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Revista M&T - Ed.238 - Outubro 2019
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Equipamentos Agrícolas

A força dos pampas

Com um público de 420 mil pessoas, a 42ª edição da Expointer gerou negócios no valor de 2,6 bilhões de reais, no segundo maior resultado já obtido na história do evento

Tradicional feira de agronegócios, a Expointer mais uma vez mostrou a importância da atividade no Sul do país, com a presença das principais fabricantes globais de maquinários agrícolas. Mesmo sendo uma feira diversificada, que inclui exposição de animais e comercialização de produtos, as máquinas pesadas e implementos agrícolas ainda correspondem à maior parte da receita gerada durante o evento.

Receita que, segundo dados divulgados pela organização do evento, chegou a 2,5 bilhões de reais nesta edição, em um aumento de 17,3% em relação aos negócios gerados no ano passado. Trata-se do segundo melhor resultado da história, superado apenas pela edição de 2014, que totalizou 2,7 bilhões de reais.

Em outro número expressivo, a feira também recebeu um público de cerca de 420 mil pessoas, 13% a mais do que na última edição do evento, que ocorre anualmente em Esteio, no Rio Grande do Sul. E não é à toa. De acordo com Eduardo Kerbauy, novo diretor de mercado da New Holland Agriculture para o Brasil, o estado gaúcho representa 21% do mercado de colheitadeiras no Brasil, enquanto absorve 16% do mercado de tratores. “Para este ano, o setor espera um resultado 5% maior do que no ano passado para esses equipamentos”, posiciona o executivo.

PRODUTIVIDADE

Tal vitalidade se ampara em uma produção igualmente pujante. Segundo dados da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), a safra 2019/2020 no estado deve produzir em torno de 33,3 milhões de toneladas de grãos, sendo que a parte mais representativa desse total provém da soja, com a projeção de colheita de 19,7 milhões de toneladas. “Em termos


Tradicional feira de agronegócios, a Expointer mais uma vez mostrou a importância da atividade no Sul do país, com a presença das principais fabricantes globais de maquinários agrícolas. Mesmo sendo uma feira diversificada, que inclui exposição de animais e comercialização de produtos, as máquinas pesadas e implementos agrícolas ainda correspondem à maior parte da receita gerada durante o evento.

A partir da esq.: os tratores T9.435, 8R e BH HiTech são apostas para a cultura arrozeira no Sul do país

Receita que, segundo dados divulgados pela organização do evento, chegou a 2,5 bilhões de reais nesta edição, em um aumento de 17,3% em relação aos negócios gerados no ano passado. Trata-se do segundo melhor resultado da história, superado apenas pela edição de 2014, que totalizou 2,7 bilhões de reais.

Em outro número expressivo, a feira também recebeu um público de cerca de 420 mil pessoas, 13% a mais do que na última edição do evento, que ocorre anualmente em Esteio, no Rio Grande do Sul. E não é à toa. De acordo com Eduardo Kerbauy, novo diretor de mercado da New Holland Agriculture para o Brasil, o estado gaúcho representa 21% do mercado de colheitadeiras no Brasil, enquanto absorve 16% do mercado de tratores. “Para este ano, o setor espera um resultado 5% maior do que no ano passado para esses equipamentos”, posiciona o executivo.

PRODUTIVIDADE

Tal vitalidade se ampara em uma produção igualmente pujante. Segundo dados da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), a safra 2019/2020 no estado deve produzir em torno de 33,3 milhões de toneladas de grãos, sendo que a parte mais representativa desse total provém da soja, com a projeção de colheita de 19,7 milhões de toneladas. “Em termos de grãos, a soja representa o maior peso na nossa balança de exportações”, afirma José Carramate, diretor de vendas da Valtra.

As colheitadeiras (a partir da esq.): John Deere Série S700, Case IH Axial-Flow 7130 e New Holland CR7.90

Na cultura arrozeira, mesmo registrando uma queda na produção devido a questões climáticas, o Rio Grande do Sul mantém-se como líder no país. Segundo Cláudio Calaça Júnior, diretor de marketing de produto da New Holland Agriculture para a América do Sul, o estado é o principal produtor de arroz no Brasil, representando 70% da produção nacional. “Na última safra, o estado produziu em torno de 7,3 milhões de toneladas”, destaca. “Em termos de área de cultivo só é menor que a da região Norte, que também é forte nesse tipo de cultura, mas a produtividade no estado gaúcho é maior do que no restante do país.”

Justamente por ser uma região representativa nas culturas de arroz e soja, as empresas aproveitaram a Expointer para lançar seus tratores e colheitadeiras voltadas para esses segmentos. Para a rizicultura, a New Holland, por exemplo, levou ao evento o trator articulado T9.435, considerado o maior do Brasil para esse tipo de cultura. Com 370 cv de potência nominal, o equipamento traz pneus R2, que prometem maior força de tração. “Utilizado para o preparo do solo, o T9 também conta com tração nas quatro rodas, podendo ser usado com implementos maiores, o que aumenta a produtividade da lavoura”, diz Calaça.

Na mesma linha, a John Deere levou à Expointer o trator 8R versão arrozeira, com rodado duplo e eixo rígido dianteiro. “As mudanças de projeto, agora com pneus de garra alta (R2) e eixo dianteiro rígido, tornaram o trator mais apto para trabalhar no ambiente agressivo da plantação de arroz”, diz Maurício Menezes, gerente de marketing da fabricante. A Valtra, por sua vez, levou dois lançamentos ao evento, que complementam a Geração 4 da linha BH HiTech. “Os modelos BH214 HiTech (210 cv) e BH224 HiTech (220 cv) contam com transmissão semiautomática e atendem a diferentes perfis de produtores rurais”, destaca Carramate.

MULTICULTURA

Outro destaque no evento foi a apresentação de equipamentos que podem ser utilizados em diferentes tipos de culturas. Isso porque, segundo Menezes, da John Deere, o tipo de solo do Rio Grande do Sul permite a rotação de cultura. “No passado. tinha-se a imagem de que o estado apresentava uma agricultura estática, explorada e expandida”, comenta. “Mas não é o que temos visto atualmente, principalmente com o surgimento de novas tecnologias, que criaram a possibilidade de se fazer rotação das culturas de soja e arroz.”

Nesse sentido, a John Deere mostrou a Série S700 de colheitadeiras, com destaque para o modelo S760, equipado com sistema automático de ajuste, além de trazer duas câmeras que produzem imagens a cada dois segundos para a leitura de passagem do grão, verificando o que está acontecendo dentro da máquina. “Os ajustes automáticos são realizados a cada três minutos, o que contabiliza cerca de 160 ajustes por dia, otimizando a atividade, sem desperdício de tempo ou grão”, descreve Menezes.

A Case IH também exibiu diversos modelos de colheitadeiras, com destaque para a Axial-Flow 7130, voltada para a cultura de arroz. A máquina é equipada com rotor Small Tube, que promete um aumento da área de debulha e separação, elevando em 5% a capacidade operacional durante condições adversas na colheita. “O sistema Axial-Flow tem como principal característica a preservação da qualidade dos grãos, além de reduzir as perdas”, comenta Eduardo Júnior, gerente de marketing de produto da marca.

De acordo com o especialista, as plataformas de corte também são essenciais para a eficiência do trabalho e, por isso, a marca optou por destacar as opções draper e caracol. Com sistema de acionamento central da caixa de navalha, a primeira também traz o sistema Terraflex, que melhora a leitura de solo na lavoura. “Já no conceito de plataforma caracol, a fabricante tem dois modelos: um sistema de barras flexíveis, também com tecnologia Terraflex, e um modelo rígido, voltado para o setor arrozeiro”, complementa Júnior.

Já a New Holland apresentou a colheitadeira CR7.90 Arrozeira, com 425 cv de potência e tanque graneleiro de 12.330 litros. De acordo com Calaça, a máquina é equipada com pneu de rodado duplo e trabalha com plataforma caracol ou draper, além de também ter capacidade multicultura, com ferramentas para colheita de diversos tipos de grãos, como soja e milho.

O modelo, destaca o especialista, é equipado com o sistema IntelliCruise para controle automático da velocidade de colheita, de acordo com as condições da lavoura. Também traz sistema de mesa nivelante, que promete uma distribuição mais uniforme do material, reduzindo assim o índice de perdas na lavoura. “Os maquinários estão evoluindo juntamente com a necessidade dos produtores”, observa Calaça. “Por isso, desenvolvemos equipamentos que oferecem alta performance e produtividade em diversas culturas.”

EQUIPAMENTOS DE CONSTRUÇÃO MARCAM PRESENÇA NO EVENTO

Assim como vem ocorrendo em outras feiras do setor agrícola, as fabricantes de equipamentos da Linha Amarela também marcaram presença na Expointer 2019.

Estande do Grupo CNHi na Expointer: a versatilidade da Linha Amarela no campo

De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a indústria de máquinas de construção representa em torno de 20% a 30% das vendas atuais para o setor agrícola. Por isso, fabricantes como Case CE, New Holland Construction, John Deere CE, e JCB levaram à feira suas escavadeiras, retroescavadeiras, pás carregadeiras, manipuladores telescópios e equipamentos compactos, que – segundo elas – podem ser utilizados como apoio em trabalhos auxiliares na produção agrícola e, até mesmo, como essenciais em algumas atividades no campo.

Segundo Maurício Moraes, gerente de marketing da CNHi para a América Latina, nos últimos anos o segmento agrícola vem se tornando muito importante para as máquinas de movimentação de terra e materiais, em especial entre os pequenos agricultores. “Eles estão percebendo que esses equipamentos, especialmente as retroescavadeiras, podem ser aplicados em diversos tipos de tarefa no campo, desde o carregamento de materiais até a abertura de valas e curvas de nível”, finaliza.

Saiba mais:
Case IH: www.caseih.com/latam/pt-br/
CNHi: www.cnhindustrial.com
John Deere: www.deere.com.br
New Holland: www.newholland.com.br/
Valtra: www.valtra.com.br

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