P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR
Revista M&T - Ed.225 - Julho 2018
Voltar
Miniequipamentos

Leveza versátil

Oferecendo vantagens operacionais, mercado de minis ensaia uma maior penetração no país, inclusive com a oferta de soluções que vão além dos modelos mais tradicionais
Por Augusto Diniz

Embora ainda não sejam tão demandados como ocorre nos EUA e na Europa, os miniequipamentos aos poucos vêm ganhando espaço no país. Até há pouco tempo empregadas principalmente no agronegócio, soluções como minicarregadeiras e miniescavadeiras estão sendo cada vez mais requeridas em setores como construção, mineração, indústria e locação. Dentre as razões desse avanço consistente estão fatores como eficiência, versatilidade, agilidade e facilidade de operação no Brasil. O que ainda trava o mercado para essas máquinas é mesmo a crise econômica e a alta do dólar, pois todos os modelos são importados.

Em certa medida, tal conclusão é óbvia, pois o que não falta é oferta de máquinas, que trazem vantagens inquestionáveis. O caso das minicarregadeiras e miniescavadeiras, ainda as mais vendidas no Brasil, é exemplar quanto a isso. “As primeiras estão no mercado como um produto amplamente utilizado em diversas aplicações, com valor percebido consolidado”, explica Rafael Ricciardi, especialista de produto da New Holland Construction. “E a procura por máquinas com essas


Embora ainda não sejam tão demandados como ocorre nos EUA e na Europa, os miniequipamentos aos poucos vêm ganhando espaço no país. Até há pouco tempo empregadas principalmente no agronegócio, soluções como minicarregadeiras e miniescavadeiras estão sendo cada vez mais requeridas em setores como construção, mineração, indústria e locação. Dentre as razões desse avanço consistente estão fatores como eficiência, versatilidade, agilidade e facilidade de operação no Brasil. O que ainda trava o mercado para essas máquinas é mesmo a crise econômica e a alta do dólar, pois todos os modelos são importados.

Em certa medida, tal conclusão é óbvia, pois o que não falta é oferta de máquinas, que trazem vantagens inquestionáveis. O caso das minicarregadeiras e miniescavadeiras, ainda as mais vendidas no Brasil, é exemplar quanto a isso. “As primeiras estão no mercado como um produto amplamente utilizado em diversas aplicações, com valor percebido consolidado”, explica Rafael Ricciardi, especialista de produto da New Holland Construction. “E a procura por máquinas com essas características está diretamente ligada a essa capacidade de adequação, seja pelas menores dimensões das obras, limitação de espaço físico ou características da engenharia mecânica.”

Consolidadas, as miniescavadeiras seguem como as mais vendidas da categoria no Brasil

Contando agora com um portfólio de miniescavadeiras de 1 a 4 t, a empresa consolidou sua linha de produtos para escavação, com soluções de 1 a 50 t prontas para atender a absolutamente todas as necessidades do mercado. “Composta por cinco modelos, a nova família dessas máquinas tem braço longo, o que proporciona maior alcance e profundidade de escavação, comparado à concorrência, além da terceira função para implementos hidráulicos”, diz Ricciardi.

Segundo ele, as miniescavadeiras da marca utilizam tecnologia hidrostática de última geração, sendo que a transmissão mecânica – tradicionalmente empregada em outros equipamentos – foi substituída por bombas e motores hidráulicos, prometendo ganhos de produtividade e custos operacionais menores, além de maior confiabilidade.

Segundo o especialista, os motores de 16,8 hp a 24,4 hp são dimensionados para entregar eficiência e economia de combustível, além de já contarem com a certificação Mar-I/Tier 3. “Outra vantagem é a função auxiliar hidráulica standard, que permite a utilização de vários implementos – sendo os mais comuns o martelete, a tesoura hidráulica e a garra giratória”, acrescenta Ricciardi.

Por serem compactos, equipamentos oferecem baixo custo operacional e fácil manutenção

AVALIAÇÃO

Assim como ocorre com todo tipo de máquina, o uso das minis pode ser mais ou menos vantajoso, a depender de alguns detalhes. “É preciso analisar caso a caso, considerando vários fatores”, diz Gabriel Freitas, especialista de produto da Case CE. “Isso inclui, por exemplo, espaço para manobra, limitações de carga, de ruído ou emissão de poluentes e produtividade necessária.”

Além disso, é preciso levar em conta fatores operacionais, tais como altura de descarga, profundidade de escavação, massa da carga a ser movimentada ou posicionada, largura e altura de acesso à área de trabalho, irregularidade do piso e muitos outros.

De modo geral, Freitas diz que seu uso é vantajoso quando “as máquinas são utilizadas como apoio, os deslocamentos são pequenos, o terreno é regular, a área de manobra é restrita e, ainda, há necessidade de trabalho com diferentes acessórios”. Em contrapartida, sua utilização é normalmente desvantajosa nos casos que “há necessidade de alto volume de movimentação de material, grandes deslocamentos e terrenos irregulares”.

Como contraponto, Davi Luduvico, engenheiro de aplicação da JCB no país, acrescenta que o emprego de compactos é vantajoso na maioria das situações, pois esses equipamentos são capazes de substituir ou reduzir o uso de mão de obra para serviços que exigem grande esforço, repetições de tarefas e situações de risco. “Além disso, essas máquinas são muito utilizadas em situações nas quais o espaço é reduzido, um cenário comum no meio industrial, construção e, até mesmo, em obras já finalizadas”, complementa.

Por sua vez, Marco Carmacio, gerente nacional da Ausa, lembra que as minis executam tarefas em locais que um equipamento convencional não pode realizar, proporcionando ganho de tempo na execução do serviço. “Além disso, aperfeiçoam os processos, ou seja, dão agilidade e segurança na execução dos trabalhos”, explica. “Outra vantagem é que, por serem pequenos, têm um baixo custo operacional, em especial em relação a combustíveis, além das manutenções fáceis e rápidas para executar.”

Outras vantagens são acrescentadas à lista por Ricciardi, da New Holland. De acordo com ele, máquinas de até 10 t, como as minicarregadeiras, são facilmente deslocadas em centros urbanos, com o uso de caminhões de pequeno porte, que podem inclusive circular em horários restritos ao transporte em veículos maiores. “Além disso, os compactos apresentam um custo menor de aquisição e locação, atendendo à atual necessidade de redução de investimentos das construtoras, que buscam equipamentos com custo-benefício compatível com orçamentos mais enxutos para o término das obras”, diz ele.

INDICAÇÕES

Devido ao seu tamanho e algumas características próprias, as minis são indicadas para algumas aplicações específicas, nas quais não é possível usar máquinas pesadas ou isso é desvantajoso. Os equipamentos leves atuam com sucesso, por exemplo, em trabalhos no interior de galpões, em subsolo de edifícios, paisagismo, comércio de material de construção, avicultura, recuperação de asfalto e obras em hipercentros, dentre outros.

No caso das miniescavadeiras, Ricciardi considera que são indispensáveis para atuar onde a mão de obra é difícil, onerosa e o tempo de execução da obra é uma variável importante. “Hoje, nosso mercado está cada vez mais maduro”, garante. “Na hora da aquisição de um equipamento, o cliente não olha mais somente o preço, mas sempre busca um bom negócio em todos os sentidos. Cada vez mais, pesam todos os custos que envolvem a vida útil de uma máquina, além da qualidade do produto em si e da tradição da marca no mercado.”

De acordo com Luduvico, da JCB, os compactos são indicados para trabalhos onde a disponibilidade de espaço e as possibilidades de manobra são restritas. “Graças às versatilidade dessas máquinas, elas geralmente são usadas em atividades de carregamento, escavações, limpeza, manipulação de cargas, finalização de obras e atividades de suporte, sempre reduzindo os custos operacionais e otimizando o uso da mão de obra e tempo de serviço”, elenca.

DIMENSÃO

Apesar da diferença de tamanho, não há diferenças significativas na operação de uma mini e de uma máquina de maior porte. Comparadas às escavadeiras, as minis herdam a mesma tecnologia, apenas redimensionada. De modo que os operadores de escavadeiras maiores não precisam de qualquer adaptação para operar as minis.

No caso dos equipamentos da JCB, por exemplo, a operação dos leves é semelhante à das máquinas maiores. Ou seja, os comandos e as técnicas de operação são parecidos. “Nas minicarregadeiras temos algumas diferenças no modo de operação”, informa Luduvico, destacando que também há variações sutis conforme cada fabricante. “Mas na maioria dos fabricantes, a operação das funções hidráulicas é similar e compartilhada com pás carregadeiras de maior porte.”

Todavia, para Freitas, da Case CE, algumas características são próprias da minicarregadeira, o que torna sua operação um pouco diferente se comparada aos equipamentos pesados. “Esse equipamento é um caso à parte, pois apresenta diferenças tanto construtivas quanto de operação”, ele explica. “Diferentemente das pás carregadeiras, que têm chassi articulado e rodas direcionais no eixo dianteiro, a minicarregadeira tem chassi rígido, de modo que as mudanças de direção são feitas por meio de diferenças de velocidade entre as rodas do lado esquerdo e direito.”

Isso é possível, segundo ele, porque essa máquina tem acionamento hidrostático nas rodas, com motores hidráulicos independentes para acionamento em cada lado. “Com isso, a minicarregadeira pode até mesmo girar sobre o próprio eixo, acionando as rodas de um lado para frente e as do outro lado, para trás, em uma característica que lhe confere grande manobrabilidade”, explica.

VERIFICAÇÃO

No que tange à manutenção, as semelhanças também são maiores que as diferenças. “A manutenção dos equipamentos leves não é muito distinta dos demais”, garante Freitas. “Mas as dimensões reduzidas favorecem o acesso a todos os pontos de manutenção e verificação diária no nível do solo.”

No caso das minicarregadeiras, devido ao arrasto dos pneus durante as mudanças de direção (que é inerente ao seu projeto construtivo), elas demandam maior atenção à pressão dos pneus e torque nas porcas de fixação das rodas. Para Carmacio, da Ausa, a manutenção é a chave para qualquer equipamento, e isso não é diferente com as minis. “É necessária uma verificação diária nos itens mais comuns, que, se descuidadas, poderão gerar paradas inesperadas”, alerta.

De acordo com ele, a máquina deve passar por um check-list mais detalhado a cada intervalo de 250 horas, incluindo a troca dos filtros e lubrificantes para garantir o bom funcionamento dos componentes. “O recomendado é sempre utilizar as peças originais e de procedência reconhecida, com mão de obra qualificada para executar os serviços”, finaliza o especialista.

Mercado de minis já conta com soluções especiais como a teleskid, uma minicarregadeira com braço telescópico

MESMO IMPACTADO, MERCADO AUMENTA OFERTA DE SOLUÇÕES

Apesar do significativo leque de vantagens oferecido, a crise econômica e a alta do dólar têm causado estragos no mercado nacional de miniequipamentos. Ofertados basicamente via importação, esses produtos são impactados diretamente pela variação cambial, cuja tendência atual é desfavorável. “Houve redução nos últimos anos, assim como em toda a Linha Amarela, devido à retração da economia e da construção, principalmente”, explica Gabriel Freitas, especialista de produto da Case CE.

Isso, contudo, não impede que as fabricantes trabalhem o mercado para suas soluções. Além de minicarregadeiras e miniescavadeiras, algumas empresas já oferecem outros tipos de equipamentos na linha. É o caso da Ausa, que produz dumpers com capacidades entre 1.000 kg e 10.000 kg. “São veículos que podem transportar, de uma só vez, de 1 m3 a 6 m3”, descreve Marco Carmacio, gerente nacional da empresa. Além desses veículos, a companhia também produz minimanipuladores para o manuseio de cargas e materiais. De acordo com Carmacio, as soluções podem executar tarefas normalmente feitas por minicarregadeiras e empilhadeiras. “Para isso, acopla-se uma caçamba ou um garfo, que permite levantar materiais a até 5 m de altura”, diz.

A JCB também aposta em modelos distintos das minis tradicionais. “Em nosso portfólio, temos minicarregadeiras de esteiras, minirolos e a única miniretroescavadeira disponível no mercado brasileiro”, conta Davi Luduvico, engenheiro de aplicação da empresa. “Além disso, nos mercados internacionais atuamos com a teleskid, uma minicarregadeira com braço telescópico exclusiva da marca.”

BOBCAT LANÇA NOVA LINHA DE MINIESCAVADEIRAS

A miniescavadeira E32 está entre as novidades para a classe de 3 a 4 t

Centrada na classe de 3 a 4 t, a nova série R inclui os modelos E32 e E35, ambos equipados com sistema de rolamentos com flange duplo na esteira. Segundo a fabricante, essa característica aproxima a estrutura do material rodante da borda da esteira, proporcionando um aumento de até 15% na capacidade lateral. “Além disso, o novo design do contrapeso traseiro integrado reduz o centro de gravidade da miniescavadeira para melhorar ainda mais sua estabilidade”, assegura a empresa em comunicado.

Saiba mais:

Ausa: www.ausa.com

Bobcat: www.bobcat.com/la/pt

Case CE: www.casece.com/latam/pt-br

JCB: www.jcb.com/pt-br

New Holland: construction.newholland.com/lar/pt

P U B L I C I D A D E

ABRIR
FECHAR

P U B L I C I D A D E

P U B L I C I D A D E

Mais matérias sobre esse tema