O governo publicou a MP 1175 com as regras dos subsídios para veículos leves, com descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil, e pesados, nos quais o bônus para aquisição poderá chegar a R$ 99 mil.

Ao todo, serão destinados R$ 1 bilhão para compra de veículos pesados, com R$ 700 milhões para descontos em caminhões e R$ 300 milhões para ônibus urbanos e rodoviários, além de R$ 500 milhões para carros leves.

No segmento de veículos pesados, um dos objetivos é acelerar a entrada em circulação do motor Euro 6, menos poluente e mais eficiente, porém mais caro.

O plano inicial era a desoneração de impostos federais (PIS/Cofins e IPI) sobre os veículos, mas o projeto mudou.

A intenção passou a dar desconto direto no ato da compra e compensar as empresas por meio de créditos tributários.

O Presidente da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Márcio de Lima Leite, elogiou a abrangência do programa, que tem um viés não só de aquecimento do mercado de veículos leves e pesados, mas também com um lado ambiental e de segurança viária muito forte, promovendo a renovação de frota de caminhões e ônibus de forma direta.

“Embora seja um programa de curta duração, traz um ânimo para todo o ecossistema automotivo e coloca um foco sobre um setor que tem potencial para gerar incontáveis benefícios à sociedade brasileira de forma geral”, afirmou.

Pelas estimativas da entidade, espera-se um prazo mais largo para o teto de R$ 1 bilhão para caminhões e ônibus, até porque são veículos de maior valor e com venda atrelada à retirada das ruas e reciclagem de veículos pesados com mais de 20 anos de uso, para desconto de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil, dependendo do produto.