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Revista M&T - Ed.72 - Ago/Set 2002
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LOCAÇÃO

A afirmação de uma nova ferramenta de trabalho

Ele conquistou os fabricantes e as revendas das maiores marcas, formou uma legião de adeptos e ganhou a área de vendas como parceira. Esse é o rental.

Entre os fabricantes, o primeiro a se aventurar no Brasil no terreno da locação de equipamentos foi a Volvo Construction Equipment (Volvo CE), na época ainda Volvo do Brasil, em 1994. Três anos depois, em 1997, o mercado poderia contar também com linhas Caterpillar, através da Lion, então sua revenda no Estado de São Paulo, hoje Sotreq, cujo território se estende às regiões Centro-Oeste e Sudeste. Em 1998, entrariam no negócio outras marcas, através das revendas Bauko, da marca Komatsu e a Brasif, da Case — marca incorporada ao grupo que já controlava a FiatAIlis — o CNH New Holland, o último a montar sua área de rentai, mais exatamente em 2001.
Nesses oito anos, a modalidade ganhou corpo, tanto com a consolidação dessas estruturas, quanto pela disseminação de empresas específicas de locação daquelas grandes marcas ou de outras, pouco conhecidas no Brasil, com ofertas que se diversificam entre uma única linha de equipamentos ou várias e, entre frotas médias e pequenas, apenas leves, apenas pesadas, ou ambas.
A Volvo CE aderiu à locação basicamente porque, lembra o diretor de Rentai, Amaury Tartari, "já tínhamos a percepção de que esse era um negócio que crescia no mundo todo e que poderia viabilizar uma entrada mais agressiva no mercado de alguns equipamentos de utilização específica". No caso, o caminhão articulado A25, a primeira linha locada.
Já para a CNH, o ingresso recente foi um reflexo da evolução da modalidade no Brasil. Vicente Carlos Cracasso, diretor de Negócios de Locação do grupo diz que, com a movimentação dos grandes fabricantes para esse nicho, que tinha Volvo, Komatsu e Caterpillar, mas não tinha Case, nem FiatAIlis, a decisão foi estratégica: "Antes de querer conquistar esse mercado, n&oacu


Ele conquistou os fabricantes e as revendas das maiores marcas, formou uma legião de adeptos e ganhou a área de vendas como parceira. Esse é o rental.

Entre os fabricantes, o primeiro a se aventurar no Brasil no terreno da locação de equipamentos foi a Volvo Construction Equipment (Volvo CE), na época ainda Volvo do Brasil, em 1994. Três anos depois, em 1997, o mercado poderia contar também com linhas Caterpillar, através da Lion, então sua revenda no Estado de São Paulo, hoje Sotreq, cujo território se estende às regiões Centro-Oeste e Sudeste. Em 1998, entrariam no negócio outras marcas, através das revendas Bauko, da marca Komatsu e a Brasif, da Case — marca incorporada ao grupo que já controlava a FiatAIlis — o CNH New Holland, o último a montar sua área de rentai, mais exatamente em 2001.
Nesses oito anos, a modalidade ganhou corpo, tanto com a consolidação dessas estruturas, quanto pela disseminação de empresas específicas de locação daquelas grandes marcas ou de outras, pouco conhecidas no Brasil, com ofertas que se diversificam entre uma única linha de equipamentos ou várias e, entre frotas médias e pequenas, apenas leves, apenas pesadas, ou ambas.
A Volvo CE aderiu à locação basicamente porque, lembra o diretor de Rentai, Amaury Tartari, "já tínhamos a percepção de que esse era um negócio que crescia no mundo todo e que poderia viabilizar uma entrada mais agressiva no mercado de alguns equipamentos de utilização específica". No caso, o caminhão articulado A25, a primeira linha locada.
Já para a CNH, o ingresso recente foi um reflexo da evolução da modalidade no Brasil. Vicente Carlos Cracasso, diretor de Negócios de Locação do grupo diz que, com a movimentação dos grandes fabricantes para esse nicho, que tinha Volvo, Komatsu e Caterpillar, mas não tinha Case, nem FiatAIlis, a decisão foi estratégica: "Antes de querer conquistar esse mercado, nós entramos nele para preservar nossos clientes e dar-lhes uma outra opção. Daí a Multirental.
" Hoje, na avaliação de João Alfredo Seabra, gerente corporativo da Sotreq Rentai, esse mercado não só já é uma realidade como tem crescido bastante: "As grandes empreiteiras mantêm apenas uma frota estratégica e o restante é alugado. Além disso, é uma alternativa ideal para aquelas que não conhecem um determinado equipamento e querem colocá-lo à prova em sua operação ou que precisem de uma complementação eventual de frota, por um período curto no pico de uma determinada obra. Também é uma ótima opção em épocas de incertezas em relação à economia, quando há dúvida se vale a pena imobilizar capital na compra de um determinado equipamento", explica. Também para Valdinei Amorim, gerente da Bauko Rentai, a raia em que a locação corre é aquela onde o volume de utilização durante a obra não permite o pay-back do custo de aquisição da máquina, inclusive "porque atualmente, temos uma situação em que tanto as obras em curso não são de longa duração, quanto também muitas acabam sendo paralisadas". Por isso, como as construtoras têm outras necessidades de investimento, a parcela destinada à aquisição pode ser redirecionada, com uma retaguarda segura que é "o custo pré-determinado da locação, a eliminação dos custos indiretos com manutenção e a proteção contra imprevistos dada pelo seguro embutido no contrato", explica. O seguro, no caso da Bauko, é RD ou Riscos Diversos -, que isenta o locatário da responsabilidade por acidentes, roubo e até mesmo furto, esta última, uma condição nem sempre contemplada na área.

Sem operador
Mantendo-se na oferta de produtos e serviços agregados e no fortalecimento da atividade dos contratistas, através do aperfeiçoamento do trabalho intermediário das empresas de locação, a Volvo tem resistido a pressões constantes do mercado para que o rentai incorpore também a operação das máquinas o que, enfatiza Tartari, "não é nossa vocação". Na Multirental também não há operadores para as máquinas locadas e nem intenção de tê-los no futuro segundo Cracasso, " para não entramos num segmento onde grandes clientes nossos as locadoras-atuam."

No caso da Brasif, conta o diretor Sérgio Martins, a locação simples, deixando a operação por conta do cliente, foi a opção escolhida após a análise de diversas alternativas - locação com operação, terceirização, etc. "Então, constatamos que nosso conhecimento das máquinas, de seu dimensionamento e de sua manutenção, resultado de nossa atuação de mais de 30 anos como distribuidor nos diferenciaria, num primeiro momento pelo menos, se nos restringíssemos à locação simples. Num futuro próximo poderemos ampliar esse serviço e até oferecer operadores", admite. Já para a Sotreq, essa possibilidade está descartada em função das locadoras, grandes clientes da revenda: "Somos parceiros e não concorrentes. Nós só alugamos equipamentos, sem operador. Eles são prestadores de serviço".

Frota disponível
O pacote de locação da Volvo inclui os serviços de manutenção, assumidos pela rede de distribuidores da fabricante, contemplando a entrega técnica, treinamento de operadores e montagem da infraestrutura para manutenção no local da aplicação, com mão-de-obra, peças e análise de óleo. As peças de desgaste ficam a cargo do locatário da máquina, assim como o óleo utilizado, que deve seguir as recomendações de fábrica.
A Volvo, até agora, mantém seu conceito inicial e não loca equipamentos de menor porte, mas somente expandiu as linhas disponibilizadas para as que dão suporte à operação dos articulados, A25 e A35: escavadeiras a partir de 30 toneladas e pás-carregadeiras dos modelos L120 até o L220, entre 12 e 22 toneladas. A frota é composta de modelos novos e seminovos - assim considerados os que saem do primeiro contrato com o Banco - e tem uma idade máxima de 2 anos ou 6 mil horas de operação.
Depois disso, passam a alimentar o Projeto de Equipamentos Vicking e são disponibilizados para aquisição. Segundo Tartari, ao receberem o "Selo Vicking", as máquinas ganham uma qualidade diferenciada: "São de última geração, com desempenho comparável ao dos novos, mas seu preço é mais competitivo em função de sua relativa depreciação e sua performance é garantida pela própria Volvo".
"Nosso projeto é chegar a 300 máquinas na Multirental e a 500 no pool de revendas, disponibilizando, ao todo, 800 máquinas no Brasil. Tudo de forma interligada, onde a Multirental, funcionando como uma central de informação de oportunidades de negócios de locação, poderá, por exemplo, transferir uma máquina que está ociosa do Sul para o Nordeste do País", conta Cracasso.
A frota da empresa inclui retroescavadeiras FB80 e 580L e carregadeiras W20 e 521, respectivamente Fiat e Case, escavadeiras hidráulicas entre 13 e 20 toneladas, da família FX - FX130, 160 e 215 -, motoniveladoras variando de 140 a 200 HP, que são a FG140, 170 e 200, rolos compactadores Hamn, modelos 2320 e 2322 (7 ton), equivalentes ao CA15 da Dynapac e 2420 e 2422 (11 ton), na classe do CA25 liso e tratores FD170, na faixa de 170 HP. A área agrícola é atendida por tratores entre 100 e 240 HP, colheitadeiras de cana e transbordos ou caçambas para o transporte da cana colhida.
Não há opção de compra no final do contrato, a não ser que a máquina já tenha atingido sua taxa de utilização para o rentai. A partir do 36° mês de operação ela é disponibilizada para venda, embora continue sendo locada até o 48° mês. "Se, nesse período surgir uma oportunidade, ela pode ser vendida e o cliente tem uma máquina seminova, com um número de horas compatível - em torno de 5 mil -, com manutenção feita só pela concessionária e com peças originais e garantia adicional para o trem de força dada por nós. Com isso, também eu renovo a frota da Multirental, de forma que o mercado conta sempre com máquinas de última geração", conclui Cracasso. Presença dos dealers — Com filosofia multimarca, a Sotreq loca, além dos equipamentos Caterpillar, as linhas de compactação leve da Dynapac e Multiquip, torres de iluminação da Wacker, plataformas elevatórias da Génie e da JLG, empilhadeiras Hyster e compressores da Sullair. Todas essas marcas só foram incluídas na "prateleira" da rentai por contarem com suporte local. "Não disponibilizamos para aluguel nenhum equipamento que não tenha estrutura de atendimento no Brasil", garante Seabra. Da Caterpillar, a revenda disponibiliza uma frota variada, desde a linha compacta - minicarregadeiras e mini escavadeiras -, até escavadeiras de 20 toneladas.
Com uma particularidade: no caso da linha compacta, voltada para obras geralmente a cargo de pequenos e médios empreiteiros (clientes típicos da rentai), a Sotreq não só aluga, como vende os equipamentos. Para as outras linhas, as locações não têm opção de compra no final, pois são de curto prazo, geralmente de um dia até um mês. Já locações para períodos mais prolongados, exclusivamente para equipamentos Caterpillar, são feitos diretamente pela revenda (Sotreq) e não pela rentai - é o chamado re-rental, que permite a opção de compra.
Na Brasif Rentai, a frota é composta de cerca de 220 empilhadeiras Hyster, de 2 a 15 toneladas e com motores à combustão e elétricas, de cerca de 100 equipamentos de construção das marcas Case (retroescavadeiras, carregadeiras, valetadeiras, minicarregadeiras, escavadeiras e mini- escavadeiras), Komatsu (escavadeiras), Fiat (motoniveladoras) e Dynapac (compactadores), de diversas capacidades e idade média entre 1 e 2 anos. Não há um prazo mínimo de locação e, eventualmente, podem ser feitos contratos com opção de compra no final.


O suporte, segundo Martins, cobre desde o correto dimensionamento das necessidades do cliente até uma manutenção completa e eficiente - preventiva e corretiva, além do treinamento de operadores. Além da equipe própria, essa manutenção pode ser feita pelo distribuidor do Estado onde a máquina estiver operando, acrescenta o diretor. A Bauko opera no rentai apenas com equipamentos da Komatsu e com os compactadores Dynapac. A linha pesada inclui tratores de esteiras de 10 a 33 toneladas, escavadeiras hidráulicas, desde as minis até as de 45 toneladas, carregadeiras entre 10 e 30 toneladas, retroescavadeiras e motoniveladoras. A manutenção preventiva e corretiva dessa frota é de responsabilidade da própria Bauko, que opera com equipes de mecânicos e viaturas-oficina distintas: uma para suporte durante o contrato e outra para atender exclusivamente a frota disponível, nos intervalos entre as locações. No caso de obras distantes da matriz, a estrutura necessária, com instalações, mão-de-obra e peças de reposição, é montada no local. Dois exemplos, cita Amorim, são o de Salvador, onde está sendo construído um aterro sanitário e o do interior de Pernambuco, em obras de rodovias. A disponibilidade técnica das máquinas é de 90%, diz o gerente e as substituições são feitas se eventuais problemas não forem solucionados em até 48 horas. O período mínimo de locação é de 30 dias, mas o prazo pode ser flexibilizado para menor, dependendo da necessidade do cliente.

Rede em expansão

Além da loja instalada na filial São Paulo, no Jaguaré, a Sotreq conta com mais 3 - no Rio de Janeiro (RJ), em Contagem (MG) e em Ribeirão Preto, no interior paulista. Segundo Seabra, há previsão de outras duas também no Estado de São Paulo, uma delas já definida para funcionar junto à filial de Sumaré. "É uma localização estratégica para atendimento no interior de São Paulo". Já a Brasif, tem atuação a nível nacional, com filiais em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Espirito Santo e máquinas operando em diversos estados do país, de Norte a Sul. Este ano, prevê Martins, a revenda deve faturar cerca de R$ 15 milhões, em locação: "O mercado brasileiro é bastante pulverizado entre centenas de locadoras, mas, por informações que constantemente trocamos com nossos principais concorrentes, nos colocamos entre os cinco maiores locadores do país (indústria e construção). Nossa expectativa é de conquistar novas fatias desse mercado e crescer cerca de 50% no próximo ano", afirma. Em seus 4 anos de atuação, Amorim estima que a Bauko Rentai teve um crescimento em torno de 300%, atendendo hoje a cerca de 15% da demanda nacional e a 30% da demanda do Estado de São Paulo, onde tem sua matriz. O reflexo mais direto disso foi o aumento da frota que passou das 25 máquinas iniciais, para 100 unidades hoje, entre novos e seminovos até 3 anos. "É uma experiência que nos faz apostar na continuidade de expansão desse mercado", garante o gerente.

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