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Frota elétrica acelera no país e vendas devem crescer 33% neste ano

Os modelos movidos a bateria, em substituição ao diesel e à gasolina, devem chegar a quase 46,6 mil unidades vendidas somente neste ano no Brasil

O Globo

07/11/2022 14h46

Nas ruas e nas estradas, os veículos elétricos começam a ganhar força, impulsionados por projetos de montadoras, indústrias, prefeituras e empresas do setor de energia e varejo.

Os modelos movidos a bateria, em substituição ao diesel e à gasolina, devem chegar a quase 46,6 mil unidades vendidas somente neste ano no Brasil.

Será um crescimento de 33% em relação ao ano passado, quando 35 mil unidades foram comercializadas entre carros, furgões, caminhões e ônibus, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

O avanço vem sendo puxado por empresas e indú

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Nas ruas e nas estradas, os veículos elétricos começam a ganhar força, impulsionados por projetos de montadoras, indústrias, prefeituras e empresas do setor de energia e varejo.

Os modelos movidos a bateria, em substituição ao diesel e à gasolina, devem chegar a quase 46,6 mil unidades vendidas somente neste ano no Brasil.

Será um crescimento de 33% em relação ao ano passado, quando 35 mil unidades foram comercializadas entre carros, furgões, caminhões e ônibus, de acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

O avanço vem sendo puxado por empresas e indústrias, que estão eletrificando sua frota de olho, principalmente, na redução de emissões de gases causadores do efeito estufa, e por prefeituras, que começam a substituir os ônibus públicos movidos a diesel.

Desde que a Volkswagen Caminhões e Ônibus lançou seu primeiro caminhão 100% elétrico, no ano passado, a aceitação tem sido acima do esperado, afirma Antonio Roberto Cortes, presidente e CEO da companhia.

Já foram vendidas 350 unidades e há acordos assinados para a comercialização de mais mil caminhões para companhias como Ambev, Coca-Cola, Raízen e Grupo Vamos, entre outros.

“Investimos R$ 110 milhões no desenvolvimento de produto e em engenharia na nossa fábrica em Resende, no Rio. A perspectiva é que o segmento ganhe espaço. Mas há uma série de desafios, como as baterias. Por isso, estamos conversando com empresas para ver o que pode ser fabricado aqui no país”, explica Cortes.

A produção de ônibus elétricos também está no radar da montadora, conta o executivo. É reflexo dos diversos projetos que começam a ganhar força em cidades espalhadas pelo país.

De olho nesse potencial, a Enel X, braço de negócios global da Enel que atua no fornecimento e eficiência energética, vem desenvolvendo infraestrutura de recarga e criando projetos de geração sustentável, como solar e eólica, em ao menos quatro cidades.

A empresa de energia pretende participar da licitação que será feita em Goiânia (Goiás), após estudos feitos na cidade, para fornecer a solução completa, da entrega dos ônibus ao sistema de carregamento e geração de energia renovável para as baterias dos veículos.

Em Curitiba (Paraná), está sendo feita uma chamada pública para iniciar um projeto-piloto. Já em Angra dos Reis (Rio), a companhia é responsável pelas análises para uma parceria público-privada.

“Não adianta ter carro, ônibus ou caminhão elétrico com uma bateria gerada a partir de energia fóssil. A ideia é ser sustentável do início ao fim e criar modelos que ajudem a melhorar o serviço para a população e a reduzir os custos. Em estudos que fizemos, há queda entre 50% e 60% nas despesas com manutenção e de 70% a 75% na economia de energia”, explica Carlos Eduardo de Souza, diretor da Enel X.

Segundo Adalberto Maluf, presidente do Conselho Diretor da ABVE, o Brasil tem hoje apenas 371 ônibus elétricos, com base em dados do E-bus Radar. Ele ressalta que o Brasil é o único país do G-20 que não tem plano nacional de mobilidade elétrica.

“Somos o quarto maior fabricante de veículos pesados do mundo e o nono maior de carros leves. Sem um plano nacional, não há coordenação. O que temos hoje são empresas privadas movidas pela necessidade de reduzir a emissão por conta da agenda sustentável e algumas cidades”, diz.

Os projetos de logística das empresas vêm estimulando a venda de caminhões elétricos, que deve mais que dobrar este ano, passando de 293 unidades para mais de 600 até dezembro, segundo a ABVE.

Alta ainda maior está prevista para os comerciais leves (furgões, por exemplo), que devem passar das 151 unidades vendidas em 2021 para mais de mil este ano.

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