que mais perderam equipamentos, mas o governo prometeu agora dinheiro a juros baixos e prazo de pagamento longo. A depender do que for oferecido, pode impulsionar o segmento”, disse Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de

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Passado pouco mais de um mês das piores enchentes da história no Rio Grande do Sul, empresas de máquinas e implementos agrícolas gaúchas que paralisaram operações já voltaram à ativa. E, embora assustadas com a tragédia, esperam uma recuperação das vendas após promessa do governo federal de garantir recursos extras e mais baratos aos produtores do Estado.

“Os pequenos produtores foram os que mais perderam equipamentos, mas o governo prometeu agora dinheiro a juros baixos e prazo de pagamento longo. A depender do que for oferecido, pode impulsionar o segmento”, disse Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers).

No fim de maio, o governo anunciou R$ 600 milhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para apoiar as operações de crédito rural aos pequenos e aos médios agricultores gaúchos. Na ocasião, também anunciou uma linha para financiar a compra de máquinas, equipamentos e serviços, com taxa base para o tomador de 1% e mais um spread bancário, que depende da situação de cada empresa. Mas não foram dados mais detalhes.

Em 2023, as vendas do setor no Estado caíram 15%, enquanto no país, recuaram 13,2%, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Para este ano, antes da tragédia climática, a expectativa da Anfavea e da Simers era de um recuo de 11%.

Além da queda dos preços dos grãos, colaboraram para o encolhimento das vendas de máquinas no ano passado os problemas climáticos provocados pelo fenômeno La Niña na região Sul na safra 2022/23 e também a expectativa de redução da taxa básica de juros, que levou produtores a adiarem aquisições, disse presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.

Pesquisa da Anfavea apontou que 60% da decisão de compra dos produtores é norteada por questões ligadas ao crédito, como taxa de juros e prazo.

“Os recursos extras para os gaúchos são um componente novo. As condições do Plano Safra também ajudarão ou não o setor”, disse Bier. Apesar da esperança, ele afirmou que é cedo para fazer qualquer estimativa de crescimento.

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