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Indústria de bens de capital acelera ritmo de vendas

A receita do setor de bens de capital, que encolheu em 2017, pelo quinto ano consecutivo, tende a dar um salto

Valor Econômico

28/02/2018 14h03 | Atualizada em 06/03/2018 23h14

Depois de amargar sucessivas quedas no faturamento, a indústria de máquinas e equipamentos inicia 2018 com boas expectativas, puxadas pelo agronegócio, licitações públicas e obras de concessões.

A Caterpillar, fabricante de máquinas e principal exportadora do setor, investiu mais de R$ 500 milhões nos últimos cinco anos em suas unidades de Piracicaba, SP e a de Campo Largo, PR, já contando com a retomada do setor.

A divisão de construção da John Derre desembolsou em 2016 mais de R$ 80 milhões na produção nacional de tratores de esteira,, que começarão a ser fabricados em março.

A filial brasileira do grupo alemão Schmersal, fornecedora da indús

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Depois de amargar sucessivas quedas no faturamento, a indústria de máquinas e equipamentos inicia 2018 com boas expectativas, puxadas pelo agronegócio, licitações públicas e obras de concessões.

A Caterpillar, fabricante de máquinas e principal exportadora do setor, investiu mais de R$ 500 milhões nos últimos cinco anos em suas unidades de Piracicaba, SP e a de Campo Largo, PR, já contando com a retomada do setor.

A divisão de construção da John Derre desembolsou em 2016 mais de R$ 80 milhões na produção nacional de tratores de esteira,, que começarão a ser fabricados em março.

A filial brasileira do grupo alemão Schmersal, fornecedora da indústria em geral, também anunciou investimentos em sua expansão fabril.

Economistas e representantes do setor apostam em um crescimento mais disseminado no consumo de bens de capital, como os da chamada Linha Amarela - escavadeiras, compressores e gruas -, os do setor de logística, construção civil e infraetsrutura, e de bens de consumo.

A receita do setor de bens de capital, que encolheu em 2017, pelo quinto ano consecutivo, tende a dar um salto.

"Agora, a expectativa é de um crescimento entre 5% e 10% na receita líquida total das fabricantes", prevê José Velloso, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Esse crescimento, explica Velloso, será sustentado pelas exportações e pela recuperação da maior parte dos setores no mercado interno.

"Trabalhamos com a previsão de que parte da retomada começará ainda no segundo semestre, mas, com maior projeção a partir de 2019", aposta Odair Renosto, presidente da Caterpillar Brasil.

Segundo Renosto, a Caterpillar já sentiu um aumento no volume de pedidos em carteira para peças para as máquinas em operação nas minas, o que indica que o próximo passo é o crescimento da demanda por novos produtos.

Roberto Marques, diretor da divisão de construção e florestal da John Deere Brasil, diz que as vendas em 2017 fecharam como crescimento próximo a dois dígitos por conta do redirecionamento nas exportações.

"Para 2018, a perspectiva é acompanhar, no mínimo, o mesmo crescimento do mercado previsto em 10% e até ultrapassar.

A Schmersal também elevou sua receita em 10% em 2017 e prevê um crescimento na casa dos 12% em 2018. A empresa decidiu investir na expansão da unidade fabril em Boituva, SP, onde serão aplicados cerca de 3% do faturamento em P&D, explica Rogério Baldauf, diretor executivo da Schmersal.

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