Mercado
G1
05/09/2018 09h40 | Atualizada em 05/09/2018 13h09
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, na semana passada, que vai aliviar as cotas de importação de aço e alumínio que excedam as cotas livres do pagamento das sobretaxas impostas pelo governo em março.
A decisão de flexibilizar a tarifa, publicada no portal da Casa Branca, permitem o alívio das cotas de aço da Coreia do Sul, Brasil e Argentina e do alumínio da Argentina.
Com isso, as empresas americanas que comprarem aço do Brasil não vão precisar pagar 25% a mais sobre o preço original, caso comprovem falta de matéria-prima no mercado interno.
O presidente americano flexibilizou a importação de a
...O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, na semana passada, que vai aliviar as cotas de importação de aço e alumínio que excedam as cotas livres do pagamento das sobretaxas impostas pelo governo em março.
A decisão de flexibilizar a tarifa, publicada no portal da Casa Branca, permitem o alívio das cotas de aço da Coreia do Sul, Brasil e Argentina e do alumínio da Argentina.
Com isso, as empresas americanas que comprarem aço do Brasil não vão precisar pagar 25% a mais sobre o preço original, caso comprovem falta de matéria-prima no mercado interno.
O presidente americano flexibilizou a importação de aço e alumínio após ser pressionado pela indústria americana.
Um relatório foi apresentado ao presidente pelo Departamento de Comércio informando que as empresas do país estavam sofrendo com a falta de matéria-prima.
“As empresas podem solicitar exclusões de produtos com base na quantidade insuficiente ou na qualidade disponível dos produtores de aço ou alumínio dos EUA. Nesses casos, uma exclusão da cota pode ser concedida e nenhuma tarifa seria devida”, diz o comunicado da Casa Branca.
O pedido de eliminação da cota terá que ser feito por empresas com sede nos EUA.
Medidas
A sobretaxa do aço foi um dos primeiros capítulos da guerra comercial de Trump. Visando a atingir sobretudo a China, o governo americano impôs uma regra geral e, aos poucos, renegocia com cada país.
Em março, o presidente americano impôs tarifa de 25% às importações de aço e de 10% às de alumínio alegando questões de segurança nacional.
A decisão desencadeou uma série de retaliações pelo mundo e adoção de salvaguardas por outros países e blocos.
Na ocasião, a indústria brasileira classificou a sobretaxa à importação de aço e alumínio, na ocasião, como medida de 'injustificada e ilegal' e com potencial de provocar "dano significativo" para as siderúrgicas instaladas no Brasil, uma vez que o Brasil é o segundo maior fornecedor de ferro e aço dos Estados Unidos.
As tarifas sobre as importações de aço e alumínio da União Europeia, Canadá e México entraram em vigor em 1º de junho, e o secretário do Comércio Wilbur Ross disse em 31 de maio que foram feitos acordos com alguns países para estabelecer limites não-tarifários para as exportações dos dois metais para os Estados Unidos.
Em nota, o Instituto Aço Brasil (IABr) afirma que o setor siderúrgico e o governo estão analisando os detalhes da nova medida de Trump.
A associação entende que a flexibilização "vai na direção daquilo que vinha sendo pleiteado pelo setor, que é a transformação do sistema de hard quotas para soft quotas, o que significa dizer que após o atingimento do limite da cota, as exportações poderiam ser mantidas com a tarifa de 25%".
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