Internacional
Le Monde
14/11/2018 07h53 | Atualizada em 14/11/2018 11h22
Enquanto a escavação do metrô Grand Paris Express gera um nível de atividades para máquinas de perfuração de túneis que pode jamais se repetir na França, o último fabricante local dessas enormes máquinas observa, impotente, os negócios lhe escaparem um após o outro em benefício de seu único concorrente europeu, a alemã Herrenknecht.
Em concordata desde agosto, a NFM Technologies aguarda por um comprador. Um conselho da empresa se reuniu na semana passada para dar um parecer sobre a única oferta de recuperação apresentada dentro do prazo estabelecido, vencido no dia 2 de novembro.
Duas empresas interessadas apresentaram proposta
...Enquanto a escavação do metrô Grand Paris Express gera um nível de atividades para máquinas de perfuração de túneis que pode jamais se repetir na França, o último fabricante local dessas enormes máquinas observa, impotente, os negócios lhe escaparem um após o outro em benefício de seu único concorrente europeu, a alemã Herrenknecht.
Em concordata desde agosto, a NFM Technologies aguarda por um comprador. Um conselho da empresa se reuniu na semana passada para dar um parecer sobre a única oferta de recuperação apresentada dentro do prazo estabelecido, vencido no dia 2 de novembro.
Duas empresas interessadas apresentaram propostas preliminares para a aquisição da fabricante, que conta com 136 trabalhadores e possui instalações em Villeurbanne (Rhône) e Le Creusot (Saone-et-Loire): a alemã Mühlhäuser e a também francesa Altifort.
Mas a segunda acabou por desistir do negócio, preferindo reservar suas forças para outro desafio, no caso, a recuperação da fábrica de aço Ascoval.
Já a Mühlhäuser é uma empresa especializada no fornecimento de equipamentos para máquinas de perfuração de túneis, sendo inclusive parceira de longa data do grupo francês.
Se a sua oferta for considerada satisfatória, caberá a ela não apenas consolidar a estrutura industrial da NFM e sanar suas finanças, mas também reconstruir uma reputação duramente atingida nos últimos anos.
Os problemas da NFM começam em 2007, quando a empresa, fundada em 1988, passou a ser controlada pelo grupo chinês NHI. A partir de então, o novo acionista envolveu a NFM em uma política comercial agressiva e de crescimento desenfreado.
“A NHI pediu à NFM para dobrar seu volume de negócios em um ritmo quase constante, o que em nosso setor não é algo realista”, comenta um observador.
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