Como é de conhecimento geral, o mercado da construção no país vem registrando índices modestos de crescimento neste ano. Levando-se em conta as projeções do PIB (Produto Interno Bruto), a economia brasileira encolheu 0,6% no 2º trimestre em comparação aos três meses anteriores, enquanto a indústria de construção civil teve um recuo maior, de 2,9%.
Mesmo em um mercado retraído e em ritmo de expectativa, a necessidade de obras de infraestrutura no país tem movimentado – e muito – a indústria de concreto. Segundo pesquisa sobre o mercado nacional do concreto, realizado pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a produção de concreto dosado em centrais atingirá 72,3 milhões de m³ em 2017, crescendo a uma taxa de 7,1% nos próximos quatro anos. De acordo com a mesma pesquisa, 12% do concreto produzido no país são consumidos somente no nicho de construções urbanas, tanto residencial quanto de infraestrutura.
Neste cenário, algumas empresas que atuam no setor vêm obtendo números até surpreendentes. A RCO, por exemplo, registrou um crescimento de 6
Como é de conhecimento geral, o mercado da construção no país vem registrando índices modestos de crescimento neste ano. Levando-se em conta as projeções do PIB (Produto Interno Bruto), a economia brasileira encolheu 0,6% no 2º trimestre em comparação aos três meses anteriores, enquanto a indústria de construção civil teve um recuo maior, de 2,9%.
Mesmo em um mercado retraído e em ritmo de expectativa, a necessidade de obras de infraestrutura no país tem movimentado – e muito – a indústria de concreto. Segundo pesquisa sobre o mercado nacional do concreto, realizado pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a produção de concreto dosado em centrais atingirá 72,3 milhões de m³ em 2017, crescendo a uma taxa de 7,1% nos próximos quatro anos. De acordo com a mesma pesquisa, 12% do concreto produzido no país são consumidos somente no nicho de construções urbanas, tanto residencial quanto de infraestrutura.
Neste cenário, algumas empresas que atuam no setor vêm obtendo números até surpreendentes. A RCO, por exemplo, registrou um crescimento de 60% nos negócios no primeiro semestre de 2014, “O aumento no número vem dos equipamentos vendidos e número de clientes que a empresa conseguiu angariar nos últimos anos”, explica Carlos Donizetti de Oliveira, diretor da empresa, que oferece soluções para processos industriais com foco em silos para armazenagem e dosadoras de concreto.
Mas há outros casos. Para Ruben Caetano, diretor comercial da IMB, fabricante de extrusoras de perfis de concreto, o mercado de concreto realmente vem crescendo substancialmente, principalmente em função das obras de urbanização de rodovias e ferrovias. “Isto tem garantido um incremento para nossa empresa em termos de volumes de vendas e de novos clientes também”, diz ele, sem revelar números precisos.
GESTÃO
Com tamanho empuxo, as empresas do setor se apressam em aumentar a oferta de produtos. Como ocorre na RCO, que recentemente apresentou uma central dosadora móvel Nomad, com capacidade para produzir de 30 a 40 m³/h de concreto ou argamassa, e um silo vertical aparafusado, com capacidade para armazenar até 1.000 toneladas.
Mas o produto que talvez seja o mais inovador da empresa na atualidade está na área de instalações. Introduzido há pouco pela RCO, o projeto FIT gerencia o processo de instalação de novas concreteiras e a expansão de plantas em empreiteiras, por exemplo. Segundo a empresa, o projeto chega para preencher uma lacuna no mercado. “Normalmente, as concreteiras levam seis meses para a implantação de uma instalação, mas com o FIT esse tempo é reduzido para apenas 60 dias”, afirma Oliveira.
Segundo o diretor, o projeto é um serviço completo de consultoria empresarial para dimensionamento do negócio de concreto usinado, o que inclui definições de equipamentos, estratégias logísticas, treinamento de mão de obra e todas as informações necessárias para um planejamento estratégico eficaz na montagem de plantas produtivas.
BOMBAS
Considerada a maior bomba de concreto fabricada nas Américas, a S 43 SX foi lançada pela Schwing-Stetter Brasil no ano passado, mas já ganhou uma nova geração que chega ao mercado com uma série de adaptações. A principal mudança foi na estrutura, com a colocação do centro de gravidade mais baixo, com o objetivo de tornar o equipamento mais leve. “Essa bomba também utiliza a combinação de cinco seções do mastro, com abertura em sistema RZ e estabilização Super X”, complementa Ricardo Lessa, diretor presidente da fabricante no Brasil.
Outro equipamento introduzido recentemente pela empresa foi a autobomba S 31 XT, que chega equipada com mastro telescópico com extensão adicional de 4,60 metros, mesmo durante a concretagem. “Esse recurso aumenta a área de trabalho em cerca de 50%”, pontua Lessa.
Já a Putzmeister dispõe de uma bomba lança de 56 metros, que já integra a linha leve da empresa. A novidade fica por conta do novo design, em uma configuração que acaba de aportar no Brasil. Segundo Rodrigo Satiro, diretor comercial da empresa, ainda há poucos modelos trabalhando com esta tecnologia no país. “Acho importante mostrar que o Brasil é capaz de utilizar equipamentos com esta tecnologia, o que até há pouco tempo era praticamente impossível”, comenta o especialista.
Representante de marcas internacionais e de maquinários pesados, a BMC também aposta no segmento de concreto com a introdução de dois novos equipamentos da XCMG. A primeira é a bomba lança HB60K, uma máquina montada sobre um chassi de caminhão e utilizada principalmente na distribuição de concreto durante as obras. A outra é a autobomba HBC 90, um equipamento acoplado a uma lança móvel e empregado no bombeamento de concreto.
COMPACTOS
No segmento de compactos, empresas como Maxter e CSM vêm investindo em produtos específico para o setor concreteiro. Segundo o diretor da Maxter, Célio Ribeiro, atualmente as empresas brasileiras precisam incorporar soluções tecnológicas bem dimensionadas para suprir as exigências do mercado. “Há algum tempo, as máquinas maiores trabalhavam em múltiplas funções, com elevado custo operacional, mas hoje já dão lugar a novos modelos em tarefas específicas nas obras”, diz.
De olho no nicho, a Maxter apresenta uma diversidade de equipamentos compactos, da marca Wacker Neuson, como a minicarregadeira 701S, a miniescavadeira 803 e a pá carregadeira compacta 550, dentre outros produtos.
Já a CSM lança no mercado nacional a minicentral dosadora MCD 300, que produz 6 m3/h e representa uma alternativa para os fabricantes de pré-moldados de pequeno porte, principalmente em negócios dependentes de betoneiras ou misturadores sem carregamento automático. “As minicentrais dosadoras trazem toda a instalação industrial em uma configuração monobloco, sendo capazes de atender a pequenos volumes de produção de concreto com alta qualidade industrial”, finaliza Rogério Emmerich, gerente comercial da CSM.
Robôs atuam na construção de túneis
A Putzmeister traz ao país dois robôs para aplicação no setor de concreto. Segundo a empresa, os equipamentos são capazes de lançar mais de 80 m³ de concreto por dia e já vêm atuando há algum tempo na construção de túneis no Brasil, como ocorre nas obras do Rodoanel Mário Covas (SP-021) e em obras do metrô de São Paulo. “A maior novidade do robô é sua tecnologia duo drive, que consiste na possibilidade de trabalho tanto na forma elétrica quanto a diesel”, sublinha Rodrigo Satiro, diretor comercial da empresa.
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