Não são poucas as exigências de operação dos equipamentos nos canteiros de obras. Assim como não está nada fácil concorrer comercialmente em um mercado em que, a cada dia, surgem novos players e produtos, invariavelmente com opções diferenciadas para atender às necessidades crescentes do usuário na construção e mineração. Nesse cenário, alguns dos mais importantes fornecedores de equipamentos, peças e serviços com atuação no país exibiram seus portfólios de produtos durante a MTPS, evidenciando para o público a aposta crescente no atendimento como fator de competitividade. Nas próximas páginas, confira mais destaques da feira.
PEÇAS E SERVIÇOS
Entre os lançamentos apresentados pela GHT, destacam-se as linhas de lubrificação automática, supressão de incêndio, iluminação, abastecimento rápido e câmara de monitoramento, além de ferramentas hidráulicas e manuais. Como explica o gerente comercial Renato Milicchio, a distribuidora tem mais de 50 mil itens em estoque para a pronta entrega, distribuídos em unidades em SP, ES, MG, PR, SC e PA.
Não são poucas as exigências de operação dos equipamentos nos canteiros de obras. Assim como não está nada fácil concorrer comercialmente em um mercado em que, a cada dia, surgem novos players e produtos, invariavelmente com opções diferenciadas para atender às necessidades crescentes do usuário na construção e mineração. Nesse cenário, alguns dos mais importantes fornecedores de equipamentos, peças e serviços com atuação no país exibiram seus portfólios de produtos durante a MTPS, evidenciando para o público a aposta crescente no atendimento como fator de competitividade. Nas próximas páginas, confira mais destaques da feira.
PEÇAS E SERVIÇOS
Entre os lançamentos apresentados pela GHT, destacam-se as linhas de lubrificação automática, supressão de incêndio, iluminação, abastecimento rápido e câmara de monitoramento, além de ferramentas hidráulicas e manuais. Como explica o gerente comercial Renato Milicchio, a distribuidora tem mais de 50 mil itens em estoque para a pronta entrega, distribuídos em unidades em SP, ES, MG, PR, SC e PA. “Nosso plano agora é conquistar o mercado na parte de construção pesada”, projeta.
Player do ramo de hidráulica móbil, a NovakGouveia mostrou a bomba de tipo A10V produzida no Brasil. Além desse produto, a empresa destacou as linhas de componentes hidráulicos das marcas Bosch Rexroth e Danfoss. “Também exibimos soluções hidráulicas para a linha de escavadeiras, que é o foco especial em nossa oficina de reparação”, acresce o diretor Sandro Ricardo Gouveia.
A Voss levou sua linha de conexões de tubos, que inclui produtos em nylon, sistemas de engate rápido, válvulas, multiconectores, mangueiras, fixadores, adaptadores, tubos espirais para conexão e outros. Segundo o gerente de vendas Anderson Pelosini, trata-se de uma linha ampla e com diversos part numbers. “Por meio desta linha completa nós estamos tentando aumentar os negócios e ingressar de vez no Brasil”, afirma.
Focado em serviços, o estande da Sany contou com uma novidade exclusiva para o suporte pós-vendas: contêineres de apoio customizados para atender aos clientes em regiões de difícil acesso. “Além de funcionar como estoque de peças de giro rápido e escritório para emissão das notas, o contêiner também serve como base de operações para os técnicos de manutenção”, sublinha o gerente de marketing Julio Malhadas Neto.
No segmento de combustíveis, a Ipiranga apresentou o lubrificante SP Ultratech FDE, projetado para engrenagens de rodas motorizadas de caminhões e equipamentos OTR. Além de ser antidesgastante, o produto possui propriedades termo-oxidativas e oferece maior desempenho de demulsibilidade. “Esta solução tem menor custo operacional se comparado aos óleos minerais, pois estende o intervalo de troca”, comenta Gabriel Barbosa Gomes, do setor de performance de lubrificantes da distribuidora.
Fornecedora de sistemas e tecnologias de fluidos, a Hansa-Flex enfocou no evento uma ampla gama de soluções para a área hidráulica, incluindo a linha de mangueiras hidráulicas, cujo diferencial está no sistema X-Code. “Essa tecnologia diminui o tempo de espera e parada do equipamento, além de colaborar para a redução de custos”, realça Christian Herrmann, gerente comercial da empresa.
Já a Sage Oil Vac Brasil mostrou sua tecnologia móvel de troca de óleo, que possibilita realizar a manutenção preventiva de lubrificação em máquinas e tratores utilizados na construção pesada, sem respingos ou riscos ao meio ambiente. De acordo com o diretor comercial Carlos Tambellini, a empresa trouxe esta tecnologia ao país para suprir uma necessidade de mercado. “Se comparado aos tradicionais, o método Oil Vac é considerado 66% mais rápido”, diz.
SISTEMAS
Especializada em soluções de gestão corporativa, a DN4 Tecnologia exibiu seus softwares de gestão ERP Locação.NET e DN4 Powered by SAP, especialmente destinados às locadoras e concessionárias. Segundo o diretor Claudio Rogério Duarte, as soluções são específicas para organização do fluxo de informações e centralização de dados de diversos departamentos ou unidades de negócios. “Esses sistemas aperfeiçoam o controle do estoque e, consequentemente, geram significativa redução de custos com manutenção”, enfatiza.
A Leica Geosystems destacou os sistemas iCP31 Excavate e iCP42 Grade, ambos com objetivo de auxiliar o operador em trabalhos de movimentação de terra. De acordo com o técnico Renato Tavares, a tecnologia consiste em sensores e GPS instalados no equipamento, que monitoram a movimentação e a posição da caçamba. “Essa solução facilita a operação, aumenta a segurança e traz maior produtividade, aumentando a precisão e velocidade do trabalho”, afirma.
Provedor brasileiro de softwares de gestão, plataforma e consultoria, a Totvs apresentou seu portfólio de produtos e serviços. A solução “Gestão de Serviços” possui um módulo específico para locação de equipamentos, permitindo controlar todo o processo, desde cadastro e movimentação de máquinas e peças, até o serviço de suporte e paradas de manutenção. “Percebemos que oferecer um maior nível de controle da operação pode ser um diferencial”, explica Marcelo Souccar, diretor dos segmentos de serviços e jurídico da empresa.
Além de um sistema de controle de pneus, a Solinftec anunciou sua nova família de computadores de bordo para atender ao segmento de maquinários de construção e mineração. Denominados MAG300 e MAG100R+celular, os produtos determinam automaticamente as operações, tais como deslocamentos, manobras, paradas e tempo efetivo por operação. “Os novos computadores também conseguem se comunicar entre si e determinam as operações que precisam ser realizadas pelas máquinas”, explica o gerente comercial George Calderin.
A Palfinger, por sua vez, expôs o sistema de monitoramento e o controle remoto Paltronic 50, dotado de visor com os principais indicadores de operação do guindaste, como capacidade de elevação e sensor de sobrecarga. A empresa também destacou seu estoque de peças para pronta entrega e estrutura de atendimento. “Além da matriz no RS e da filial em Cotia, temos 25 representantes nacionais para atender às linhas de guindastes articulados, florestais e sucateiros”, descreve Leandro Schünke, gerente de pós-vendas.
IMPLEMENTOS
Nesse segmento, a Paladin detalhou as operações da recém-inaugurada fábrica em Guaranésia (MG). Primeira fora dos EUA, a unidade produzirá valetadeiras, braços de retroescavadeiras, fresadoras de asfalto, garfos pallet, perfuratrizes e vassouras para diversas aplicações. De acordo com o planejamento estratégico da empresa, o objetivo é crescer 200% em cinco anos. “O Brasil é um mercado de grandes oportunidades na área de infraestrutura”, reforça o vice-presidente Michael P. Flannery.
Fabricante de soluções contra desgaste, a Esco lançou uma linha de caçambas para montadoras OEM. Além disso, a empresa detalhou a estratégia de parcerias com o intuito de aumentar a qualidade dos produtos. “Após fecharmos uma parceria com a Link-Belt, já estamos em conversação com outras montadoras para fornecimento de caçambas para as linhas de montagem”, ressalta a gerente Ana Paula Machado.
Uma caçamba especial com capacidade de carga de 50 t e equipada com protetores extras foi o principal destaque da Everton. Fabricado com chapa de aço de alta resistência Hardox, o implemento é indicado para uso em pedreiras e mineração. “Essa caçamba é produzida com reforço de material de proteção no fundo, nas laterais e entre dentes, o que melhora o desempenho e também sua vida útil”, explica Samuel Rosa, da área de vendas da fabricante.
A nova linha de rompedores hidráulicos de grande porte FXJ foi a maior novidade exibida pela Multikawa. Apresentada oficialmente na MTPS, a tecnologia foi projetada para integrar todos os componentes, como cabeçote e cilindro, em uma peça única. “Dessa forma, excluímos a necessidade dos tirantes, além de aumentarmos a proteção entre a camisa e o pistão”, descreve o gerente comercial Roberto Fonseca.
Focada no desenvolvimento de acessórios para corte de rocha, a Erkat busca ganhar espaço com equipamentos como fresadoras, que podem ser utilizadas para abertura de valas, túneis, pedreiras, perfurações subaquáticas, escavação, demolição e remodelação. “Esse implemento oferece versatilidade, pois pode ser montado tanto em escavadeira como em pá carregadeira”, pontua Adriana Franco, líder de desenvolvimento de negócios.
A HLT exibiu na MTPS um martelo vibratório produzido pela empresa PTC. Projetado para trabalhar acoplado a escavadeiras, o produto permite que o próprio operador tenha controle completo da operação. “O objetivo principal deste equipamento é que ele faça tanto a cravação quanto a extração de estacas pranchas em obras civis, de saneamento e residenciais”, afirma o gerente de negócios Ricardo Curi.
Atuando com ferramentas para a perfuração de poços artesianos, fundação e mineração, a DTH trouxe ao evento toda a linha de martelos e bits convencionais e turbinados. Além dos produtos, a empresa aproveitou o evento para mostrar detalhes de seu sistema de pós-venda. “Com o crescimento da empresa nos dois últimos anos, estamos treinando pessoal para oferecer um atendimento de pós-venda ideal às necessidades dos nossos clientes”, projeta o diretor Ricardo Magnusson.
EQUIPAMENTOS
A Haulotte é mais um player que ampliou sua rede de assistência técnica em campo como estratégia de negócio. Segundo Thiago Soares, desenvolvedor de redes de assistência técnica, a empresa criou um atendimento especializado em locadoras, bem como uma metodologia para que nenhuma máquina da marca fique parada por falta de peças. “Estamos trabalhando para ampliar a rede de assistência técnica, que já conta com 20 pontos, devendo chegar a 40 até o ano que vem”, informa.
Além de grupos geradores da série YBG, a Yanmar deu destaque à VI080, a primeira miniescavadeira com motor Tier III da marca trazida ao mercado brasileiro. Mais silencioso, o equipamento reduz em 50% a emissão de poluentes em relação à versão anterior. “A largura do equipamento varia de 680 mm a 840 mm, o que a configura como uma das menores do mercado e, por isso, a torna indicada para operações confinadas”, acrescenta o gerente comercial Jaime Jun Tamaki.
De uma extensa gama de produtos, a Copex expôs na feira a sua autoconcreteira DB 460CBV, que já atua em diversas obras pelo país. Além de gerenciador de produção, o equipamento conta com o sistema CBV Fiori, capaz de controlar a dosagem, operação e produção. “O sistema guia o operador na preparação do traço, imprime e armazena relatórios, entre outros recursos disponíveis”, explica Ligiane Pavoski, da área comercial da empresa.
A LiuGong apresentou ao público sua terceira geração de escavadeiras. A linha E inclui seis modelos entre 20 e 50 t e chega ao mercado para competir de igual com as principais marcas do mercado. “O objetivo dessa série foi unir qualidade, facilidade de controle e produtividade, superando a concorrência e se posicionando muito próxima às fabricantes mais tradicionais do mercado”, frisa o vice-presidente na América Latina Bruno Marsanti.
Marca do grupo Fayat para equipamentos de construção de rodovias, a Bomag Marini anunciou na MTPS o início da fabricação local do rolo compactador de solos de 12 t. O equipamento de rolo liso e kit pé-de-carneiro possui mais de 60% de componentes nacionalizados, o que permite sua venda via Finame. “Neste ano, devemos produzir 300 unidades e nacionalizar outros modelos, inclusive os rolos para compactação de asfalto”, anuncia Franco Zanoletti, diretor da empresa na América Latina.
Além de celebrar seu 1º ano no mercado brasileiro, a Kubota destacou a tecnologia de suas miniescavadeiras, das quais já comercializou 40 mil unidades em todo o mundo ao longo de quatro décadas. “No Brasil, já atingimos uma marca de 80 unidades, o que representa quase 8% do mercado nacional”, comemora a gerente de marketing Renata Canoletti.
A Chery anunciou a introdução da escavadeira hidráulica de 22 t modelo DE220 LC, que integra o primeiro lote de máquinas da marca a aportar no país. “Além desse modelo, futuramente o portfólio deve incluir escavadeiras de outros portes, pás carregadeiras, tratores de esteira e máquinas agrícolas”, complementa Roberto Katsuda, presidente da World Tractor, responsável pela distribuição nacional e suporte pós-vendas da marca.
Ao exibir sua linha de produtos na MTPS, a XCMG também detalhou os investimentos realizados na fábrica de Pouso Alegre (MG). A nova unidade (confira reportagem na edição de julho de M&T) produzirá toda a linha de terraplenagem, como escavadeiras de médio porte, além da linha de guindastes. “Nossa meta é chegar a R$ 500 milhões anuais de faturamento já a partir de 2017”, projeta o vice-presidente Yansong Wang.
TRANSPORTE
Concessionária autorizada da Mercedes-Benz, a Rodobens utilizou o espaço da feira para apresentar a sinergia entre as diversas partes da montadora. A principal novidade, como aponta o executivo de produtos Reginaldo Ruiz, é o fato de a empresa agora oferecer leasing operacional e locação de caminhões. “Com isso, o cliente tem a opção de comprar ou retornar o veículo, preocupando-se somente com o foco do negócio dele, deixando que a gente cuide da questão de frotas”, explica.
A principal meta da Scania na MTPS foi mostrar o atendimento oferecido pelo seu segmento off-road no local de trabalho dos equipamentos. De acordo com Humberto Tadeu Marin, do setor de operações comerciais, o programa Serviços Dedicados inclui uma multiplicidade de peças originais, manutenção flexível, óleo sintético e treinamento de motoristas. “Na parte de tecnologia, trouxemos um sistema de análise de dados operacionais, que monitora a vida do caminhão”, diz.
Em seu estande, a Goodyear mostrou na feira sua nova linha de pneus radiais, que abarca 54 modelos para equipamentos como carregadeiras de portes pequeno, médio e grande até caminhões articulados, guindastes sobre caminhões, motoniveladoras e rolos compactadores estáticos. “Essa linha é fruto de anos de desenvolvimento mundial da marca, inclusive na fábrica de Americana, onde foram aplicados 240 milhões de dólares com esse fim”, afirma o gerente de marketing Fabio Garcia.
PLANTAS E CENTRAIS
Aportada recentemente, a Trio Engineered Products enfatizou sua expertise em plantas de britagem. Além de britadores de mandíbula e cônicos, a empresa divulgou sua linha de peneiras, alimentadores e plantas fixas. “Também expusemos a divisão de serviços, que oferece recuperação de peças, fabricação de placas de desgastes e componentes como grelhas, tambores e trilhos”, afirma Silvana Peixoto, da área comercial da Tecnometal, que representa a marca com exclusividade no país.
Especializada no fornecimento de equipamentos e máquinas para processamento de concreto, a Convicta anunciou a disponibilização de locação de centrais de concreto. “As principais vantagens da central de concreto móvel é viabilizar o custo de instalação e desmontagem da usina, reduzir o tempo de operação e evitar a construção de fundação para sua montagem, além de não necessitar de licença ambiental para funcionar”, explica o gerente comercial Jorge Werneck.
Salão da Tecnologia destaca inovação
Nesta edição, a MTPS contou com um inédito Salão da Tecnologia, que em dois espaços diferentes reuniu tecnologias inovadoras que trazem vantagens competitivas aos usuários. No espaço da CR Almeida, a Pesa apresentou um sistema de telemetria, enquanto a Sitech mostrou sistemas de controle de posicionamento para equipamentos de terraplanagem e pavimentação e a RPM trouxe um sistema para troca de óleo de motor a diesel. Parceira do Grupo Galvão, a Mitsubishi Electric expôs duas soluções de automação e telemetria que trazem benefícios às operações. “Com a incorporação dessas duas tecnologias de ponta, obtivemos ganhos expressivos de sustentabilidade e produtividade”, afirma Silvimar Fernandes Reis, diretor de equipamentos e suprimentos da construtora.
A Odebrecht Infraestrutura reuniu 12 parceiros, desenvolvedores de tecnologias voltadas para segurança, redução de custos e consumo de energia. No espaço, a Scania mostrou o sistema de monitoramento remoto Iris e a Kratos Cas exibiu um sistema de controle de carga para gruas, enquanto a Alcolock levou seus etilômetros e a MK, seu sistema embarcado de pesagem para caminhão basculante. A construtora também reuniu recursos como os sistemas da Carsif para controle de acesso, monitoramento da Palfinger para caminhão guindauto, monitoramento remoto de pressão e aquecimento de pneus da Auto Sender, terminais de informações em totens eletrônicos da Apek e o software para controle de abastecimento da aFHF, além de destacar o Biodiesel B20, desenvolvido em conjunto pela MAN e Ipiranga.
Já a Escad Rental montou uma “ilha” para apresentar tecnologias e soluções específicas para o setor de locação. No estande, a empresa reuniu as locadoras e parceiras AGF, Brasif, Erkat, Shark e VGM, que enfatizaram um novo conceito de fazer negócios, embasado em flexibilidade e soluções customizadas de acordo com as necessidades de cada cliente. “É importante para o cliente saber que pode optar por locar uma máquina por apenas um dia ou mesmo locar pacotes com suporte diferenciado”, comenta Alisson Daniel, diretor da Escad.
O Salão contou ainda com a participação da Argos, que apresentou um kit completo para adequação dos equipamentos às novas normas da NR-12/2013, Beka, que apresentou linhas de lubrificadores automáticos para máquinas de todos os tamanhos e tipos, Oilcheck, com soluções para proteção de óleos diesel e hidráulico em equipamentos pesados, Real Bombas, especializada na reforma de bombas de água para diversos segmentos, além de Marpress, Komatsu, Braslog e Sotreq.
Congresso traça panorâmica do setor
Realizado paralelamente à feira nos dias 4 e 5 de junho, o 2ª Congresso de Tecnologia e Gestão de Equipamentos para Construção e Mineração reuniu especialistas de diversas áreas para contribuir com o fomento de informações e conhecimento técnico no setor. Confira destaques do evento.
Equipamentos – Alguns dos principais players do setor apresentaram detalhes de seus equipamentos híbridos, assim como softwares para gestão e conceitos inovadores para o setor. Segundo Carlos Joaquim Stocco Portes, gerente de engenharia de produtos da Caterpillar, a principal característica das máquinas híbridas é a presença de tecnologias inovadoras no uso de energia, que não estão presentes nos projetos tradicionais. “Esses equipamentos combinam conceitos elétricos e hidráulicos, tirando melhor proveito de ambas as tecnologias”, acentua.
Nesse sentido, a Komatsu apresentou a escavadeira hidráulica HB205-1 com sistema híbrido para conversão de energia. Conforme explicou Paulo Jauhar, gerente de vendas da fabricante, a máquina recupera a energia de frenagem, convertendo-a em energia elétrica para carregamento dos capacitores. “É por isso que dizemos que esses equipamentos híbridos trabalham com o conceito de regeneração”, diz. Já a Liebherr apresentou o Sistema Pactronic, um conceito híbrido no qual a energia dos guinchos é armazenada em dois acumuladores hidráulicos e o acionamento dos guinchos é feito por meio do sistema hidrostático. “Este sistema integrado resulta em baixo consumo de combustível e controle mais preciso e suave de movimentos”, afirma o engenheiro de vendas Sergio Kioshi Sassaki.
Transporte – Diretor da Rigging Brasil, o engenheiro Gustavo Cassiolato apontou problemas que o transporte de cargas extrapesadas enfrenta no país, como a insuficiência de veículos específicos, treinamentos e reciclagem, além de indisponibilidade de acessórios adequados. Nesse sentido, o engenheiro citou o projeto de criação da Abemac (Associação Brasileira de Engenharia de Movimentação e Amarração de Cargas), que pretende regulamentar o segmento. “Costuma-se comparar preço e não qualidade, o que põe em risco o nome da empresa e os usuários”, atesta.
Ampliando o enfoque, o diretor da Confederação Nacional de Transporte (CNT), Geraldo Viana, afirmou que os grandes problemas enfrentados pelas rodovias brasileiras são o “excesso de peso nos caminhões e o monitoramento ineficaz da lei da balança”. Já para Fernando Pedraça Junior, especialista em técnicas de pesagem, é importante uma “fiscalização mais eficaz e adequada nas rodovias”.
Outro destaque do Congresso foi a palestra do presidente da Abifer, Vicente Abate, que abordou o aumento da capacidade de carga por eixo na indústria ferroviária, que atualmente já chega a 37 toneladas. Além disso, as locomotivas que saem hoje da linha produção consomem até 25% menos combustível, assim como os novos vagões de passageiros conseguem reduzir em até 30% o consumo de energia. “Essa é mais uma prova da capacidade de inovação de toda a cadeia produtiva envolvida com a indústria ferroviária brasileira”, afirma.
Manutenção – Na área de manutenção, o diretor da Abraman Milton Zen salientou que as normas são de grande relevância para o gestor, destacando benefícios como diminuição de riscos, transparência, rastreabilidade de investimentos, redução de imprevistos e, sobretudo, responsabilidade dos envolvidos. “Nenhum executivo responsável perde ao obedecer às normas e agir corretamente”, ratifica. Diretor da Assiste, Ângelo Bianchi falou sobre custos de manutenção, enfatizando que uma boa gestão pode representar economia significativa para a empresa. “É possível obter ganhos relevantes apenas considerando as despesas com combustíveis, lubrificante, reparos e pneu”, pontua.
O consultor Ângelo Domingos Banchi contrapôs que a economia só é possível com uma competente medição dos índices e determinação das metas, além de planejamento de suas atividades e uso racional das oficinas. “Algumas empresas conseguem um nível de sofisticação tão grande na manutenção que incluem até mapeamento das paradas dos equipamentos”, exemplifica.
Certificação – Antonio Luis Aulicino, diretor de relações institucionais da Abendi, reforçou a importância da certificação. Segundo ele, a certificação aumenta a empregabilidade e garante a diferenciação profissional. “Já para as empresas, assegura o cumprimento das normas de segurança, reduz o número de acidentes, diminui perdas de equipamentos e cargas e eleva a produtividade”, diz.
Já Edivaldo Freitas, da área de treinamentos da Odebrecht, acentuou a necessidade de foco em capacitação técnica, com programas de formação, disseminação de informações e formalização da mão de obra. “É preciso obter programas de capacitação de operadores que sejam efetivos em ambientes dinâmicos”, finaliza.
Setor – Segundo sondagem divulgada na MTPS, atraso em obras e falta de mão de obra especializada são os principais problemas relatados por um grupo de 35 empresas do setor. “O atraso na liberação de verba também é um problema que vem se agravando nos últimos anos”, observa Brian Nicholson, consultor responsável pela sondagem e que prevê uma retração de 7% na Linha Amarela para este ano.
Especialistas avaliam setor de locação
Um dos destaques do ciclo de palestras da MTPS, o 2o Congresso Nacional de Valorização do Rental contou com o apoio de oito entidades e incluiu abordagens diferenciadas da área. Para Eurimilson Daniel, diretor da Escad, o Congresso cumpre o compromisso de aproximar as entidades do setor. “A valorização de nosso segmento passou a ser uma necessidade real, por isso o alinhamento entre todos os representantes é de suma importância”, destacou. Reforçando esta abordagem, Marco Aurélio de Cerqueira, presidente do Sindileq/MG, apontou a crescente importância angariada pelo setor. “Além de ser vista como uma vantagem, a locação representa uma evolução da comercialização”, disse.
Citando tendências, o diretor da Alusa, Mário Humberto Marques, pontuou que a partir de 2016 deve ocorrer um desaparecimento de oportunistas, gerando um mercado mais competitivo. “Trata-se de um nicho no qual será preciso realizar desinvestimentos fora do core business, oferecer preços mais competitivos em relação ao custo próprio e demonstrar diferenciais, provando ao cliente que vale a pena locar, mesmo com custo unitário maior”, apregoa.
Diretor da Solaris Brasil, Paulo Esteves enfatizou a visão associativa ao descrever o diferencial que a extrema profissionalização representa para os locadores nos países desenvolvidos. “Lá fora, há uma ênfase no rigor analítico, de modo a criar fundamentos palpáveis para nortear a empresa”, observou. “E esse volume de dados permite um aprofundamento estratégico na hora de fazer o budget, projetar receitas, vislumbrar oportunidades, adotar modelos e avaliar tendências.”
Nessa mesma linha, Luiz Fernando Macedo, advogado da Apelmat/Selemat, ressaltou a necessidade de o locador reunir todas as informações possíveis antes do fechamento do contrato. “A fase pré-contratual é de extrema importância, quando se deve fazer uma análise minuciosa de tudo”, reiterou.
Já para Fernando Augusto L. de Moraes, presidente da ALEC, o setor precisa considerar variáveis que impactam diretamente a atividade, como o custo logístico na locação de equipamentos de pequeno porte, que gira em torno de 8% a 14% do faturamento. “Precisamos deixar de ter vergonha de cobrar o frete, uma vez que tem um impacto altíssimo no faturamento e esse montante poderia ser utilizado na renovação da frota”, enfatizou.
Simuladores consolidam-se no setor
Uma clara tendência verificada na MTPS é o aumento na oferta de simuladores. Presentes em diversos estandes, os simuladores facilitam a formação de operadores e reduzem custos com treinamentos realizados nos canteiros de obras. Durante a feira, foram expostos vários tipos desses equipamentos, tanto para caminhões basculantes como escavadeiras, carregadeiras e guindastes.
Um dos destaques foi o simulador de caminhão Oryx 500. Fruto de uma parceria entre a empresa sueca Oryx e a Odebrecht, o equipamento – que será utilizado no ProSub é equipado com câmbio automático e manual, sendo capaz de reproduzir todas as etapas do ciclo de carregamento e descarregamento.
No caso das carregadeiras, o produto exposto era composto por uma plataforma que reproduz a cabine de um equipamento real. Dotado de 24 cenários em diferentes aplicações, como pedreiras e terraplanagem, o simulador oferece maior eficiência nos treinamentos, reduzindo a necessidade de mobilização de um equipamento na área produtiva.
Fabricante comemora 10 anos no Brasil
Em seu estande na MTPS, a XCMG destacou modelos de equipamentos que já são montados na recém-inaugurada fábrica de Pouso Alegre. Segundo a fabricante, todas as máquinas produzidas na nova unidade já sairão da linha de montagem com algum índice de nacionalização. Com a unidade fabril, que produzirá guindastes e toda a linha de terraplenagem, a XCMG celebra 10 anos de atuação no país e reforça a aposta no mercado nacional, onde conta com quatro distribuidores e apoio de representantes exclusivos.
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