Indústria
Folha de S. Paulo
26/03/2018 13h59 | Atualizada em 27/03/2018 13h29
Em um decreto emitido na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou a isenção de tarifas sobre o aço brasileiro até o dia 1º de maio, mas abriu a possibilidade de impor quotas de importação sobre o produto.
Segundo a Casa Branca, o Departamento de Comércio irá monitorar de perto as importações nesse período e avaliar se ainda há ameaças à indústria siderúrgica local.
O governo ficará atento a um eventual aumento da importação de aço, triangulação ou excesso de produção mundial.
A imposição de quotas nesse período, ou mesmo o retorno das tarifas ao final do prazo, é uma prerrogativa do presidente.
"Se necess
...Em um decreto emitido na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou a isenção de tarifas sobre o aço brasileiro até o dia 1º de maio, mas abriu a possibilidade de impor quotas de importação sobre o produto.
Segundo a Casa Branca, o Departamento de Comércio irá monitorar de perto as importações nesse período e avaliar se ainda há ameaças à indústria siderúrgica local.
O governo ficará atento a um eventual aumento da importação de aço, triangulação ou excesso de produção mundial.
A imposição de quotas nesse período, ou mesmo o retorno das tarifas ao final do prazo, é uma prerrogativa do presidente.
"Se necessário e apropriado, eu vou considerar dar ordens ao departamento de fronteira e alfândega para implementar uma quota o mais rápido possível, que vai considerar as importações desde janeiro de 2018", afirma Trump, no decreto.
O Brasil é o segundo maior exportador de aço para os EUA – que decidiram, no início do mês, impor tarifas ao aço e alumínio sob o argumento de proteger a indústria siderúrgica local e, por consequência, a segurança nacional.
Mas, o governo americano deixou aberta a possibilidade de negociação, e acabou isentando temporariamente alguns países das tarifas, que começaram a valer na semana passada.
Além do Brasil, foram poupados, por ora, México, Canadá, Coreia do Sul, Argentina, Austrália e a União Europeia.
No decreto, Trump informa que o Brasil tem um "importante relacionamento com os EUA" na área de segurança nacional, especialmente em relação a questões relativas à América Latina, compartilham um "investimento recíproco em bases industriais" e têm uma "forte integração econômica".
O aço produzido pelo Brasil consome carvão importado dos EUA, o que equilibra a balança comercial entre os países – que foi superavitária para os americanos nos últimos dez anos.
As negociações com os EUA permanecem em andamento, até maio. Caso não haja um acordo sobre o tema, há a possibilidade de que as tarifas voltem a ser impostas ao Brasil e aos outros países.
As alíquotas determinadas por Trump foram de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio. Com a isenção, voltam a ser de 0,9% e 2%, respectivamente.
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