Agronegócio
O Estado de S. Paulo
18/07/2017 15h57 | Atualizada em 25/07/2017 13h57
O êxito do agronegócio é resultado de crédito, tecnologia e eficiência dos produtores, afirma Paulo Caffarelli, presidente do Banco do Brasil, na cerimônia de lançamento do Plano Safra 2017/2018 da instituição, que disporá de R$ 103 bilhões.
Os dados do setor são, efetivamente, animadores. As exportações do agronegócio alcançaram US$ 9,27 bilhões em junho, com aumento de 11,6% em relação ao resultado de um ano antes.
As importações, de sua parte, cresceram 6,1% nessa comparação, chegando a US$ 1,16 bilhão em junho. Daí resulta um superávit comercial de US$ 8,12 bilhões no mês, o segundo melhor resultado de junho na série calculada pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura (o ma
...O êxito do agronegócio é resultado de crédito, tecnologia e eficiência dos produtores, afirma Paulo Caffarelli, presidente do Banco do Brasil, na cerimônia de lançamento do Plano Safra 2017/2018 da instituição, que disporá de R$ 103 bilhões.
Os dados do setor são, efetivamente, animadores. As exportações do agronegócio alcançaram US$ 9,27 bilhões em junho, com aumento de 11,6% em relação ao resultado de um ano antes.
As importações, de sua parte, cresceram 6,1% nessa comparação, chegando a US$ 1,16 bilhão em junho. Daí resulta um superávit comercial de US$ 8,12 bilhões no mês, o segundo melhor resultado de junho na série calculada pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura (o maior saldo, de US$ 8,40 bilhões, foi alcançado em 2014).
O complexo soja (grão, farelo e óleo) liderou as vendas em junho, quando respondeu por 41,7% do total das exportações do agronegócio. Em seguida aparecem, pela ordem, o complexo sucroalcooleiro e o setor de carnes.
No primeiro semestre, o agronegócio registrou saldo comercial de US$ 40,8 bilhões e, em 12 meses até junho, de US$ 73,2 bilhões. É, de longe, o principal responsável pelos bons resultados que a balança comercial vem apresentando.
Segundo Blairo Maggi, Ministro da Agriculutra, além de sustentar os saldos da balança comercial, a produção agrícola vem assegurando o abastecimento interno e contribuindo para manter a inflação em níveis baixos, graças à supersafra.
Em sua mais recente estimativa, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) previu que a safra brasileira de grãos de 2016/2017 pode alcançar 237,22 milhões de toneladas, o que corresponderia a um aumento de 27,1% sobre o total de 186,6 milhões de toneladas da safra anterior. É o resultado, segundo a Conab, da combinação de condições climáticas favoráveis e do aumento da produtividade média em todas as culturas.
Com outra base de cálculo, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou a safra de grãos em 240,3 milhões de toneladas, com aumento de 30,1% sobre a produção de 2016.
No estudo da Conab, soja e milho destacaram-se no ganho de eficiência, graças ao alto nível de aplicação tecnológica. A produtividade da soja subiu de 2.870 kg/ha para 3.362 kg/ha e a do milho, de 4.178 kg/ha para 5.522 kg/ha.
Os recursos reservados pelo Banco do Brasil para a concessão de crédito ao setor de agronegócio no Plano Safra 2017/2018 serão 30% maiores do que os aplicados na safra anterior.
Do total de R$ 103 bilhões, R$ 91,5 bilhões serão aplicados em crédito rural para produtores e cooperativas, sendo R$ 72,1 bilhões para operações de custeio e comercialização e R$ 19,4 bilhões para investimento.
Os restantes R$ 11,5 bilhões serão destinados a empresas da cadeia do agronegócio. O banco responde por cerca de 60% do crédito concedido ao agronegócio do país.
Plano Safra 2017/2018
Em junho, o governo divulgou o novo Plano Safra da agricultura. O volume de recursos anunciado é menor que o do ano passado.
Para a próxima safra, serão liberados R$ 190 bilhões para financiar médios e grandes produtores. Em 2016, o governo anunciou a liberação de quase R$ 203 bilhões, mas com a contenção de gastos, entregou R$ 20 bilhões a menos.
Segundo o ministro da Agricultura, não há risco de novos cortes para este ano.
Agricultura impede retração de vagas
O bom desempenho da agricultura salvou o emprego formal no primeiro semestre. Entre demissões e contratações, foram gerados 67,3 mil postos de trabalho com carteira assinada no período, o melhor resultado desde 2014.
O campo gerou 117 mil vagas nos primeiros seis meses do ano, ajudando a compensar o mau desempenho de setores como comércio (123 mil vagas fechadas) e construção civil (33,1 mil vagas a menos).
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) também mostram que, em junho, foram criados 9.800 empregos no país, terceiro mês consecutivo no azul.
Dos oito setores acompanhados, somente dois geraram vagas: administração pública e agropecuária.
23 de junho 2020
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