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Venda de caminhões usados deve crescer 8% em 2022

Segundo os lojistas, fatores como a alta nas taxas de juros, a guerra na Ucrânia e o ambiente político podem impactar as vendas de caminhões usados

O Estado de S. Paulo

19/04/2022 11h00 | Atualizada em 19/04/2022 12h03

A venda de caminhões usados continua em alta no Brasil. Mais de 403 mil unidades foram negociadas em 2021. Ou seja, houve alta de 18,61% em relação aos números de 2020.

De acordo com dados da Fenauto, associação que representa os lojistas do País, para 2022 a expectativa é de alta em torno dos 8%. Portanto, se a previsão se concretizar, cerca de 435 mil caminhões usados devem trocar de dono. Os resultados do primeiro trimestre permitiram tal projeção.

Segundo a Fenauto, em março as lojas venderam 27.612 caminhões usados. Ou seja, são 6 mil a mais do que fevereiro. As associadas comercializaram mais de 70 mil unidades pelas associadas no primeiro trimestre.

De acordo com a Fenauto, em março os modelos mais negociados foram Ford Cargo, com 7,73%, do total, Ford F-4000, com 5,4%, e Volvo FH, com 4,57%.

Seja como for, a alta nas vendas em 2022 depende de como os cenários político e econômico vão se desenrolar no Brasil.

“As eleições e as consequências da guerra na Ucrânia impactam diretamente a segurança do consumidor para novos investimentos”, diz o

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A venda de caminhões usados continua em alta no Brasil. Mais de 403 mil unidades foram negociadas em 2021. Ou seja, houve alta de 18,61% em relação aos números de 2020.

De acordo com dados da Fenauto, associação que representa os lojistas do País, para 2022 a expectativa é de alta em torno dos 8%. Portanto, se a previsão se concretizar, cerca de 435 mil caminhões usados devem trocar de dono. Os resultados do primeiro trimestre permitiram tal projeção.

Segundo a Fenauto, em março as lojas venderam 27.612 caminhões usados. Ou seja, são 6 mil a mais do que fevereiro. As associadas comercializaram mais de 70 mil unidades pelas associadas no primeiro trimestre.

De acordo com a Fenauto, em março os modelos mais negociados foram Ford Cargo, com 7,73%, do total, Ford F-4000, com 5,4%, e Volvo FH, com 4,57%.

Seja como for, a alta nas vendas em 2022 depende de como os cenários político e econômico vão se desenrolar no Brasil.

“As eleições e as consequências da guerra na Ucrânia impactam diretamente a segurança do consumidor para novos investimentos”, diz o presidente da Fenauto, Enilson Sales.

De acordo com ele, outros fatores também podem impactar os negócios. É o caso do aumento da taxa de juros e da maior restrição à concessão de crédito, por exemplo.

Contudo, Sales lembra que a demora na atualização da frota pode gerar prejuízos ao transportador. Ele se refere aos custos de manutenção, que costuma ser mais frequente em veículos mais velhos. Além disso, aumentam os riscos de acidentes e as emissões de poluentes.

Apesar da alta das vendas de caminhões usados em março, no primeiro trimestre de 2022 houve queda. A retração foi de 25,26% na comparação com o mesmo período de 2021.

Em outras palavras, o total de transferências foi de 68.847 e 91.119 unidades, respectivamente. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), federação que reúne as associações de concessionárias de veículos do País.

Seja como for, a alta na demanda por usados tem a ver com a falta de caminhões novos no mercado. Bem como com os sucessivos reajustes de preços, que, para muitos consumidores, inviabiliza a troca. De acordo com o presidente da Fenabrave, Andreta Jr, a redução da oferta de modelos zero-km está ligada à falta de insumos e componentes. "Isso influenciou as vendas de usados, em março”, diz.

Por outro lado, o executivo afirma que o Programa Renovar, voltado à renovação da frota, deverá fomentar o setor de seminovos. O programa pretende fomentar também a renovação da frota de ônibus e implementos rodoviários.

A iniciativa é fruto da Medida Provisória 1.112/2022. Segundo a MP, anualmente serão destinados R$ 500 milhões ao Renovar.

Assim, o governo federal pretende tirar de circulação veículos com mais de 30 anos. Bem como os que não atendem os requisitos mínimos de segurança. Portanto, a ideia é reduzir os riscos de acidentes e as emissões de poluentes. Porém, a adesão será voluntária. Como resultado, quem quiser participar vai receber um crédito para comprar um novo modelo.

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