Redação
13/04/2021 11h00 | Atualizada em 20/04/2021 21h21
Na visão de duas das principais fabricantes do país, o mercado de máquinas e equipamentos para construção deve alcançar um resultado bastante positivo em 2021, a despeito dos desafios antepostos pela pandemia, que ainda persistem.
Segundo Paula Araújo, vice-presidente da New Holland Construction para a América do Sul, passado o primeiro momento de intempéries e de medo com a pandemia, o cenário já é bem mais promissor. Os resultados do 1° trimestre reforçam essa expectativa, com o mercado crescendo 18% em relação ao mesmo período do ano passado.
“Existe uma expectativa no país de aumento do
...Na visão de duas das principais fabricantes do país, o mercado de máquinas e equipamentos para construção deve alcançar um resultado bastante positivo em 2021, a despeito dos desafios antepostos pela pandemia, que ainda persistem.
Segundo Paula Araújo, vice-presidente da New Holland Construction para a América do Sul, passado o primeiro momento de intempéries e de medo com a pandemia, o cenário já é bem mais promissor. Os resultados do 1° trimestre reforçam essa expectativa, com o mercado crescendo 18% em relação ao mesmo período do ano passado.
“Existe uma expectativa no país de aumento do investimento em infraestrutura e a gente vê isso acontecendo, com mais de 5 mil obras que estavam paradas”, disse ela durante evento on-line realizado ontem (12) pela Editora AutoData.
“Além disso, já estamos no 8° mês de crescimento da empregabilidade no mercado de construção, puxado não só pelo imobiliário, mas também pelas grandes obras”, completou.
Desde 2014, ela observou, os parques de máquinas não se renovam na mesma velocidade que antes. “Nos últimos anos, a frota vinha com 50% de ocupação, inclusive com canibalização de máquinas, mas agora chegamos ao limite dessa possibilidade”, frisou. “O parque de máquinas precisa ser renovado.”
Citando estudos da Sobratema, a executiva destacou que a expectativa de crescimento é de 20% no ano, em linha com as projeções iniciais da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de 22%. “As empresas estão mais dispostas a investir, temos percebido esse apetite no mercado”, afirmou Paula Araújo.
“Claramente, ainda temos alguns desafios no campo econômico, com inflação, juros, taxa de câmbio, teto fiscal, aumento de custos e a própria confiança no mercado local frente à pandemia", destacou. "Mas o mercado está bastante confiante nesse crescimento.”
Na mesma linha, o diretor de planejamento estratégico da Volvo CE Latin America, Massami Murakami, destacou que a entrada de pedidos superou os dois dígitos no último trimestre de 2020. “E o 1° trimestre deste ano também veio forte”, ressaltou. "Por isso, seguimos otimistas e mantemos o número de 20% de crescimento do mercado."
Mesmo com a taxa Selic e a inflação aumentando, ele acentuou, a perspectiva para o setor segue positiva, levando em consideração que a cadeia do agronegócio, da infraestrutura e de outras áreas reforçam a demanda do setor de máquinas.
“Claro que ainda temos incertezas no mercado, mas o planejamento de volume e a visão de médio prazo têm ajudado a indústria a oferecer o que o mercado precisa”, completou Murakami, apontando que o mercado brasileiro de máquinas pesadas pode voltar ao seu patamar histórico de alta, obtido em 2014, com cerca de 30 mil unidades comercializadas no ano.
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