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Venda de máquinas agrícolas deve cair 20% em 2023, estima Abimaq

A recuperação do mercado de máquinas agrícolas no Brasil é esperada para o segundo semestre do próximo ano

Canal Rural / Agência Safras

25/09/2023 11h36

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) atualizou suas projeções para o mercado de máquinas e implementos agrícolas em 2023, prevendo agora uma queda de 20% nas vendas, em contraste com a expectativa anterior de uma retração de 10% em relação ao ano anterior.

Os resultados do setor vêm apresentando um cenário negativo desde novembro de 2022, coincidindo com o término dos recursos do Plano Safra 2022/23 destinados ao financiamento de máquinas, ocorrido em outubro do mesmo ano.

A esperança era que a entrada em vigor do atual Plano Safra trouxesse uma recuperaç&atil

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A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) atualizou suas projeções para o mercado de máquinas e implementos agrícolas em 2023, prevendo agora uma queda de 20% nas vendas, em contraste com a expectativa anterior de uma retração de 10% em relação ao ano anterior.

Os resultados do setor vêm apresentando um cenário negativo desde novembro de 2022, coincidindo com o término dos recursos do Plano Safra 2022/23 destinados ao financiamento de máquinas, ocorrido em outubro do mesmo ano.

A esperança era que a entrada em vigor do atual Plano Safra trouxesse uma recuperação no segundo semestre, mas essa recuperação não se materializou.

Em uma entrevista à Agência Safras, o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, Pedro Estevão Bastos, expressou ceticismo quanto a uma mudança significativa no cenário atual.

Ele afirmou que não há indicativos que sugiram uma melhoria no mercado e destacou que, apesar da queda projetada para cerca de US$ 74 bilhões este ano, o setor ainda está faturando mais do que antes da série de aumentos ocorridos nos últimos anos.

Bastos explicou que os juros do Plano Safra 2023/24 não atenderam às expectativas do mercado e dos produtores, e a expectativa de uma redução nas taxas nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) leva os compradores a aguardarem.

Além disso, a queda nos preços da soja e do milho e a pressão de venda devido à falta de espaço nos armazéns também impactam o setor.

Quanto às perspectivas futuras, Estevão prevê um crescimento mais modesto na área plantada com grãos no Brasil para a próxima safra, em contraste com os anos anteriores de crescimento significativo.

Ele enfatizou que o alto custo de financiamento afeta não apenas a compra de máquinas, mas também o custeio, levando a um mercado de máquinas de reposição, não de expansão.

Recuperação – A recuperação do mercado é esperada para o segundo semestre do próximo ano, após os produtores avaliarem os juros, os preços futuros e se prepararem para a safra 2024/25. Até lá, não são esperadas mudanças significativas no mercado.

Bastos também abordou os programas de financiamento agrícola, observando que estão funcionando normalmente.

A ideia inicial de liberar recursos trimestralmente foi revertida, sendo agora responsabilidade dos bancos prestar contas a cada três meses.

No entanto, ele expressou preocupação de que os recursos possam se esgotar no primeiro semestre do próximo ano, criando um desafio adicional para o setor.

Em resumo, a Abimaq projeta uma queda de 20% nas vendas de máquinas agrícolas em 2023 devido a uma série de fatores, incluindo taxas de juros menos favoráveis, preços de commodities em queda e pressões de venda no setor agrícola.

A recuperação é esperada apenas no segundo semestre de 2024, após uma análise mais detalhada das condições de mercado e de financiamento.

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