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Banco do Nordeste dá salto em financiamento para infraestrutura na região

Quase metade do fundo constitucional de R$ 30 bi para o Nordeste é dedicada a setores como transporte, saneamento e energia elétrica

O Estado de S.Paulo

25/07/2018 09h24 | Atualizada em 25/07/2018 13h33

O orçamento do Banco do Nordeste com recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) cresceu 20% em 2018, para R$ 30 bilhões.

Quase metade desse montante está destinada a projetos de infraestrutura na região, como transportes, saneamento e energia elétrica.

Até 2016, o setor não tinha um orçamento dentro do banco e as contratações ficavam na casa de R$ 400 milhões por ano.

Entre 2012 e 2016, por uma política de governo, o BNB foi proibido de emprestar dinheiro do FNE – cujos recursos vêm da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados – para o setor de energia elétrica.

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O orçamento do Banco do Nordeste com recursos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) cresceu 20% em 2018, para R$ 30 bilhões.

Quase metade desse montante está destinada a projetos de infraestrutura na região, como transportes, saneamento e energia elétrica.

Até 2016, o setor não tinha um orçamento dentro do banco e as contratações ficavam na casa de R$ 400 milhões por ano.

Entre 2012 e 2016, por uma política de governo, o BNB foi proibido de emprestar dinheiro do FNE – cujos recursos vêm da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados – para o setor de energia elétrica.

Na época, a ordem era focar em negócios menores e deixar os projetos de energia com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), afirma Sérgio Clark, gerente de Negócios Corporativos e Estruturação de Operações do banco. Nesse período, o banco liberou apenas R$ 2,4 bilhões – 65% do montante liberado no ano passado, de R$ 3,6 bilhões.

Com o aval do governo para atuar em todas as áreas de infraestrutura e uma taxa imbatível no mercado, o BNB acelerou neste ano as contratações no setor.

De janeiro a junho, foram R$ 6 bilhões – número semelhante aos empréstimos do BNDES entre janeiro e março para infraestrutura.

"O mercado percebeu a vantagem competitiva das taxas) o que tem provocado uma grande demanda, em especial entre os projetos de energia", diz Clark. Ele afirma que, além das taxas menores, algumas condições também são mais atraentes.

Em um projeto de energia solar, por exemplo, o banco financia até 100% da parcela de conteúdo local; no BNDES, explica, o empréstimo é de até 80% desse montante.

Inicialmente a busca por financiamentos vinha dos projetos de geração eólica e solar, mas agora também tem atraído os investidores de linhas de transmissão.

Segundo especialistas em estruturação de financiamentos, no último leilão de linhas de transmissão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em São Paulo, quase todos os lotes localizados no Nordeste embutiam nos planos as taxas do BNB.

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