O Estado de S.Paulo
13/03/2023 11h44
A procura por caminhões usados em fevereiro não animou os lojistas. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a venda desses veículos foi menor que em janeiro.
Assim, as lojas comercializaram 23.657 unidades, uma queda de 3,57% sobre os 24.533 modelos negociados no primeiro mês de 2023. Seja como for, a retração pode estar relacionada ao menor número de dias úteis no último mês.
O desempenho nas vendas também ficou abaixo de fevereiro do ano passado, quando as lojas venderam 25.814 caminhões usados. Ou seja, um recuo de 8,36%.
Dessa forma, o res
...A procura por caminhões usados em fevereiro não animou os lojistas. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a venda desses veículos foi menor que em janeiro.
Assim, as lojas comercializaram 23.657 unidades, uma queda de 3,57% sobre os 24.533 modelos negociados no primeiro mês de 2023. Seja como for, a retração pode estar relacionada ao menor número de dias úteis no último mês.
O desempenho nas vendas também ficou abaixo de fevereiro do ano passado, quando as lojas venderam 25.814 caminhões usados. Ou seja, um recuo de 8,36%.
Dessa forma, o resultado bimestral não é animador. Em janeiro e fevereiro, o volume de caminhões usados foi de 48.190 unidades, ou seja, queda de 1,98% sobre as 49.165 unidades somadas no mesmo período de 2022.
Custos altos – Em entrevista ao Estradão, o presidente da Fenauto, que reúne os revendedores independentes de veículos no Brasil, Enilson Sales explicou que diversos os fatores estão reduzindo a busca por modelos usados. Assim, o principal deles é o comprometimento do poder de compra. Sobretudo de pequenos frotistas e de caminhoneiros autônomos.
A capacidade de compra menor ocorre principalmente por causa do aumento dos custos. O preço do diesel, por exemplo, é o principal insumo de um caminhão e subiu, em média, 39,5% em 2022. No mesmo sentido, houve alta das taxas de juros. Isso impacta diretamente a contratação de empréstimos, como é o caso dos planos de financiamento.
Além disso, os bancos estão mais restritivos na liberação de crédito. O presidente da Fenauto também cita as más condições da malha rodoviária como um entrave para o setor. Nesse caso, há redução da durabilidade do veículo. E significa custos maiores com manutenção e, portanto, menos dinheiro em caixa para a troca do caminhão.
A expectativa para os próximos meses não é animadora. Nem mesmo a queda da oferta de caminhões novos em 2023 poderá ser suficiente para aumentar a procura por usados e seminovos. Essa é a avaliação Fenauto.
Portanto, se a previsão se concretizar, o mercado de caminhões usados deve encolher. A exceção ocorreu em 2021, no auge da pandemia da Covid-19, quando as vendas desses modelos foram bem acima do previsto.
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