Na semana passada (8), a Deutz apresentou em Colônia, na Alemanha, uma atualização de sua estratégia Dual+, anunciando um programa de corte de custos para “combater o declínio cíclico da demanda”.

O cerne do novo desenvolvimento estratégico é baseado em maior diversificação da carteira e abordagem mais orientada para o desenvolvimento de acionamentos alternativos.

Com isso, a companhia dá prosseguimento à estratégia iniciada há dois anos para consolidação do mercado no setor de motores convencionais, avanços no crescimento em serviços e realinhamento do portfólio verde.

“Com o novo segmento Soluções, a empresa passou a se posicionar com muito mais força como fornecedor de soluções”, ressaltou o CEO da Deutz, Sebastian C. Schulte.

“Ao mesmo tempo, vemos um potencial considerável para uma expansão rentável do negócio de motores clássicos de combustão, assim como em serviços”, completou.

No novo segmento Soluções, a empresa passa a combinar não só acionamentos alternativos, mas também negócios que vão para além da produção e manutenção de motores.

No segmento New Technology (anteriormente conhecido como “Green”), o portfólio é mais orientado para produtos eletrônicos e motores de combustão a hidrogênio.

Já o segmento de Energia, criado após a aquisição da Blue Star Power Systems, deve superar 500 milhões de euros em receitas até 2030.

A Deutz adquiriu a fabricante americana de grupos geradores recentemente, posicionando-se em um mercado em rápido crescimento.

Projeções – Globalmente, a Deutz prevê crescimento das receitas para cerca de 4 bilhões de euros até 2030.

Até 2028, as receitas globais devem alcançar algo entre 3,2 e 3,4 bilhões de euros, com margem de EBIT ajustada de 8% a 9%, projeta a empresa.

O segmento Soluções deve crescer a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 30% no período, diz a companhia.

Prevê-se que o negócio New Technology ultrapasse 300 milhões de euros – em ambos os domínios, de forma orgânica e inorgânica.

Pela projeção, a atividade com motores de combustão convencionais deve contribuir com cerca de metade das receitas em 2030, chegando a cerca de 2,2 bilhões de euros.

A atividade de Serviços pode contribuir com cerca de 25% das receitas, estima a empresa, aumentando a participação na margem de lucros.

“O resultado do nosso desempenho e, em particular, das nossas medidas de carteira nos últimos dois anos é que estamos ganhando dinheiro mesmo em tempos difíceis”, explica o diretor financeiro, Oliver Neu.

“No entanto, a situação atual mostra que são necessárias medidas estruturais adicionais para nos posicionarmos com sucesso para o futuro”, reconhece.