Representante oficial da JCB desde 2015, a Automec, fundada em Sorocaba, interior de São Paulo, acredita que, em 2023, por conta do anúncio do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) pelo governo federal, a infraestrutura brasileira será impulsionada tanto para obras paradas quanto para as em andamento.

Em entrevista concedida à Revista M&T, Aercio Colombo, gerente comercial de vendas na Automec, afirma que a expectativa da empresa para este ano é positiva, prevendo um crescimento na casa de 12% para comercialização de equipamentos.

Colombo é formado em administração e pós-graduado em tecnologia mecânica tem mais de 45 anos de experiência no segmento de Linha Amarela, com cargo de gerente de vendas na região sul e sudeste do Brasil por 30 anos, atuando em empresa como o Grupo Fiat (FiatAllis /New Holland).

Desde 1965 o executivo atua como gerente de vendas de grandes contas.

Qual é a estrutura atual da distribuidora para o mercado brasileiro?
A Automec tem matriz em Barueri – São Paulo, e filiais em Presidente Prudente, Bauru interior de São Paulo, com cerca de 68 funcionários.

Quais os resultados do ano em termos absolutos ou percentuais?
Estamos prevendo um crescimento na casa de 12% para comercialização de equipamentos em 2023.

Em relação aos produtos, quais têm sido os principais destaques?
O mercado brasileiro está ainda muito voltado para o segmento de retroescavadeiras e começando a verificar a importância dos manipuladores telescópicos.

Quais setores que mais demandam máquinas no momento?
Sem dúvida, atualmente, os setores que mais demandam por máquinas são as grandes locadoras de equipamentos.

Como a empresa trabalha em relação à prestação de serviços?
Estamos fazendo um trabalho muito forte na área do pós-venda, para uma dinâmica mais acessível no atendimento dos serviços e peças. Com relação ao pós-venda, atuamos em todas as áreas desde manutenção preventiva e corretiva, elétrica, hidráulica e instalação de opcionais. Fizemos investimentos na ordem de R$ 2.2 milhões com compra de frota de veículos para atendimento da área do pós-vendas, além de contratarmos com mais cinco mecânicos resultando em um total de 15 profissionais. Em números, contamos com um aumento de mais de R$ 800.000,00 em adequação do estoque de peças e R$ 270.000,00 em ferramental.

É possível dizer que a demanda de peças cresceu após a pandemia?
Sim, houve uma demanda maior das peças. Muitos clientes com a pandemia postergaram suas compras e reformas de equipamentos.

A oferta de consórcio tem impulsionado os negócios?
Com certeza. Temos dois Grupos de Consórcio, o Consórcio Automec para máquinas industriais, administrado pela Ápice Administradora de Consórcio e o Consórcio Nacional JCB que têm nos proporcionado uma movimentação grande nas vendas.

Qual é a diferença que faz contar com o apoio de serviços financeiros de fábrica?
O apoio do fabricante é muito importante no desempenho nos resultados dos revendedores. Grande número de vendas por meio do financiamento se dá através de Leasing.

O usuário brasileiro já explora a possibilidade de monitoramento digital das máquinas?
Grande parte dos clientes hoje utilizam deste recurso. No caso da JCB nossos equipamentos são ofertados de fábrica com o sistema de Livelink que proporciona aos clientes uma leitura e acompanhamento e desempenho dos equipamentos.

Qual é a expectativa comercial em relação às novas tecnologias, como hidrogênio e elétricos?
A matriz JCB no Reino Unido já comercializa grande parte dos equipamentos destinados à Europa e Estados Unidos nas versões elétrica, principalmente na linha leve. A JCB também está em desenvolvimento para nossos equipamentos com a alternativa de combustível a hidrogênio.