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Indústria da mineração aguarda medidas do futuro presidente

De uma forma geral, mineradores e cidadãos têm debatido a exploração sustentável e a competitividade e as questões socioambientais também são discutidas, com participação de pequenas comunidades e maior preocupação com áreas de preservação

Jovem Pan

22/08/2018 10h13 | Atualizada em 22/08/2018 14h09

A indústria da mineração espera por medidas do futuro presidente e do novo Congresso em 2019. Com a Agência Nacional de Mineração recém-criada, o setor busca melhores modelos de desenvolvimento.

Desde os incidentes com rejeitos em Mariana, em Minas Gerais, e Barcarena, no Pará, as atividades passaram a ser observadas mais de perto pela sociedade.

Entre os principais impasses, mineradores e cidadãos têm debatido a exploração sustentável e a competitividade. As questões socioambientais também são discutidas, com participação de pequenas comunidades e maior preocupação com áreas de preservação.

Segundo Roberto Castello

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A indústria da mineração espera por medidas do futuro presidente e do novo Congresso em 2019. Com a Agência Nacional de Mineração recém-criada, o setor busca melhores modelos de desenvolvimento.

Desde os incidentes com rejeitos em Mariana, em Minas Gerais, e Barcarena, no Pará, as atividades passaram a ser observadas mais de perto pela sociedade.

Entre os principais impasses, mineradores e cidadãos têm debatido a exploração sustentável e a competitividade. As questões socioambientais também são discutidas, com participação de pequenas comunidades e maior preocupação com áreas de preservação.

Segundo Roberto Castello Branco, diretor do Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econômico da FGV, a expectativa do setor para o novo governo é que se busque um regime de licenciamento ambiental mais dinâmico, que viabilize o desenvolvimento de projetos e não seu atraso e mudança na sistemática de royalties.

Castello Branco defende ainda o fim da ideologia do populismo no setor, na qual poucos se beneficiam.

Para Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente, os empresários têm papel fundamental para o desenvolvimento das regiões exploradas.

“Quando o empresário chega a áreas remotas ele é um agente de desenvolvimento. Então tem que ter os instrumentos e capacidade de construir com a sociedade local e não ficar pagando o licenciamento sem saber como isso se traduz para a sociedade”.

Segundo Izabella, o país precisa discutir a justiça socioambiental para ressarcir as sociedades que foram atingidas.

De acordo com Jakeline Pereira, pesquisadora do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, é possível a atuação conjunta do setor privado e das comunidades para alcançar o desenvolvimento social.

“A falta de governança nas áreas de atuação de mineradoras cai tudo em cima de uma empresa que está lá no território e a comunidade acaba solicitando o auxílio das empresas, mas isso e dever do poder público”, diz.

Apesar dos desafios, especialistas também comemoram a redução da burocracia no setor. Atualmente, o Brasil é o segundo maior exportador de minério de ferro, e abriga grandes depósitos de cobre e bauxita.

Com o sistema de licença mais acelerado, a expectativa é que a indústria de mineração tenha participação de 6% no Produto Interno Bruto.

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