Revista M&T - Ed.180 - Junho 2014
Voltar
Agribusiness

Novidades tecnológicas agregam valor ao setor

Agrishow exibe os recentes lançamentos para um dos setores mais robustos da economia nacional, incluindo equipamentos de construção adaptados

Tendo em vista o acentuado componente tecnológico disponibilizado, algumas novidades em produtos ganharam um merecido destaque sob os holofotes da Agrishow 2014, sobressaindo com brilho dentre os inúmeros equipamentos expostos pelas fabricantes.

É o caso de uma novíssima geração de colheitadeiras, que foram apresentadas em primeira mão aos profissionais do setor agrícola. A Massey Ferguson, por exemplo, lançou durante o evento o modelo axial MF 9895, uma máquina que, de acordo com o gerente de marketing de produto da empresa, Roberto Ruppenthal, possui a maior taxa de descarga de grãos do mercado. “Com capacidade de 150 litros por segundo, o equipamento permite ainda a passagem do fluxo de ar sem restrições, circulando através de cada radiador”, diz ele.

Na mesma linha, a John Deere investiu na nova Série S de colheitadeiras, que reúne os modelos S540, S550, S660, S670 e S680, todos equipados com a tecnologia mapping, um recurso de mapeamento com projeção em 3D. “Nós já utilizávamos esta tecnologia em tratores, mas é a primeira vez que usamos em colhei


Tendo em vista o acentuado componente tecnológico disponibilizado, algumas novidades em produtos ganharam um merecido destaque sob os holofotes da Agrishow 2014, sobressaindo com brilho dentre os inúmeros equipamentos expostos pelas fabricantes.

É o caso de uma novíssima geração de colheitadeiras, que foram apresentadas em primeira mão aos profissionais do setor agrícola. A Massey Ferguson, por exemplo, lançou durante o evento o modelo axial MF 9895, uma máquina que, de acordo com o gerente de marketing de produto da empresa, Roberto Ruppenthal, possui a maior taxa de descarga de grãos do mercado. “Com capacidade de 150 litros por segundo, o equipamento permite ainda a passagem do fluxo de ar sem restrições, circulando através de cada radiador”, diz ele.

Na mesma linha, a John Deere investiu na nova Série S de colheitadeiras, que reúne os modelos S540, S550, S660, S670 e S680, todos equipados com a tecnologia mapping, um recurso de mapeamento com projeção em 3D. “Nós já utilizávamos esta tecnologia em tratores, mas é a primeira vez que usamos em colheitadeiras”, afirma Romário Saraiva, gerente de marketing tático da fabricante para a América Latina.

Segundo ele, a nova Série S possui os componentes e sistemas projetados para ampliar o desempenho operacional e a capacidade de colheita, reduzindo simultaneamente o consumo de combustível em até 17%. “Todos os fabricantes contam com produtos agrícolas, mas para uma empresa se tornar competitiva é preciso apresentar algo a mais para o seu cliente”, interpõe Saraiva.

Também investindo na evolução dos produtos, a Case IH apresenta ao mercado a nova  série 230 das já tradicionais colheitadeiras Axial-Flow, projetadas para colher mais de 80 diferentes tipos de grãos. “O destaque da serie é a 9230 classe 9, fabricada no Brasil e equipada com um novo motor Case FPT (Fiat Powertrain Technologies) de 13 litros e potência máxima de 570 cv”, ressalta Felipe Dantas, especialista em colheitadeiras de grãos da empresa para a América Latina.

A JCB promoveu o lançamento da retroescavadeira 3C Agrimaster, projetada exclusivamente para o segmento agrícola e que apresenta uma ampla gama de acessórios, como caçambas, pallets, garfos e lanças para carregamento de big bags. O modelo, conforme afirma Neil Hamilton, diretor comercial da JCB, conta com uma lança que pode alcançar mais de três metros de altura, o que amplia a capacidade de deslocamento e empilhamento de materiais. “Além da aplicação com os acessórios, a caçamba traseira pode ser utilizada para manutenção na fazenda, em atividades como abertura de adutoras e limpeza de vias de acesso, facilitando a circulação da produção”, descreve o diretor.

TRATORES

No setor do agronegócio, os tratores também são essenciais. Para atender a esse mercado vigoroso, a New Holland Agriculture trouxe ao mercado a renovação de duas linhas consagradas, os modelos T6 e T7. De acordo com Alessandro Maritano, vice-presidente para a América Latina, a linha T6 foi projetada para atender a pequenos e médios produtores.

Os tratores com 110, 120 e 130 cv apresentam três opções de transmissão: 8x8, com reversor mecânico, e 8x8 e 16x8, ambas com reversor hidráulico. “Nesta faixa de potência, a linha T6 é a que mais cresce no país, representando mais de 20% do mercado brasileiro”, diz Maritano. “Viemos assim suprir a necessidade do mercado.”

Na linha T7, a marca da CNH Industrial trouxe três novos modelos em versão mecânica e outros três na versão SemiPowerShift.

IMPLEMENTOS

Dentre os produtos expostos pela Randon Implementos destacam-se um rodotrem canavieiro e um semirreboque carrega-tudo. Desenvolvido para o transporte de cana de açúcar picada, o canavieiro extra-leve possui dimensão de 9,82 m em cada semirreboque, sendo utilizado na formação de rodotrem em operações de colheita mecanizada, com tara total de 17.000 kgf.

Já o semirreboque carrega-tudo rebaixado possui três eixos e tem capacidade de até 45 ton (com caminhão 6x2). O produto é indicado para o transporte de máquinas agrícolas e de grandes máquinas para as indústrias metal-mecânica e de mineração, especialmente com cargas indivisíveis.

No mesmo segmento, a Rossetti Implementos Rodoviários apresentou o rodotrem graneleiro, com a capacidade de carga de até 74 toneladas de peso bruto e indicado para transportes de longas distâncias.

ADAPTAÇÕES

A Agrishow também exibiu uma seleta lista de equipamentos de construção voltados para o agronegócio. Além dos equipamentos específicos para a área agrícola, empresas como Liebherr, John Deere, Case e New Holland Construction oferecem produtos que podem ser utilizados em ambos os setores.

Segundo Marcos Rocha, gerente de marketing de produto da New Holland Construction, nos últimos cinco anos tem ocorrido um aumento sensível na utilização de equipamentos da Linha Amarela no campo, canalizando algumas das estratégias da empresa para o agronegócio.

Nesse sentido, a empresa apresentou ao mercado a pá carregadeira 12 D, uma versão utilizada especialmente para a movimentação do bagaço de cana. Para facilitar os trabalhos de carregamento, a máquina apresenta dispositivos automáticos de parada de elevação do braço e nivelamento da caçamba, além de contar com uma cabine mais confortável, equipada com ar condicionado e maior visibilidade durante a operação. “Essa máquina é muito utilizada na construção, mas geralmente o grande empreiteiro também atua no agronegócio ou vice-versa”, afirma Rocha.

A Case CE também conta com equipamentos pesados voltados para a agricultura, como a pá carregadeira 721E na versão canavieira e a pá carregadeira W20E. Segundo o diretor comercial Roque Reis, a participação do segmento agrícola nas vendas da Case vem crescendo ano a ano. “Em 2013, 7% das vendas foram destinadas ao segmento, em um aumento de 35% ante o ano anterior”, diz ele. “Para 2014, espera-se que o segmento passe a representar 8%.”

Já a Liebherr participou pela primeira vez da Agrishow, trazendo para a feira a pá carregadeira L538 com uma configuração específica para a aplicação na área agrícola. “Essa máquina conta com alguns acessórios como caçamba de tamanho maior e itens voltados para aplicação agrícola, especialmente na área de bagaço de cana”, explica Ricardo Zurita, gerente comercial da área de movimentação de terra.

Ainda na oferta de equipamentos adaptados que servem aos dois setores, os destaques da John Deere incluíram a pá carregadeira 624 K e a retroescavadeira 310 K, que apresenta sistema hidráulico suave com respostas precisas e verificação diária acessível desde o solo. “As obras de infraestrutura requerem uma máquina de maior porte”, diz Thiago Cibim, gerente de suporte ao cliente da John Deere Construção. “Já para a área agrícola, a necessidade é de um equipamento mais versátil.”

Compactos ganham destaque na feira

Com a mecanização da atividade agropecuária, as máquinas compactas – antes utilizadas majoritariamente no setor da construção – também passam a fazer parte do dia a dia das propriedades rurais. Durante a Agrishow, a Maxter apresentou equipamentos que podem ser utilizados em atividades como movimentação de materiais, construção de silos, tratamento do rebanho, manutenção de curva de nível, vírgulas para escoamento de água, construção e manutenção das vias de acesso à lavoura e apoio para a frota agrícola, dentre outras.

Nesse rol, os modelos apresentados pela Wacker Neuson (marca representada e distribuída no Brasil pela Maxter) incluíram as pás carregadeiras compactas 550 e 850, além dos manipuladores telescópicos compactos 1245 e 2506, em lançamento nacional no evento.

Segundo Célio Neto Ribeiro, diretor da Maxter, os equipamentos são indicados para trabalhar não só no manuseio de calcário, adubo, gesso, sementes e feno, mas também em usinas de cana de açúcar e fazendas de grãos, atuando ainda na manutenção das propriedades em período entressafra.

“A utilização de equipamentos compactos é um nicho que tem o maior potencial de crescimento no país”, afirma Ribeiro. “E a tendência é desenvolver-se ainda mais rápido.”

Já a Manitou exibiu carregadeiras compactas articuladas, que garantem maior flexibilidade ao produtor, uma vez que manobram livremente em locais apertados, causando poucos danos ao terreno, mesmo nas superfícies mais sensíveis. “As carregadeiras, especialmente o modelo 506 da Mustang, têm um giro pequeno para articulação”, diz Pierre Warin, gerente de vendas da empresa. “Além disso, permitem a troca de acessório com engate rápido e são muito versáteis, contando com capacidade nominal de até 1.200 kg de capacidade.”

 

 

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E