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09/05/2025 08h00
A produção de caminhões registrou mais uma queda em abril, com 11,7 mil unidades, recuo de 5,5% na comparação com igual mês do ano passado e de 6% com relação a março, de acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Segundo Alexandre Parker, vice-presidente da entidade, a retração é reflexo de um ajuste realizado pelas montadoras:
“A produção foi menor para ajustar os estoques das fábricas e da rede de concessionários, uma vez que a demanda está baixa. Esse movimento reforça o sinal de alerta para o segmento e nos preocupa,
...A produção de caminhões registrou mais uma queda em abril, com 11,7 mil unidades, recuo de 5,5% na comparação com igual mês do ano passado e de 6% com relação a março, de acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Segundo Alexandre Parker, vice-presidente da entidade, a retração é reflexo de um ajuste realizado pelas montadoras:
“A produção foi menor para ajustar os estoques das fábricas e da rede de concessionários, uma vez que a demanda está baixa. Esse movimento reforça o sinal de alerta para o segmento e nos preocupa, mas ainda não é motivo para muita preocupação: temos que acompanhar o mercado de perto e entender como está a procura”.
No acumulado do ano a produção ainda é positiva em 4,3% na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado, com 42,8 mil unidades. O crescimento foi sustentado pelo avanço das exportações: cresceram 79,3% de janeiro a abril, com 8,1 mil unidades. Em abril foram exportados 2,1 mil caminhões, volume 80,2% maior do que em idêntico mês do ano passado e 18,3% menor do que o resultado de março.
O mercado interno de caminhões somou 9,3 mil vendas em abril, volume 13,1% menor do que o de igual período do ano passado e 0,3% menor do que o vendido em março. O acumulado do ano, que era positivo até março, caiu para 0,4% até abril, com 37,1 mil caminhões.
Esses números comprovam a demanda menor citada por Parker e, mesmo com a previsão de uma safra recorde de grãos em 2025, os transportadores não estão investindo em novos caminhões porque a taxa de juros está muito alta e tem afastado os clientes:
“Caminhão é ferramenta de trabalho e quem compra precisa de financiamento, seja por meio do Finame, que representa o maior volume das vendas, ou pelo CDC. Compras à vista representam uma pequena parcela e nos caminhões leves, pois dos médios para cima as compras a prazo são o que movimentam o mercado”.
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