CENÁRIO
CECE/AEM
22/10/2019 11h00 | Atualizada em 22/10/2019 12h11
O livre fluxo comercial e de investimentos é a mola propulsora da produção industrial moderna. Fabricantes de equipamentos dos EUA e da Europa dependem da cadeia global de fornecedores como fonte de peças e componentes, além de acessar mercados externos para exportar seus maquinários.
“Atualmente, 80% do comércio global são relacionados à cadeia de suprimentos, um setor de bens intermediários que tem aproximadamente o dobro de tamanho do setor de bens acabados para consumo”, destaca o CECE (Committee for European Construction Equipment). “E isto é especialmente importante na produção industrial avançada, como a de
...O livre fluxo comercial e de investimentos é a mola propulsora da produção industrial moderna. Fabricantes de equipamentos dos EUA e da Europa dependem da cadeia global de fornecedores como fonte de peças e componentes, além de acessar mercados externos para exportar seus maquinários.
“Atualmente, 80% do comércio global são relacionados à cadeia de suprimentos, um setor de bens intermediários que tem aproximadamente o dobro de tamanho do setor de bens acabados para consumo”, destaca o CECE (Committee for European Construction Equipment). “E isto é especialmente importante na produção industrial avançada, como a de equipamentos de construção.”
Tanto os EUA quanto a União Europeia são centros de desenvolvimento tecnológico, de modo que o comércio transatlântico tem ajudado a criar um caminho sólido para sustentar a competitividade da indústria. No entanto, recentes decisões governamentais ameaçam comprometer a continuidade do desenvolvimento econômico.
Recentemente, os EUA anunciaram planos de estabelecer tarifas de quase 7 bilhões de euros sobre produtos europeus, incluindo certos tipos de máquinas para construção, na sequência da decisão da OMC sobre a Airbus.
A União Europeia pode seguir o exemplo se o processo na OMC for decidido contra os EUA. Inevitavelmente, o estabelecimento de tarifas conduzirá a contra-tarifas, perda de mercados, alta nos preços e queda na confiança de investidores, com o potencial de minar as cadeias transatlânticas de abastecimento há muito estabelecidas, das quais dependem trabalhadores e a própria indústria.
Nesse cenário, ambas as regiões precisam manter o foco na remoção das barreiras comerciais, enquanto atuam juntas para combater as práticas desleais praticadas por outros países. O reforço do Estado de direito e a reforma da OMC são necessários para uma resposta efetiva aos desafios do comércio global no século XXI, conciliando os interesses dos EUA e da União Europeia.
Com esta declaração conjunta, a Associação Europeia de Fabricantes de Equipamentos de Construção (CECE) e a Associação Americana de Fabricantes de Equipamentos (AEM) conclamam as regiões a atuarem conjuntamente para aliviar as tensões, abandonando todos os planos dos EUA de impor tarifas e evitar uma escalada em direção à imposição de tarifas adicionais também pela União Europeia.
16 de junho 2020
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