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Revista M&T - Ed.1 - 1989
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ADMINISTRAÇÃO

Seminário ou como obter boa consultoria por custos irrisórios

A informática deixou de ser uma perspectiva e tornou-se uma realidade para muitas empresas. Algumas já estão num nível bastante sofisticado. Outras, já detém algum domínio do “know-how” da Informática. Há, também, um grande número de empresas começando a ‘experimentar’ esse tal de computador. E, finalmente, existem aquelas empresas que sabem que um dia vão ter que entrar nesta coisa eletrônica, só não entraram porque até agora não se viram obrigadas a isso.
Assim, o panorama brasileiro da difusão do conhecimento sobre o processo de informatização das empresas é bastante complexo. As exigências de informação e de conhecimento por parte das empresas é bastante heterogênea.
Podendo-se afirmar que há simultaneamentedemanda para a difusão de conhecimentos em todos os níveis, desde o conhecimento, aparentemente mais banal até o mais complexo e sofisticado. Só não podemos esquecer que aquilo que é banal para algumas empresas, é vital para outras.

"Há demanda para difusão de conhecimentos desde o mais banal até o sofisticado. Só que aquilo que é banal para algumas empresas, é vital para outras."

É curioso que existe uma demanda para o conhecimento e existe também uma boa oferta de conhecimento. Há uma infinidade de bons consultores de informática em nosso país. O problema é que a demanda e a oferta não estão se encontrando de modo produtivo. Se por um lado, as empresas querem o conhecimento e a experiência dos consultores, por outro, temem entrarem num barco sem a certeza do destino, da rota, dos custos da ‘viagem’ e, principalmente, sem saber se poderão desistir no meio do caminho. Por isso, muitas empresas vão indefinidamente adiando o início do processo. As incertezas são maiores que as certezas.
Os consultores por sua vez, não podem assumir projetos de curto prazo e tampouco atuar como bombeiros. Eles sabem que se a empresa deseja tudo muito


A informática deixou de ser uma perspectiva e tornou-se uma realidade para muitas empresas. Algumas já estão num nível bastante sofisticado. Outras, já detém algum domínio do “know-how” da Informática. Há, também, um grande número de empresas começando a ‘experimentar’ esse tal de computador. E, finalmente, existem aquelas empresas que sabem que um dia vão ter que entrar nesta coisa eletrônica, só não entraram porque até agora não se viram obrigadas a isso.
Assim, o panorama brasileiro da difusão do conhecimento sobre o processo de informatização das empresas é bastante complexo. As exigências de informação e de conhecimento por parte das empresas é bastante heterogênea.
Podendo-se afirmar que há simultaneamentedemanda para a difusão de conhecimentos em todos os níveis, desde o conhecimento, aparentemente mais banal até o mais complexo e sofisticado. Só não podemos esquecer que aquilo que é banal para algumas empresas, é vital para outras.

"Há demanda para difusão de conhecimentos desde o mais banal até o sofisticado. Só que aquilo que é banal para algumas empresas, é vital para outras."

É curioso que existe uma demanda para o conhecimento e existe também uma boa oferta de conhecimento. Há uma infinidade de bons consultores de informática em nosso país. O problema é que a demanda e a oferta não estão se encontrando de modo produtivo. Se por um lado, as empresas querem o conhecimento e a experiência dos consultores, por outro, temem entrarem num barco sem a certeza do destino, da rota, dos custos da ‘viagem’ e, principalmente, sem saber se poderão desistir no meio do caminho. Por isso, muitas empresas vão indefinidamente adiando o início do processo. As incertezas são maiores que as certezas.
Os consultores por sua vez, não podem assumir projetos de curto prazo e tampouco atuar como bombeiros. Eles sabem que se a empresa deseja tudo muito rápido, dificilmente o resultado será proveitoso. Assim, suas perspectivas são para projetos de médio e longo prazo, onde seus custos, às vezes baixos, são vistos como valores exorbitantes pelas empresas. Mas existe uma infinidade de formas que as empresas podem usar para obter “know-how" dos consultores.


"Muitas empresas vão indefinidamente adiando o início do processo. As incertezas são maiores que as certezas."


Entre elas há uma que, sem dúvida, é a mais barata e menos comprometedora. Indicada especialmente para a fase de namoro entre a empresa cliente e o consultor. Trata-se de Seminários Técnicos, onde sempre um consultor estará expondo o seu conhecimento, sua experiência e a si próprio diante de um grupo restrito de executivos.
Para as empresas que desejam contratar um consultor para um projeto especifico é, ainda, uma excelente oportunidade dc avaliar o contratado em perspectiva.
Sabe-se que os Seminários oferecem oportunidades aos executivos de ta/ei perguntas, eliminar duvidas, e checar o que desejam junto aos palestristas. E que também, propiciam contatos informais nos momentos de intervalo do café, almoço e jantar, onde há espaços para diálogos muito proveitosos, dependendo das habilidades dos executivos.
Estas formas de buscar o conhecimento e tentar tirar o máximo daquilo que um Seminário pode oferecer é utilizada por muitas empresas de modo mais ou menos informal. Ainda são poucas as empresas que aproveitam bem tais eventos.
Há quem diga que, para maior aproveitamento da empresa, ela deve pedir aoexecutivo ou profissional que tenha participado, que faça um relatório escrito para difundir entre os demais. Esta é uma forma muito ingênua de supor que vai haver difusão de conhecimento. Sabe-se que na maioria dos casos, o relatório não chega a ser concluído.

"Um consultor estará expondo o seu conhecimento, sua experiência e a si próprio diante de um grupo restrito de executivos."

Ou ainda, quando concluído e entregue, não chega a ser lido. Vai para um arquivo morto no setor de treinamento. Nestes casos, o aproveitamento por parte do executivo pode ser 100%, enquanto que o aproveitamento para a empresa será muito pequeno. ...
Uma variante deste tipo de relatorio é a reunião-relatório. O executivo que participou de um seminário é encarregado de repassar o que viu aos demais colegas da empresa, com o maior nível de exatidão possível, incluindo projeções de slides e transparências.
A empresa, geralmente, promove um debate sobre aquele assunto em relação às possibilidades de aplicação prática imediata ou futura, logo após a exposição. Não há dúvidas que a reunião-relatório é mais eficaz que o método anteriormente adotado. Ainda assim, não garante o aproveitamento por parte da empresa.
Existem anedotas clássicas sobre empresas que pagam para seus executivos aprenderem coisas e depois colocar em prática... para o concorrente. Não se pode ignorar que, se o executivo for contratado por um concorrente, aquilo que aprendeu vai com ele.
Por isso mesmo, a forma considerada nais produtiva é o mesmo tipo de reu- íião-relatório, ao que feita por - no mí
nimo - três executivos ou profissionais. Entre os americanos há uma crença de que não se trará conhecimentos para a empresa a menos que, no mínimo, três pessoas se concentrem em buscá-los. Três executivos garantiriam um maior aproveitamento do evento e mais eficácia na difusão posterior para a empresa.
As barreiras internas são menores neste caso, porque quanto mais gente sabe o ‘assunto’ menor é a resistência à sua aceitação.
E, dizem os americanos, o ideal são três executivos de áreas diferentes e de nível decisório.
O aproveitamento dos conteúdos de um evento no âmbito interno das empresas depende da participação lúcida dos executivos, do registro correto desses conteúdos e da difusão adequada deles na empresa.
Assim, as empresas terão maior garantia de haver mudanças significativas relacionadas com a participação de seus executivos em seminários.
No nível prático, recomenda-se que a empresa participe de tudo aquilo que ocorrer no evento, em todas as palestras, todas projeções, todos os debates e obtenha todas as apostilas e textos. Enquanto um registra aquilo que é dito, os demais acompanham atentos e fazem perguntas. A cada palestra troca-se a função para que todos possam registrar e questionar os expositores dos temas. Se houver palestras paralelas simultâneas, divide-se o grupo e cada executivo vai a uma palestra. Depois, encontram-se nos painéis finais.
As dicas dos americanos vão ao requinte de recomendar que a alimentação seja leve e se evite bebidas alcoólicas. Que cada executivo leve seu próprio material de anotações e registro (blocos, canetas e microgravador).
Você pode achar que há um exagero nisso, mas o aproveitamento dos conteúdos de um evento no âmbito interno das empresas depende da participação lúcida dos executivos, do registro correto desses conteúdos e da difusão adequada deles na empresa. Só assim haverá incorporação de conhecimento. Só assim os seminários serão bem aproveitados.

"O importante, portanto, e que os participantes saibam tirar para si e para suas empresas o conhecimento que seja relevante para suas necessidades."

Finalizando, os Seminários podem não ser exatamente uma consultoria. Mas a oferta deles é tão variada, tão diversificada que podem ser aproveitados como se fossem. Há hoje, no mercado brasileiro, seminários para empresas que buscam o ABC da informática e há, também, seminários muito específicos sobre temas de interesse de empresas que já dominam tecnologias bastante avançadas. O importante, portanto, é que os participantes saibam tirar para si e para suas empresas o conhecimento que seja relevante para as suas necessidades específicas. Assim, os seminários estarão cumprindo uma tarefa consultiva. Estarão, de fato, sendo difusores de “know- how” para as empresas.

Transcrito da INFOTOCS da DATAPRO

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