INDÚSTRIA
CECE
18/03/2019 16h15 | Atualizada em 19/03/2019 11h51
Em 2018, as vendas no mercado europeu cresceram 11% e, com isso, o nível total do mercado está agora apenas 10% abaixo do pico obtido em 2007.
Durante o ano, houve um momento de considerável crescimento: após um avanço de 5% nas vendas no primeiro trimestre do ano (comparado ao mesmo período do ano anterior), o crescimento chegou a 8,5% e 9,4% no segundo e terceiros trimestres, respectivamente.
O ultimo trimestre apresentou um inesperado boom com as vendas avançando 15% na comparação ano a ano. Estas são as principais conclusões do Relatório Econômico Anual do CECE (Committee for European Construction Equi
...Em 2018, as vendas no mercado europeu cresceram 11% e, com isso, o nível total do mercado está agora apenas 10% abaixo do pico obtido em 2007.
Durante o ano, houve um momento de considerável crescimento: após um avanço de 5% nas vendas no primeiro trimestre do ano (comparado ao mesmo período do ano anterior), o crescimento chegou a 8,5% e 9,4% no segundo e terceiros trimestres, respectivamente.
O ultimo trimestre apresentou um inesperado boom com as vendas avançando 15% na comparação ano a ano. Estas são as principais conclusões do Relatório Econômico Anual do CECE (Committee for European Construction Equipment), versão 2019, publicado na semana passada.
Desempenho em 2018
Várias regiões no Oeste e Norte do continente europeu registraram crescimento estável. Vindo de níveis já altos, muitos desses mercados inclusive alcançaram níveis recordes de vendas.
Já os mercados nas regiões Sul, Central e Leste da Europa continuam sua recuperação e vêm crescendo em níveis acima da média. A Rússia, por exemplo, confirmou a tendência positiva do ano anterior.
O mercado turco, por sua vez, foi uma exceção negativa: após iniciar o ano estável, o mercado foi vítima do clima econômico dominante no país e, com isso, registrou um segundo semestre desastroso.
As vendas de equipamentos de movimentação de terra na Europa (incluindo Rússia e Turquia) cresceram 9,6%, superando assim os níveis de 2008. Equipamentos para construção rodoviária elevaram as vendas em 12%. Similarmente aos equipamentos para movimentação de terra, essa família de máquinas assistiu suas vendas alcançarem os níveis mais altos desde a crise econômica global, há dez anos.
Já os equipamentos para construção imobiliária uma vez mais obtiveram o melhor desempenho dos subsetores em 2018. Todavia, enquanto a recuperação deste segmento continua as vendas de equipamentos para concreto e guindastes de torre vêm perdendo dinamismo, assim como ocorre com os equipamentos de construção rodoviária e de movimentação de terra.
A percepção geral é de que, após quatro anos consecutivos de crescimento, a recuperação segue em um estágio avançado, mesmo que continue a existir uma disparidade muito grande entre as regiões Norte e Sul do continente.
Projeções para 2019
Para este ano, não é esperada uma mudança muito significativa no cenário. Com a expansão dos setores de construção e mineração – suportada por um crescimento nos preços das commodities – a indústria global de equipamentos para construção mantém a expectativa de permanecer em rota de crescimento, embora com um ritmo um pouco mais lento (dado que a China, com a maior alavancagem entre todos os mercados, provavelmente não manterá seu crescimento em um ritmo comparável).
Se o desempenho global não for sabotado por um agravamento da guerra comercial, um aumento de 5% a 10% do mercado mundial é uma expectativa realista.
Naturalmente, ao final do que tem sido um ciclo ascendente bastante longo, não é realista esperar os mesmos níveis de crescimento obtidos em 2018.
Mesmo se as principais incertezas – mais proeminentemente o Brexit e o risco de uma guerra comercial global – não produzam efeitos negativos imediatos, uma queda cíclica na Europa no segundo semestre do ano é um cenário bastante plausível.
“Como resultado, o prognóstico para o mercado europeu de equipamentos para construção é de obter vendas entre 0% e -5% em 2019”, disse Sebastian Pop, especialista econômico do CECE. “Isto ainda representaria um bom ano para a indústria e de modo algum é uma má notícia.”
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