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Revista M&T - Ed.71 - Jun/Jul 2002
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TESTE DE CAMPO

Escavadeira entra na área das carregadeiras. Gol?

Em busca de alternativas para reduzir custos operacionais, segmento de brita em São Paulo compara a performance de suas carregadeiras com a escavadeira Volvo EC360

Há uma grande expectativa entre os gerentes de operação do segmento de mineração de brita em São Paulo, em relação ao uso de escavadeiras "retro", em substituição às carregadeiras de rodas no carregamento do material desmontado. As primeiras projeções indicam uma economia mensal, somente com óleo diesel, equivalente ao salário de um operador (ver box). As escavadeiras também garantiriam níveis de produção mais estáveis, tanto no carregamento de caminhões, quanto na separação de blocos (matacos) e limpeza do pé da bancada.
Benito Bottíno, gerente operacional da Pedreira Sargon é um dos entusiastas dessa nova alternativa e coordena um Grupo de Trabalho no Sindipedras (SP), que pretende conferir na prática as vantagens de se introduzir uma escavadeira na área central da operação." No momento em que o mercado vive um momento de expectativa e de retração no nível de atividades, pode ser uma alternativa para reduzir custos operacionais", diz ele.
Como a maioria das pedreiras em São Paulo ainda não utilizam escavadeiras com implemento retro em sua operação, foi preciso recorrer a um fabricante para esse "tira teima" em condições reais. A Volvo Construction Equipment, através de seu distribuidor Comac São Paulo Máquinas, topou o desafio e colocou à disposição uma escavadeira EC 360 (ver configurações no quadro) que foi colocada à prova em várias pedreiras. O equipamento foi utilizado no carregamento de caminhões fora-de-estrada posicionados no nível abaixo da escavação, com ângulos de giro de 45 a 180 graus. Em média, o equipamento consumiu 22 litros por hora e atingiu uma produção de 250 m3 por hora.
"São resultados bastante sati


Em busca de alternativas para reduzir custos operacionais, segmento de brita em São Paulo compara a performance de suas carregadeiras com a escavadeira Volvo EC360

Há uma grande expectativa entre os gerentes de operação do segmento de mineração de brita em São Paulo, em relação ao uso de escavadeiras "retro", em substituição às carregadeiras de rodas no carregamento do material desmontado. As primeiras projeções indicam uma economia mensal, somente com óleo diesel, equivalente ao salário de um operador (ver box). As escavadeiras também garantiriam níveis de produção mais estáveis, tanto no carregamento de caminhões, quanto na separação de blocos (matacos) e limpeza do pé da bancada.
Benito Bottíno, gerente operacional da Pedreira Sargon é um dos entusiastas dessa nova alternativa e coordena um Grupo de Trabalho no Sindipedras (SP), que pretende conferir na prática as vantagens de se introduzir uma escavadeira na área central da operação." No momento em que o mercado vive um momento de expectativa e de retração no nível de atividades, pode ser uma alternativa para reduzir custos operacionais", diz ele.
Como a maioria das pedreiras em São Paulo ainda não utilizam escavadeiras com implemento retro em sua operação, foi preciso recorrer a um fabricante para esse "tira teima" em condições reais. A Volvo Construction Equipment, através de seu distribuidor Comac São Paulo Máquinas, topou o desafio e colocou à disposição uma escavadeira EC 360 (ver configurações no quadro) que foi colocada à prova em várias pedreiras. O equipamento foi utilizado no carregamento de caminhões fora-de-estrada posicionados no nível abaixo da escavação, com ângulos de giro de 45 a 180 graus. Em média, o equipamento consumiu 22 litros por hora e atingiu uma produção de 250 m3 por hora.
"São resultados bastante satisfatórios e alcançados em várias situações de trabalho, ou seja, em condições desfavoráveis e favoráveis, e com a operação a cargo dos operadores das várias empresas", diz Keller Mendonça Pessoa de Melo, representante de vendas da Comac. "Todos os operadores elogiaram o equipamento quanto ao alto conforto da cabine, grande visibilidade, baixo nível de ruído, grande força de escavação, elevadas velocidades de deslocamento, giro, braço, lança e caçamba, e alta estabilidade do equipamento sobre a pilha", diz ele.
Benito Bottino, gerente operacional da Sargon confirma que, com um "sistema de ataque" diferente e operando em cima da pilha, a escavadeira com implemento retro sofre menor influência no caso de um fogo (desmonte) ruim, menos fragmentado e grudado ao pé da rocha.
"Nessas condições, enquanto o rendimento de uma carregadeira pode cair até 30%, o de uma escavadeira cai bem menos, cerca de 5%". Com um desmonte bem feito, a produtividade da escavadeira é maior. Ela também é mais rápida e consome menos combustível que a carregadeira".
José Antonio Sbrissa Tortorelli, gerente operacional da Pedreira Riuma, diz que em seu caso o teste foi severo, pois a EC360 foi testada em condições desfavoráveis de trabalho, numa frente de desenvolvimento de lavra. Mesmo assim, a escavadeira carregou 180 m3 em aproximadamente uma hora. "É uma condição de trabalho crítica, com grande quantidade blocos, mas mesmo assim a performance foi superior ao de uma carregadeira - até porque, a própria escavadeira fez a limpeza do "pé de rocha". Em condições normais, a EC360 com certeza teria produzido 50% mais".

De um modo geral, diz ele, é uma máquina versátil e bastante equilibrada, pois tem um carro mais largo e mais longo que o da maioria das escavadeiras. "Um recurso adicional importante é o sistema que aumenta em caso de necessidade e por um curto intervalo de tempo, em 10%a potência de escavação". A máquina também vem preparada, tanto na bomba hidráulica quanto nos controles, para utilização de rompedores hidráulicos. "Pode ser uma opção eventual para se quebrar blocos maiores"
O gerente operacional da Riuma acrescenta, no entanto, que devem ser criadas condições específicas para a utilização de escavadeiras (a EC 360 ou qualquer outra) na operação. A maior mobilidade da carregadeira, por exemplo, só poderá ser compensada com bancadas maiores e maiores volumes de material desmontado em cada fogo. "O ideal é que a escavadeira passe vários dias trabalhando em um mesmo local". Recursos adicionais de manutenção - comboios móveis de lubrificação, por exemplo - também terão que ser incorporados à operação, em função da maior dificuldade em deslocar o equipamento para as oficinas.
Satisfeitos em relação à redução de gastos com diesel, os responsáveis pela operação da Sargon e da Riuma estão estabelecendo comparativos entre os custos de manutenção de pneus e esteiras. Por enquanto, ambos concordam que simultaneamente à introdução das escavadeiras na mineração de brita, outra tendência é a opção por equipamentos de médio porte. "Algumas pedreiras já usam escavadeiras, com implemento shovel, que, em condições ideais, produzem bem. O problema é que são máquinas grandes, com custos de operação e manutenção muito altos", diz Tortorelli. "Preferimos também equipamentos médios para não concentrar toda a operação em um único equipamento de grande porte. Se ele parar, comprometemos toda a produção", complementa Bottino.

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