O trator de esteira D11 é um dos maiores do mundo. Ele é utilizado principalmente para movimentar grandes quantidades de material a curtas distâncias em locais fechados.

Ele costuma ser encontrado, por exemplo, na mineração. Operar o equipamento que pesa mais de 100 toneladas não é uma tarefa simples, mas os avanços tecnológicos permitem cada vez mais encontrar soluções para tornar esse trabalho muito mais acessível.

Na Hydro Paragominas, operar o trator D11 de forma remota já é uma realidade, inclusive uma das primeiras experiências do tipo em uma mina de bauxita no mundo.

“Normalmente, operar um trator acarreta questões como trepidez, além de ser em um ambiente isolado, então é necessário transporte até mesmo para ir ao banheiro, por exemplo. Agora, eu estou dentro do prédio administrativo operando um equipamento a quilômetros de distância”, explica a operadora de equipamentos Ana Caroline Fonseca.

Dentro da cabine de operação remota, Ana consegue ter uma visão 360 do local onde o trator está operando e acompanhar todos os detalhes. Ela passou por um treinamento com simulador e no momento está executando atividades teste.

“Quando o projeto estiver completamente operacional, será possível que uma mesma pessoa opere até três equipamentos simultaneamente, com toda a segurança”, explica o gerente da Operação de Mina na Hydro Paragominas, Edil Pimentel.

Para a fase de implantação, o time da trabalhou na estruturação da rede de dados necessária para operacionalizar o projeto. Além disso, os operadores que trabalharão na cabine receberão uma série de treinamentos.

“O trabalho fica muito mais confortável para todos os operadores e operadoras, podendo incluir ainda mais mulheres na operação dos tratores e pessoas com deficiência que também poderão atuar nesta atividade. Além de estimular a inovação de uma maneira geral por meio da interação das equipes com tecnologias de ponta”, comenta Pimentel.

A operação remota também incrementa a performance, garantindo aumento de produtividade, redução da exposição dos trabalhadores a riscos operacionais e qualidade de vida para quem opera, diminuindo o tempo de deslocamento para as áreas de movimentação de materiais onde o trator fica.

“O nosso cuidado continua o mesmo: a área está toda sinalizada; temos que nos comunicar por rádio sobre a movimentação e as câmeras e o sistema de som ajuda muito”, comenta Ana Caroline.

“Hoje, nós já temos todos os recursos necessários para fazer a conexão à distância e isso faz parte da implementação. Estamos mobilizando novos recursos para que a cabine tenha a redundância de rede necessária para operarmos definitivamente com este recurso em breve”, conclui Pimentel.