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Gigante coreana Doosan investe em fábrica de máquinas no Brasil

O Estado de S.Paulo

14/02/2011 15h00 | Atualizada em 14/02/2011 18h35

O grupo Doosan, maior conglomerado sul-coreano no setor de máquinas e equipamentos, realizou na última sexta-feira, 11, em Americana (SP), a cerimônia de instalação de sua primeira fábrica no País. A empresa vai investir R$ 100 milhões na produção de escavadeiras hidráulicas para construção civil e gerar, inicialmente, 300 empregos diretos.

A Doosan atua em diversos segmentos e está presente em 23 países, com linhas de produção em nove deles, além da Coreia, onde tem cinco fábricas. A multinacional, que já tem no Brasil representações para produtos importados, deve iniciar a operação local no fim de 2012. A filial terá capacidade para produzir 2 mil máquinas por ano.

De olho nas obras previstas para a Copa do Mundo de 201

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O grupo Doosan, maior conglomerado sul-coreano no setor de máquinas e equipamentos, realizou na última sexta-feira, 11, em Americana (SP), a cerimônia de instalação de sua primeira fábrica no País. A empresa vai investir R$ 100 milhões na produção de escavadeiras hidráulicas para construção civil e gerar, inicialmente, 300 empregos diretos.

A Doosan atua em diversos segmentos e está presente em 23 países, com linhas de produção em nove deles, além da Coreia, onde tem cinco fábricas. A multinacional, que já tem no Brasil representações para produtos importados, deve iniciar a operação local no fim de 2012. A filial terá capacidade para produzir 2 mil máquinas por ano.

De olho nas obras previstas para a Copa do Mundo de 2014, as Olimpíadas de 2016, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e pré-sal, o grupo coreano disputará mercado com a conterrânea Hyundai, que vai investir US$ 150 milhões (R$ 240 milhões) numa fábrica de escavadeiras, retroescavadeiras e pás carregadeiras em estado a ser definido. A Hyundai também está construindo uma montadora de automóveis em Piracicaba (SP).

Outra concorrente é a chinesa Sany, que inaugurou este ano uma linha de montagem de CKDs (kits desmontados) em São José dos Campos (SP) e negocia com municípios paulistas uma planta industrial de US$ 200 milhões (R$ 320 milhões).

Empresas que estão no mercado brasileiro há vários anos, como New Holland, Case, Komatsu e Caterpillar, também atuam no segmento. Recentemente, a Caterpillar anunciou planos de expansão da fábrica de Piracicaba (SP) e a instalação de uma nova unidade em Campo Largo (PR), projeto orçado em US$ 180 milhões (R$ 290 milhões).

O primeiro equipamento a ser produzido pela Doosan será a escavadeira DX 225LCA, seu carro-chefe em vendas. O equipamento é usado na construção civil, e, numa versão mais potente, tem aplicações na área de mineração.

A Comingersoll, empresa que representa a marca Doosan em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, vende a escavadeira importada da Coreia por R$ 420 mil, mas atualmente o equipamento está em promoção, a R$ 385 mil.

A futura fábrica será erguida em um terreno de 162 mil metros quadrados. A área foi doada pela Prefeitura de Americana, que também providenciará infraestrutura. Para atrair a empresa, o Estado de São Paulo ofereceu benefícios já previstos na legislação, como diferimento (suspensão) de recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na compra de equipamentos.

O secretário de Desenvolvimento, Guilherme Afif Domingos, afirma que o Estado tem atraído vários investimentos industriais por causa da infraestrutura de transporte e mão de obra qualificada e do apoio a centros de pesquisa e desenvolvimento. Para ser ainda mais competitivo, o governo prepara um novo plano com incentivos para empresas geradoras de empregos.

"Quanto maior o número de empregos a serem gerados, maiores os incentivos", afirma Afif, que não deu detalhes. "Estamos preparando o programa e devemos apresentá-lo dentro do período de 100 dias do novo governo."

Segundo o secretário, que acumula o cargo com o de vice-governador, São Paulo não está entrando na guerra fiscal. Ressalta, porém, que o Estado vai "entrar pesado com uma política de incentivo e desenvolvimento que inclui redução de carga tributária direta na veia".

Segundo ele, trata-se de um programa de longo prazo e não de uma "guerrilha econômica". Afif informa que o InvestSP, programa ligado à Secretaria, tem em carteira de 70 projetos de novas empresas que querem se instalar no Brasil, sendo que várias delas já escolheram São Paulo.

Ele cita a chinesa Chery, que vai construir fábrica de automóveis em Jacareí (investimento de R$ 680 milhões), a Febrace, fabricante de vidros e espelhos (R$ 390 milhões), a Penido, do setor aeroespacial (R$ 200 milhões) e a Gestamp, fornecedora de peças para a General Motors e a Honda (R$ 125 milhões).

"Os 70 projetos têm potencial de investimento de R$ 17,8 bilhões e a criação de 64 mil empregos diretos e 232 mil indiretos", calcula Domingos. São investimentos de empresas dos EUA, China, Coreia, Espanha, Japão e França para as áreas automotiva, alimentícia, de petróleo e gás, energia, resíduos sólidos e máquinas e equipamentos.

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