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Revista M&T - Ed.55 - Out/Nov 1999
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Financiamento

Dicas para ir às compras

Um panorama do mercado atual e o que é preciso saber antes de ir bater à porta dos bancos para adquirir um equipamento
Eric Leblanc, vice-presidente executivo da Volvo

Em um ano marcado por grandes incertezas na área econômica, os agentes financeiros e bancos que atendem aos usuários do segmento de equipamentos no Brasil já chegaram a um denominador comum em relação ao que podem oferecer aos usuários em termos de financiamento. A melhor opção, segundo Sérgio Leão, diretor da KBI Komatsu Brasil International, continua sendo a linha FINAME, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico eSocial), que cobre de 80% (na região Sul e Sudeste) a 90% (nas demais regiões do país) do preço dos equipamentos, com índices de nacionalização requeridos pelo programa. Os planos estão sendo feitos geralmente com 20% de entrada, três meses de carência e 36 meses para pagar. Pelos padrões brasileiros, os juros até que são convidativos: aproximadamente 20% ao ano (1,53% ao mês), considerando-se a taxa de TJLP (12,5%) e os spreads médios cobrados pelos agentes financeiros (5%) e pelo BNDES (2,5%). Toda essa conta, diga-se de passagem, é feita em reais, sem intermediação do dólar.
“Esse fator também tem sido fundamental, diante das incertezas geradas no mercado, a partir da liberalização do câmbio no início do ano e a posterior escalada no dólar”, lembra o diretor da KBI. Segundo ele, o trauma é tão grande que, em muitas operações de leasing os contratos de financiamento estão sendo feito mediante operações pré-fixadas, em reais. Ou seja, os clientes preferem arcar com uma taxa média de 2,5% ao mês, do que correr os riscos de não poderem honrar seus pagamentos em dólar.
Um modelo híbrido de FINAME e Leasing também tem se revelado atrativo, segundo ele, pois alia os custos mais baratos do FINAME às vantagens do Leasing. “Éuma boa opção, principalmente porque as empresas não precisam imobilizar o e


Eric Leblanc, vice-presidente executivo da Volvo

Em um ano marcado por grandes incertezas na área econômica, os agentes financeiros e bancos que atendem aos usuários do segmento de equipamentos no Brasil já chegaram a um denominador comum em relação ao que podem oferecer aos usuários em termos de financiamento. A melhor opção, segundo Sérgio Leão, diretor da KBI Komatsu Brasil International, continua sendo a linha FINAME, do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico eSocial), que cobre de 80% (na região Sul e Sudeste) a 90% (nas demais regiões do país) do preço dos equipamentos, com índices de nacionalização requeridos pelo programa. Os planos estão sendo feitos geralmente com 20% de entrada, três meses de carência e 36 meses para pagar. Pelos padrões brasileiros, os juros até que são convidativos: aproximadamente 20% ao ano (1,53% ao mês), considerando-se a taxa de TJLP (12,5%) e os spreads médios cobrados pelos agentes financeiros (5%) e pelo BNDES (2,5%). Toda essa conta, diga-se de passagem, é feita em reais, sem intermediação do dólar.
“Esse fator também tem sido fundamental, diante das incertezas geradas no mercado, a partir da liberalização do câmbio no início do ano e a posterior escalada no dólar”, lembra o diretor da KBI. Segundo ele, o trauma é tão grande que, em muitas operações de leasing os contratos de financiamento estão sendo feito mediante operações pré-fixadas, em reais. Ou seja, os clientes preferem arcar com uma taxa média de 2,5% ao mês, do que correr os riscos de não poderem honrar seus pagamentos em dólar.
Um modelo híbrido de FINAME e Leasing também tem se revelado atrativo, segundo ele, pois alia os custos mais baratos do FINAME às vantagens do Leasing. “Éuma boa opção, principalmente porque as empresas não precisam imobilizar o equipamento e podem reduzir a carga tributária, pois as prestações tornam-se despesas dedutíveis”.
Clarlos Nobrega, gerente comercial, do Banco New Holland Brasil, do grupo Fiat, entende que os usuários na atual conjuntura também podem ser beneficiados pelas condições específicas oferecidas pelos bancos ligados a fabricantes.
Ele lembra que o Banco New Holland Brasil, que iniciou suas operações no último mês de abril, é representado em todo o território nacional pela rede de distribuidores Fiatallis e NewHolland. Isso estreita o relacionamento com o concessionário e uma das bases da analise do crédito; mesmo porque é próprio concessionário que prepara a documentação cadastraldo cliente, evitando que o mesmo tenha que ir ao Banco. Além disso, diz Nóbrega, o cliente permanece com seu limite de crédito nos bancos de rede facilitando suas operações do dia-a-dia e oBanco New Holland Brasil não exige reciprocidade (seguros, CDB, taxas de expediente, etc)reduzindo o custo da operação. "Temos o maior leque de linhas de crédito do mercado (Finame agrícola, Finame industrial, Flname leasing, crédito direto ao consumidor prefixado ou para máquinas importadas, leasing e crédito rural)", garante ele. De acordo CarlosNóbrega, uma das novas alternativas que está sendo oferecida aos clientes em termos de financiamento é o consórcio, com um prazo total de 24 meses e uma taxa de administração de 4%, uma das menores do mercado. “Entregamos todos os bens em apenas 6 meses, o que permite ao cliente pagar a prestação com a produção da própria máquina".
Ele também entende que as linhas da Finame são as mais atraentes devido ao seu custo financeiro, principalmente na áre agricola.Realmente,para tratores de esteira cadastrados no Finame agrícola e tendo como beneficiários produtores rurais: épossível obter juros pré-fixados de 11,95% ao ano e prazo de até 5 anos — para as demais máquinas de construção cadastradas na Finame e beneficiários pessoa jurídica: juros de até 8,5% ao ano (dependendo do prazo)mais TJLP (atualmente 12,5%). Ele diz que o Banco New Holland Brasil também decidiu não indexar os seus financiamentos em dólar, porque entende que os clientes raramente tem contratos em dólar, portanto ele ficaria exposto a um risco ao qual sua atividade não oferece Hedge (proteção a variação do dólar, através de contratos na mesma moeda).
O Banco New Holland, segundo Nóbrega, tem oferecido aos seus clientes os recursos da Finame com taxas pré-fixadas ou indexadas à TJLP,e crédito direto ao consumidor (CDC) e leasing com taxas pré fixadas, para as máquinas não cadastradas na Finame. Além disso, criou um plano de financiamento, denominado “Fiat AIlis Total”,específico para o financiamento dos tratores de esteira 7D, FD9 e FD170. Ele tem prazo de 5 anos, fluxo de amortização com capital anual e juros semestrais, taxa de juros pré-fixada de 11,95 ao ano, e entrada de 20%. “Nesse plano,a Fiatallis também paga/antecipa para o cliente 30%do valor de sua parcela de amortização anual de capital e o cliente devolve essas parcelas junto com a última parcela (daqui a 5 anos), a máquina tem revisão gratuita durante esse período e o cliente tem seguro de bem e de vida gratuito no primeiro ano”. A Volvo está atuando em várias frentes para oferecer novas alternativas de financiamento aos usuários de sua linha de equipamentos para construção e mineração. A começar pela Volvo Serviços Financeiros, já consolidada no segmento de caminhões e ônibus, que, a partir do início do ano que vem, passará a financiar equipamentos. É uma opção de financiamento direto da fábrica.
Eric Leblanc, vice-presidente executivo da área financeira e administrativa da Volvo Clonstruetion Equipment South America, também aposta no consórcio como forma de alavancar novos negócios. Segundo ele, seria difícil fechar inicialmente um grupo só de equipamentos e por isso a empresa optou por um sistema misto, envolvendo a sua área de veículos. “O primeiro grupo com 200 cotas, para pagamento em 100 meses, lançado em outubro, inclui caminhões, ônibus e carregadeiras de pequeno porte, e já conta com participantes da área de construção”.
Outra desafio da Volvo Serviços Financeiros é o de oferecer condições especiais aos clientes de suas linhas de escavadeiras Volvo-Samsung e motoniveladoras Volvo-Champion. Éuma necessidade, para garantir a competitividade em relação ás linhas concorrentes de outros fabricantes, já que essas marcas, recém-chegadas no Brasil, ainda são totalmente importadas e não contam com financiamento através do Finame. ”É uma medida temporária, porque no ano que vem, iremos incluir no Finame não somente toda a linha de carregadeiras, como algumas motoniveladoras, que serão fabricadas no Brasil”, adianta Eric Leblanc.
Ele confirma também o investimento na modalidade de rental (aluguel de equipamentos), que será ampliado pela rede de distribuidores futuramente. Ele reconhece, no entanto, que no caso da Volvo, que atua na área de equipamentos de médio e grande porte, a ampliação da locação tem limites. “O Rental funciona mais para equipamentos menores, porque é muito difícil para nossos distribuidores imobilizar capital na aquisição de grandes equipamentos para atender eventuais solicitações de seus clientes”. De qualquer modo, o vice-presidente executivo da área financeira e administrativa da Volvo Construction Equipment South America entende que o que o cliente precisa no momento atual é de flexibilidade, por isso está empenhado em buscar linhas de crédito externas e está oferecendo o financiamento do próprio contrato de manutenção preventiva em 36 meses. O único impasse, diz ele, refere-se à instabilidade do câmbio, que trouxe dificuldades para muitos clientes com contratos em dólar.

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