A Volvo é a primeira montadora do Brasil a utilizar o novo diesel renovável R5 da Petrobras nas atividades que demandam combustível dentro de seu complexo industrial de Curitiba (PR), onde produz caminhões e chassis de ônibus.

O diesel R é produzido por coprocessamento de diesel mineral com óleo vegetal, que pode variar de 5% (R5) até 10% (R10).

O combustível é produzido na refinaria de Araucária (PR), sendo distribuído pela Ipiranga. Com a medida, a fábrica de Volvo reduzirá em 400 toneladas suas emissões anuais de CO₂.

“Este é mais um passo em nosso compromisso com a transição energética para a descarbonização nos transportes”, declara Alan Holzmann, diretor de estratégia de produto caminhões da Volvo.

Uma vantagem, diz ele, é que o novo combustível pode ser misturado ao diesel convencional em diferentes proporções sem a necessidade de adaptações nos motores.

“Também não é necessário alterar nada na cadeia logística de distribuição ou nos processos de armazenamento”, assegura Holzmann.

Segundo a empresa, todo o consumo da fábrica de Curitiba passa a ser realizado com o novo combustível, desde o primeiro abastecimento do tanque dos veículos que saem da linha de produção, passando por todo o trabalho nas pistas de testes, até outras tarefas e avaliações feitas em laboratório.

Cálculos mostram que a adoção do R5 dentro da planta trará uma significativa redução nas emissões industriais.

“Em cada 10 m³ de diesel R5 consumidos há redução de uma tonelada de gases que provocam o efeito estufa”, destaca Guilherme Malucelli, diretor de projetos e inovação industrial da Volvo.

Com tal potencial, o novo combustível é uma alternativa sustentável no ciclo diesel. “Estamos atendendo às demandas dos clientes e da sociedade por produtos de menor impacto ambiental”, afirma o diretor de logística, comercialização e mercados da Petrobras, Claudio Schlosser.

“O coprocessamento de diesel mineral com matéria-prima de origem renovável tem se mostrado um caminho viável, que irá contribuir para um mercado ambientalmente mais sustentável e para a transição energética”, arremata.