Revista M&T - Ed.169 - Junho 2013
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Estádios

Beira-Rio renasce em Porto Alegre

Com reaproveitamento de partes da antiga estrutura, obras devem ser entregues em maio e representam um dos menores investimentos entre os 12 estádios-sede da Copa

O estádio que será o palco gaúcho para a Copa do Mundo já conta com 60% das obras concluídas. Mas, como em diversas das 12 arenas que receberão os jogos, é a fase de instalação da cobertura metálica que, pela complexidade de execução, merece maior destaque. As obras do Beira-Rio, entretanto, não se limitam a isso. Com investimento total previsto de R$ 330 milhões, o projeto inclui outras fases delicadas de engenharia, como a terraplanagem, que movimentou 44 mil m³ de solo, e a montagem das edificações em concreto pré-moldado.

A terraplanagem foi feita em dois momentos: o primeiro ocorreu no edifício garagem, no qual foram movimentados 7 mil m³ de terra. Esse volume equivale a uma camada de poucos centímetros em todo o footprint da estrutura. Volume mais considerável foi envolvido na construção da nova arquibancada inferior, já que a antiga era assentada sobre um aterro compactado ainda na década de 1960. Nesse caso, foram retirados 37 mil m³ de material, sendo que o concreto da arquibancada demolida foi britado e reaproveitado na própria obra.

ARQUIBANCADAS <


O estádio que será o palco gaúcho para a Copa do Mundo já conta com 60% das obras concluídas. Mas, como em diversas das 12 arenas que receberão os jogos, é a fase de instalação da cobertura metálica que, pela complexidade de execução, merece maior destaque. As obras do Beira-Rio, entretanto, não se limitam a isso. Com investimento total previsto de R$ 330 milhões, o projeto inclui outras fases delicadas de engenharia, como a terraplanagem, que movimentou 44 mil m³ de solo, e a montagem das edificações em concreto pré-moldado.

A terraplanagem foi feita em dois momentos: o primeiro ocorreu no edifício garagem, no qual foram movimentados 7 mil m³ de terra. Esse volume equivale a uma camada de poucos centímetros em todo o footprint da estrutura. Volume mais considerável foi envolvido na construção da nova arquibancada inferior, já que a antiga era assentada sobre um aterro compactado ainda na década de 1960. Nesse caso, foram retirados 37 mil m³ de material, sendo que o concreto da arquibancada demolida foi britado e reaproveitado na própria obra.

ARQUIBANCADAS

Mantida, a arquibancada superior do Beira-Rio precisou de tratamento das patologias com a aplicação de uma nova camada de concreto, o que lhe rendeu aspecto de nova. Para isso, antes de receber uma nova camada de concreto, a estrutura foi hidrojetada até expor suas armaduras de aço, possibilitando que as patologias fossem tratadas.

Para tornar o reaproveitamento da antiga estrutura compatível com os rígidos padrões da FIFA, foi preciso também adaptar o desnível de piso nas arquibancadas. A solução dos engenheiros, nesse caso, foi realizar enchimentos com borracha de EVA, permitindo que o novo piso atingisse a cota determinada em projeto, sem sobrecarga considerável na estrutura.

Já a construção da nova arquibancada inferior foi toda feita com concreto pré-fabricado, dividido em peças como pilares, vigas e lajes. Nesse caso, foram utilizados 15 mil m³ de concreto pré-moldado, montados com o apoio de seis guindastes, de 60 a 330 t. Essas máquinas, que também atuaram na remoção da marquise e postes de iluminação da antiga estrutura, já operavam na montagem da estrutura metálica durante a produção desta reportagem.

De acordo com a construtora Andrade Gutierrez, responsável pelas obras do Beira-Rio, o volume total de concreto utilizado foi de 26 mil m³. A opção pelo pré-fabricado na maior parte da estrutura, diz a empresa, se deu pelo ganho de agilidade no processo construtivo. Afinal, muitas das peças possuem geometria padronizada, o que facilita seu desenvolvimento em ambiente fabril.

COBERTURA

A exemplo do Itaquerão, a cobertura metálica do Beira-Rio também é destacada pelos construtores como um diferencial. Além de abrigar os torcedores, a estrutura tem por objetivo alterar a imagem arquitetônica do estádio. Para isso, ela recebeu um projeto de geometria complexa, além de detalhamento, ensaio em túnel de vento, montagem da estrutura e instalação de membranas de vedação.

No inicio de maio, cinco folhas da nova cobertura já haviam sido instaladas. Esse processo ocorre com a pré-montagem de cada folha fora do estádio, com posterior içamento e instalação sobre a arquibancada, quando os guindastes entram em ação novamente. A vedação é feita com uma membrana tensionada, constituída por fibra de vidro e teflon. Trata-se de um material leve como um tecido, dotado de propriedades autolimpantes.

Além dos guindastes, a frota de equipamentos utilizados para trabalhos em altura é composta por 25 plataformas aéreas, usadas em diversos serviços de apoio e instalação. Para os processos em terra, todavia, a lista de máquinas é ainda mais extensa, envolvendo tratores de esteira, motoniveladoras, caminhões basculantes, escavadeiras e outros. Também entram na lista as perfuratrizes de hélice contínua, utilizadas para cravar mais de 17 mil m de fundação.

O novo estádio do Beira-Rio tem inauguração prevista para dezembro de 2013. Mais de 1,4 mil trabalhadores já passaram pelas suas obras, que conta ainda com outros números significativos, como mostra o quadro acima.

 

 

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