Embora ainda existam diferenças significativas em relação à presença da mulher em cargos e funções tradicionalmente dominados por homens, a representatividade delas nesses espaços tem aumentado ao longo dos anos.

O setor de máquinas e equipamentos pesados, uma área historicamente dominada por homens, vem acompanhando essa evolução, ainda que em um ritmo menos acelerado, conforme pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Estima-se que as mulheres representam cerca de 10% a 15% da força de trabalho nessa área.

Quando se trata de cargos de liderança, as mulheres ocupam 37% dessas posições no Brasil, segundo dados de 2022 da consultoria McKinsey & Company. Entre elas está Fernanda Prado (foto), Gerente Regional Brasil da Link-Belt. Com 10 anos de trajetória na empresa, Fernanda iniciou na área de vendas internas, passou por Supply Chain, até chegar à gerência.

Apesar de nunca ter trabalhado com equipamentos pesados antes de ingressar na Link-Belt, se encantou pelas escavadeiras, e, com muito estudo, conquistou um vasto conhecimento sobre as máquinas e o mercado.

Fernanda destaca que, mesmo em um setor predominantemente masculino, sempre foi respeitada. Acredita que sua postura e confiança foram essenciais para essa aceitação. Para ela, algumas características femininas, como a capacidade de ser multitarefas e a resiliência, contribuem para o sucesso.

“Somos competentes, dedicadas e esforçadas, e os resultados falam por si. Estamos onde devemos estar. E, cada vez mais, as mulheres ocuparão cargos altos, mas sem competição com os homens. Somos iguais e estamos aqui por nosso esforço e dedicação”, reflete Fernanda.

Outro exemplo de liderança feminina na Link-Belt é Maysa Ribas, Gerente Regional para América Latina, que tem 13 anos de experiência no setor de Comércio Exterior e quase dois anos na multinacional de escavadeiras. Maysa sempre se interessou pelo mercado de máquinas pesadas devido às suas múltiplas aplicações e necessidade em diversos setores. Quando soube da vaga na Link-Belt, se candidatou e, atualmente, é uma das mulheres em cargos de liderança na empresa.

“Acredito que o futuro será muito promissor, com ainda mais oportunidades do que as que temos hoje. As empresas estão, felizmente, percebendo a importância da diversidade e oferecendo mais oportunidades para nós, criando ambientes mais inclusivos e colaborativos. Tenho confiança de que, com o tempo, essa tendência só tende a crescer, proporcionando um mercado de trabalho mais justo e igualitário”, conclui Maysa.

Assim como a Link-Belt, globalmente, grandes empresas do setor de equipamentos pesados têm promovido iniciativas de inclusão e maior conscientização sobre a importância da diversidade, o que vem contribuindo para que as mulheres conquistem cada vez mais espaço nessa área.

O apoio a programas de treinamento, como também a mudança cultural nas companhias e a quebra de estereótipos, são passos essenciais para aumentar essa representatividade.

A expectativa, ao longo dos próximos anos, é que a presença feminina aumente ainda mais com mulheres bem-sucedidas em funções operacionais e em cargos estratégicos e de liderança.