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Revista M&T - Ed.239 - Novembro 2019
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Implementos Rodoviários

Reflexos da economia

Disparidade de desempenho no mercado de implementos rodoviários reflete o cenário econômico atual do país, com agronegócio pujante e setor de varejo ainda sem reação
Por Melina Fogaça

Determinante, o desempenho da economia constitui-se no principal termômetro para os diferentes segmentos industriais do mercado. Nesse sentido, o segmento de implementos rodoviários é lapidar. Entre janeiro e agosto, esse mercado registrou vendas de 35.938 produtos Leves (carrocerias sobre chassis), ante 42.527 unidades comercializadas no segmento Pesado (reboques e semirreboques), segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).

Em uma leitura econométrica básica, essa diferença de 6.500 unidades indica que o setor de varejo – o principal consumidor de carrocerias – ainda não deu sinais mais consistentes de retomada, influenciando diretamente os negócios no segmento. “A venda de implementos rodoviários, sejam Pesados ou Leves, está diretamente ligada aos negócios em outras áreas”, pontua Norberto Fabris, presidente da Anfir. “Isso significa que ninguém adquire um produto se não for para utilizá-lo. Portanto, a única forma de estimular as vendas nesse setor é fazer com que a economia reaja como um todo.”

Até aqui, o desempenho do segmento de Pesados – atendido principalmente pelas linhas de produtos graneleiros e basculantes – segue diretamente ligado ao PIB do agronegócio, oriundo principalmente da safra de grãos. Segundo dados do 12º levantamento da safra brasileira de grãos 2018/19, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra atual apresentou colheita recorde de 242,1 milhões de toneladas, em uma área de cultivo igualmente recorde de 63,2 milhões de hectares, com produtividade média de 3,83 t/ha.

Como reflexo desse movimento, entre janeiro e agosto deste ano foram emplacadas 11.359 unidades de graneleiros (carga seca), o que representa um aumento de 57,2% em relação ao mesmo per&iacu


Determinante, o desempenho da economia constitui-se no principal termômetro para os diferentes segmentos industriais do mercado. Nesse sentido, o segmento de implementos rodoviários é lapidar. Entre janeiro e agosto, esse mercado registrou vendas de 35.938 produtos Leves (carrocerias sobre chassis), ante 42.527 unidades comercializadas no segmento Pesado (reboques e semirreboques), segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).

Em uma leitura econométrica básica, essa diferença de 6.500 unidades indica que o setor de varejo – o principal consumidor de carrocerias – ainda não deu sinais mais consistentes de retomada, influenciando diretamente os negócios no segmento. “A venda de implementos rodoviários, sejam Pesados ou Leves, está diretamente ligada aos negócios em outras áreas”, pontua Norberto Fabris, presidente da Anfir. “Isso significa que ninguém adquire um produto se não for para utilizá-lo. Portanto, a única forma de estimular as vendas nesse setor é fazer com que a economia reaja como um todo.”

Ritmo da economia é determinante para o equilíbrio na demanda de implementos

Até aqui, o desempenho do segmento de Pesados – atendido principalmente pelas linhas de produtos graneleiros e basculantes – segue diretamente ligado ao PIB do agronegócio, oriundo principalmente da safra de grãos. Segundo dados do 12º levantamento da safra brasileira de grãos 2018/19, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra atual apresentou colheita recorde de 242,1 milhões de toneladas, em uma área de cultivo igualmente recorde de 63,2 milhões de hectares, com produtividade média de 3,83 t/ha.

Como reflexo desse movimento, entre janeiro e agosto deste ano foram emplacadas 11.359 unidades de graneleiros (carga seca), o que representa um aumento de 57,2% em relação ao mesmo período do ano passado (7.222 unidades), enquanto no segmento de basculantes foram emplacados 8.479 unidades, em um avanço expressivo de 80,56%, de acordo com a Anfir. “Em reboques e semirreboques, foram registrados emplacamentos de 42.527 unidades, ou 51,16% a mais do que no mesmo período de 2018 (28.133)”, afirma a Associação.

Já o segmento de Leves está atrelado diretamente ao consumo das famílias, que segue sem reagir. “Isso mostra que a diferença em números absolutos dos diferentes mercados relaciona-se aos setores que eles atendem”, reforça Fábio Tronca, gerente de marketing da Librelato, ressaltando que os investimentos em logística e construção ainda não apontaram indícios de crescimento. “Mas acreditamos que os investimentos que estão por vir irão fomentar toda a cadeia, desde a infraestrutura viária até o saneamento”, completa.

DISPARIDADE

Após cinco meses seguidos de quedas, o índice que mede a Intenção do Consumo das Famílias (ICF) registrou alta de 1,8% em agosto, mas permanece em 91,4 pontos, ainda abaixo do patamar de 100 pontos, o que indica um cenário insatisfatório.

Gazzi: produtos para o agronegócio seguem como os mais demandados no segmento

Segundo Tronca, somente uma eventual alta no PIB pode gerar crescimento na renda da população, incentivando assim o aumento de demanda de bens de consumo como eletrodomésticos, eletrônicos, imóveis, vestuário etc. “São esses segmentos da economia que afetam diretamente as vendas de produtos da linha Leve como furgões, por exemplo”, afirma.

Para Alexandre Gazzi, COO da divisão de montadoras da Randon, essa correlação econômica entre Leves e Pesados tem sido uma exceção na história desses dois segmentos, mas na atual conjuntura não é uma surpresa, pois reflete ‘exatamente’ o que vem ocorrendo na economia brasileira. “O avanço das vendas do segmento Leve depende basicamente de um crescimento mais consistente do PIB, que ocasionará a redução do desemprego e, consequentemente, o retorno às compras pelas famílias e governos”, reitera.

Outro ingrediente necessário, diz, é contar com um cenário de confiança, que – segundo ele – pode se viabilizar com as reformas macroeconômicas (previdenciária e tributária), permitindo ao mercado aproveitar a disponibilidade de financiamento e queda das taxas de juros. Malgrado essas disparidades, Gazzi observa que o mercado brasileiro de semirreboques já vem registrando resultados melhores que 2018. No ano passado, foram emplacados 46 mil equipamentos e, para este ano, houve uma revisão de expectativa, para 60 mil unidades. “Temos expectativas positivas em relação às exportações, por exemplo, especialmente para a América do Sul”, afirma.

O gerente da Librelato também enxerga um ambiente mais positivo em relação ao ano passado – de acordo com a Anfir, o setor atingirá a meta prevista de recuperação de 20% em 2019. Contudo, o executivo aponta a necessidade de se ganhar velocidade na geração de negócios, erigindo um ambiente econômico mais sólido, com taxas de juros e inflação controladas e reformas implementadas. “O Brasil é um país de dimensões continentais e que tem um potencial enorme de atividades econômicas no segmento de caminhões”, finaliza Tronca.

Modelos ligados ao agronegócio dominam a demanda

No segmento Pesado, os produtos mais vendidos no mercado brasileiro neste ano incluem modelos como graneleiro, basculante, dolly, tanque carbono e baú para carga geral. Já no segmento Leve, os destaques são baú alumínio, graneleiro, basculante, tanque e betoneira. Os dados são da Anfir.

Como aponta Alexandre Gazzi, COO da divisão de montadoras da Randon, os produtos que integram a cadeia do agronegócio seguem como os mais demandados, com os equipamentos ligados à indústria e ao varejo na sequência. “Embora o mercado brasileiro seja bastante diversificado, os equipamentos são customizados para cada aplicação, seja pelo uso em si ou pelas possibilidades de combinações que a legislação permite”, posiciona. “Com isso, mais da metade da demanda de implementos rodoviários seguramente recai sobre três famílias de produtos: graneleiros, basculantes e tanques.”

Librelato faz 50 anos e renova posicionamento

Celebrando 50 anos de atuação, a Librelato exibiu na Fenatran 2019 modelos de implementos ainda mais leves e resistentes do que os existentes em seu portfólio, além de soluções em conectividade e segurança. Segundo a empresa, os novos produtos partem de um novo posicionamento da marca, com utilização de matérias-primas que prometem uma transformação para o setor, que ganha implementos com as mesmas dimensões, porém com capacidades muito maiores.

Além de soluções em conectividade, as inovações também estarão nos eixos e suspensões dos produtos. De acordo com José Carlos Sprícigo, CEO da Librelato, as inovações não só atendem a uma série de necessidades dos clientes, mas também entregam resultados que não são esperados pelo setor. “Estudamos o mercado e investimos em novos desenvolvimentos para melhorar a realidade do transporte no Brasil e na América Latína”, diz o executivo.

Saiba mais:
Anfir: www.anfir.org.br
Librelato: www.librelato.com.br
Randon: www.randon.com.br

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