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Revista M&T - Ed.128 - Setembro 2009
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Notas

Diesel mais limpo requer cuidados no abastecimento

A introdução no mercado brasileiro de um diesel com menos teor de enxofre (o denominado S50, porque contém 50 partículas por milhão do poluente em cada litro do combustível) não exigirá adaptações apenas por parte dos fabricantes de motor. As linhas e os equipamentos usados no sistema de abastecimento dos veículos também deverão passar por processo de limpeza ou até mesmo de substituição. O alerta é da ABIEPS (Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Postos de Serviços).

“O diesel S50, previsto pela legislação, possui propriedades detergentes que podem remover antigas incrustações nas paredes dos equipamentos instalados nos postos de combustíveis, contaminando o produto e desencadeando possíveis vazamentos antes não visíveis”, explica Sergio Cintra, vice-presidente da ABIEPS. Ainda que a nova formulação demore a entrar em vigor, Cintra alerta que na ocasião será indispensável a reforma de equipamentos antigos, bem como a substituição dos meios filtrantes, para que estes deixem de contaminar o combustível que então será mais puro.

Segundo ele, a adequação não se limitará apenas aos motores e sistemas de abastecimento. O espe


A introdução no mercado brasileiro de um diesel com menos teor de enxofre (o denominado S50, porque contém 50 partículas por milhão do poluente em cada litro do combustível) não exigirá adaptações apenas por parte dos fabricantes de motor. As linhas e os equipamentos usados no sistema de abastecimento dos veículos também deverão passar por processo de limpeza ou até mesmo de substituição. O alerta é da ABIEPS (Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Postos de Serviços).

“O diesel S50, previsto pela legislação, possui propriedades detergentes que podem remover antigas incrustações nas paredes dos equipamentos instalados nos postos de combustíveis, contaminando o produto e desencadeando possíveis vazamentos antes não visíveis”, explica Sergio Cintra, vice-presidente da ABIEPS. Ainda que a nova formulação demore a entrar em vigor, Cintra alerta que na ocasião será indispensável a reforma de equipamentos antigos, bem como a substituição dos meios filtrantes, para que estes deixem de contaminar o combustível que então será mais puro.

Segundo ele, a adequação não se limitará apenas aos motores e sistemas de abastecimento. O especialista prevê a necessidade de intenso treinamento dos prestadores de serviços para a realização da limpeza das linhas e demais equipamentos que estejam em contato direto com o produto instalado, não só nos postos de combustíveis, mas também em pontos de abastecimento e até em bases de distribuição. “Caso essa assepsia não aconteça”, ressalta Cintra, “de nada adiantará o Brasil contar com uma formulação avançada de biodiesel para seus motores, já que os equipamentos antigos continuarão contaminando o produto”.

O diesel S50 está substituindo gradativamente o S500 (com 500 ppm de enxofre) em uso no Brasil e já é adotado por frotas de transporte urbano de São Paulo e Rio de Janeiro. Sua introdução no país será gradativa, até 2012, por conta das adequações necessárias e do investimento que a Petrobras precisa fazer em seu parque de refino do combustível.

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