Mineração
Assessoria de Imprensa
27/09/2017 08h28 | Atualizada em 04/10/2017 13h11
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem recursos para financiar empreendimentos minerais, desde que se mostrem competitivos, sustentáveis, contemplem inovações e prevejam comunicação ágil e transparente desses componentes à sociedade.
Sem esses aspectos, afirma Eliane Aleixo, diretora da área de acompanhamento do mercado de capitais e da área de investimento no mercado de capitais do banco, não poderão contar com recursos públicos.
Eliane participou de um talk-show realizado no primeiro dia da Exposibram 2017, considerado um dos maiores eventos de mineração da América Latina, realizado entre os dias 18 e 21 de setembro, em Be
...O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem recursos para financiar empreendimentos minerais, desde que se mostrem competitivos, sustentáveis, contemplem inovações e prevejam comunicação ágil e transparente desses componentes à sociedade.
Sem esses aspectos, afirma Eliane Aleixo, diretora da área de acompanhamento do mercado de capitais e da área de investimento no mercado de capitais do banco, não poderão contar com recursos públicos.
Eliane participou de um talk-show realizado no primeiro dia da Exposibram 2017, considerado um dos maiores eventos de mineração da América Latina, realizado entre os dias 18 e 21 de setembro, em Belo Horizonte, MG.
De acordo com a executiva, o BNDES ainda não prevê aceitar títulos de direito minerário como garantias reais nos financiamentos.
Ela informou que o banco pretende enfrentar “o desafio de transformar este instrumento” em algo viável para facilitar a liberação de financiamentos. “Não dá para primeiro financiar e só depois discutir como vai executar a garantia”, pondera.
Em resposta às condicionantes para obtenção de financiamentos junto ao BNDES, executivos de grandes mineradoras informaram que suas companhias já investem em inovação e em sustentabilidade. Eles dividiram o palco com Eliane, do BNDES durante o talk-show.
Otávio Carvalheira, CEO da Alcoa, explica que no seu projeto em Juriti, PA, conseguiu atingir redução de 25% de consumo de água, usando tecnologia, criatividade e a inovação desenvolvidas no país.
“Aquela operação trabalha com 83,5% de recuperação da água que é captada no local do projeto”, cita. “Este é um exemplo de inovação conectada com a sustentabilidade.”
Além disso, a mina em Juruti envolve todos os stakeholders (públicos de interesse) do empreendimento desde a concepção do projeto da mina.
Este envolvimento e proximidade com a comunidade possibilitou que em Juruti a mina, inicialmente projetada para produzir 2,6 milhões de toneladas de bauxita, pudesse fechar este ano com a produção de 6,5 milhões de toneladas. “Vamos agora ampliar para 7,5 milhões de toneladas. Isso em completa harmonia com a comunidade”, afirma o CEO da Alcoa.
Clovis Torres Junior, diretor executivo e consultor geral da Vale – e também presidente do Conselho Diretor do IBRAM, citou o exemplo do projeto S11D, no Pará.
“Ele tem 87 km de correias transportadoras para não se usar caminhões – isso reduz a poluição, a emissão de carbono, a utilização de diesel e permite reutilizar 85% da água, via processamento a seco de minérios”, afirma
Em termos de inovação, o executivo da Vale menciona o projeto-piloto de utilização de caminhões (com capacidade de 400 toneladas de carga) sem condutor humano nas minas; os veículos são controlados via satélite de uma central em Belo Horizonte (MG).
“O investimento das empresas mineradoras em inovação é muito grande; acompanho isso por meio do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), mas falta mais comunicação, ou seja, expor mais ao público o que fazemos”, afirma.
A Vale, ressalta, tem contrato de fornecimento de praticamente todo o níquel utilizado pela companhia Tesla, empresa com destaque para desenvolvimento de tecnologia para energia limpa. “A mineração faz parte desta cadeia produtiva da energia limpa”, comenta.
Segundo Tito Martins, CEO da Votorantim Metais, a companhia investe em projetos que evidenciem a sustentabilidade, como os que reduzem a utilização de recursos hídricos no processamento de minérios.
“No caso de barragens, por exemplo, desenvolvemos tecnologia para barragens a seco no Peru há décadas”, comenta Martins. Segundo ele, o mesmo recurso poderá ser utilizado no Brasil.
02 de junho 2020
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